terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Lula deixa como herança à Dilma graves problemas na educação

Correio Brasiliense

Marina Figueiredo, 17 anos, e Lucas Gouveia, 18, se prepararam para fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) durante todo o ano, com o objetivo de conseguir uma vaga na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 2011. Mas os erros de impressão em um dos cadernos da prova transformaram o concurso numa verdadeira novela, que ainda pode ter novos capítulos e reviravoltas. “Achei um desrespeito o que aconteceu neste ano, mostrou a desordem e a desorganização na educação do país. Se hoje está desse jeito, o futuro já fica comprometido”, reclama Marina. E não foi a primeira confusão envolvendo o teste aplicado pelo Ministério da Educação. No ano passado, um vazamento das impressões fez com que o exame fosse cancelado e os estudantes voltaram novamente aos locais de prova. O episódio mostraram que a educação no país ainda está longe do que os brasileiros querem.

E os desafios para dar maior credibilidade ao Enem, além de outros, como acabar com o analfabetismo no Brasil e valorizar os profissionais da educação, ficaram para a presidente eleita, Dilma Rousseff, resolver. Quando Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a Presidência, em 2003, o plano de governo apresentou como meta para a educação a criação de um programa para erradicar o analfabetismo de jovens e adultos; garantir o acesso às creches a todas as mães trabalhadoras; assegurar vagas no ensino infantil para todas as crianças entre 4 e 6 anos; e criar um piso salarial para os professores com menos diferenças regionais. Os resultados ficaram distantes do prometido.

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