quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Juiz preso por extorquir dinheiro de empresário é transferido para presídio em Tremembé


Juiz perdeu cargo após condenação por extorquir dinheiro de empresário (Foto: Reprodução/TV Globo)

O juiz Gersino Donizete do Prado, preso por extorquir dinheiro de um empresário 170 vezes, foi transferido nesta quarta-feira (13) para a P2 de Tremembé, a Penitenciária Doutor José Augusto Salgado, conhecida por abrigar presos de casos de grande repercussão, como Daniel Cravinhos, um dos condenados pela morte dos pais de Suzane Richthofen, e Alexandre Nardoni, condenado a 30 anos de prisão pela morte da filha Isabella.

A Justiça determinou a transferência nesta segunda-feira (11). O detento chegou à unidade por volta de 16h desta quarta. Gersino Donizete foi condenado a 8 anos e 4 meses de prisão em regime fechado, mas a pena foi convertida para o regime semiaberto, em que o preso trabalha durante o dia e dorme no presídio a noite.

No entanto, o juiz, que era integrante da 7ª vara de São Bernardo do Campo, no ABC, está detido desde o início de outubro em regime fechado em uma sala da cavalaria da Polícia Militar, que teve seu uso adaptado para abrigar o preso. Como não é um presídio, o local, em São Paulo, não tem estrutura para o controle de entrada e saída do detento, segundo a Justiça.

Prado apresentou à Justiça uma proposta de trabalho para "ministrar noções gerais de direito" em uma empresa. A Justiça determinou que ele cumpra a pena em uma unidade da Secretaria de Administração Penintenciária (SAP). O pedido para trabalhar fora da unidade ainda será julgado.

A Secretaria da Administração Penitenciária confirmou em nota que Gersino Donizeti do Prado deu entrada na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado nesta quarta.

Extorsão

De acordo com a denúncia da Procuradoria Geral de Justiça, o empresário José Roberto Ferreira Rivielo tinha uma empresa que fabricava peças para carros. Quando o negócio ameaçou quebrar, ele entrou com um pedido de recuperação judicial para não ir à falência. O empresário disse que o juiz aceitou o pedido, mas, em troca, exigiu colaborações que começaram em R$ 1 mil e chegaram a R$ 5 mil por semana. Ele teria recebido do empresário relógios e joias.

G1 Vale

2 comentários:

AHT disse...

Por falar em "juiz que pretende escapar do xilindró "ministrando noções gerais de direito em uma empresa", isso nos leva a pensar em Estado Democrático de Direito, em Democracia, em políticos, em lobistas, em agentes públicos e empresários corruptos...


AS OMISSÕES DOS CIDADÃOS E DAS INSTITUIÇÕES PERMITEM
AOS QUE SE PASSAM POR “DEMOCRATAS” O QUE TANTO ALMEJAM, EM NOME E ATRAVÉS DA PRÓPRIA DEMOCRACIA:



.Dar aos amigos e pegar para eles o dinheiro que não é deles;
.Emprestar aos amigos e a juros ínfimos o dinheiro público;
.Manipular a bel prazer a máquina pública;
.Otimizar as relações entre público-privado em favor do privado;
.Construir fachadas faraônicas superfaturadas;
.Remover dos cargos os competentes e honestos;
.Aperfeiçoar continuamente os métodos fraudulentos,
.Tendo sempre em mente que os aparentes inimigos de hoje
.Amanhã poderão ser comprados, usados e descartados.
(Se somos omissos, somos cúmplices?)


AHT
14/12/2017

Miriaklos disse...

Triste!