sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

José Maria Marin é condenado pela Justiça americana


O ex-presidente da CBF José Maria Marin

José Maria Marin, ex-presidente da CBF, foi considerado culpado de seis acusações de corrupção nesta sexta-feira na Corte do Brooklyn, em Nova York, nos Estados Unidos. A pena do ex-dirigente de 85 anos ainda não foi imposta pela juíza Pamela Chen. A magistrada, no entanto, decidiu que Marin e o outro cartola também condenado, o paraguaio Juan Angel Napout, ex-presidente da Conmebol e ex-vice-presidente da Fifa, serão encaminhados ainda nesta sexta-feira para uma prisão federal americana, segundo informações do canal Sportv. Outro acusado nos processos é Manuel Burga, ex-presidente da Federação Peruana de Futebol, que ainda não teve o veredicto de seu caso anunciado.

Chen ouviu os argumentos da defesa antes de tomar a decisão. Os advogados de Marin, por exemplo, argumentaram que o cartola brasileiro de 85 anos não ofereceria risco de fuga e poderia seguir em prisão domiciliar, em seu apartamento em Nova York. Já Napout, que cumpre prisão domiciliar em Miami, aceitou mudar-se para Nova York. Ainda assim, a magistrada decidiu acatar o pedido da promotoria e enviar os dois ex-dirigentes para uma prisão federal.

Embora haja um veredicto sobre os culpados no julgamento, as sentenças ainda devem demorar alguns dias, pois júri não determina a penalidade. De acordo com a praxe, os juízes costumam entregar a sentença no prazo de 30 a 60 dias. O prazo para que a juíza Pamela Chen delibere a sentença é indeterminado, podendo ocorrer na próxima semana ou num prazo de até dois meses. José Maria Marin pode pegar até 20 anos de prisão.

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Ricardo Teixeira, apontado como um dos artífices do esquema de corrupção em denúncias de outros cartolas presos, continua solto. Mas foram as investigações nos EUA que levaram a Espanha a abrir um processo que culminou na prisão de Sandro Rosell, ex-presidente do Barcelona, e emitir uma ordem internacional de prisão contra o brasileiro. Foi também o processo que levou Monaco e a França a descobrir depósitos em seu nome, enquanto o cerco também se fecha na Suíça.

O julgamento também acabou revelando cúmplices do esquema montado por 30 anos na CBF. A Rede Globo foi citada como autora de pagamento de propinas, em troca de contratos e a Nike foi acusava de fazer parte de um esquema de propinas no patrocínio da seleção brasileira. Ambos negaram.

Leia íntegra na Veja.com

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