quarta-feira, 29 de março de 2017

Prisões no RJ abrem passagem para abertura das caixas-pretas dos tribunais de contas dos estados


Raios são vistos próximos à estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro está derretendo. Sob os escombros, a administração do Estado, ex-governador na cadeia, governador mendigando dinheiro em Brasília para cobrir as consequências da corrupção, da ineficácia, da irresponsabilidade e agora mais esta: prisão de cinco dos sete conselheiros do Tribunal de Contas e condução forçada do presidente da Assembleia Legislativa, Jorge Picciani. Nada que cause muita surpresa dado o histórico e as ligações político-comerciais do grupo.

A novidade é o desmantelo de um esquema vigente há anos (inclusive em administrações anteriores à de Sérgio Cabral/Luiz Fernando Pezão) permissivo o suficiente para abrir as portas da política à bandidagem,digamos, tradicional e a inclusão do TCE na rede. Temos aí a abertura de uma nova avenida de revelações sobre as relações promíscuas entre tribunais de contas, governos estaduais e assembleias legislativas país a fora. Um escândalo contratado pela prática de indicações de conselheiros com o objetivo de garantir cumplicidade.

Por Dora Kremer

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