Manifestantes jogam ovos e pedras na comitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na chegada da 'Caravana Lula Pelo Brasil' ao município de São Miguel do Oeste, interior de Santa Catarina |
Depois de amanhã, em Curitiba, Lula dará por terminada mais uma viagem de expiação dos seus pecados e de súplica por ajuda para não ser preso. Tomara que seja mais bem acolhido na cidade do juiz Sérgio Moro.
Lula está provando na pele os efeitos do “nós contra eles”, política cultivada pelo PT enquanto esteve no poder e mesmo depois de perdê-lo. E não gostou. Nem poderia ter gostado porque o alvo desta vez foi ele.
Em agosto do ano passado, em Salvador, o prefeito João Doria (PSDB), acompanhado por ACM Neto (DEM), prefeito da cidade, foi recepcionado com uma chuva de ovos por militantes do PT e de partidos afins.
Da boca de líderes do PT, não saiu uma palavra de censura ao ato de de agressão. Bastou, porém, a ação de um solitário atirador de ovos em São Miguel do Oeste, Santa Catarina, para desatar a fúria de Lula.
Do alto do palanque, na praça principal da cidade, protegido de ovos por guarda-chuvas, Lula recomendou à Polícia Militar “pegar esse canalha e dar nele o corretivo que ele precisa ter para não tacar ovos nas pessoas”.
Foi além: “Esse cidadão está esperando que a gente fique nervoso, suba lá e dê uma surra nele, mas a gente não vai fazer isso. Esse cara ou é um débil mental ou não tem o menor apreço pelo ser humano”.
Lula não explicou que tipo de corretivo a polícia deveria aplicar no atirador de ovos solitário, mas é de se imaginar. Até porque em Chapecó, onde também foi mal recebido, ele chegou a falar em “dar porrada”.
Em Florianópolis, preferiu destacar que os integrantes de sua caravana são “gente da paz”, embora tenha dito que eles deveriam “retribuir” as agressões sofridas.
De fato, Lulinha Paz e Amor ficou no passado quando Lula precisou dele para se eleger e se reeleger. Está de volta a “Jararaca”, que segundo Lula, só morre quando esmagam sua cabeça.
Já pensaram como seria a próxima campanha presidencial se Lula, um ficha suja, pudesse disputá-la?
Por Ricardo Noblat
Por Ricardo Noblat
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