A revista inglesa The Economist desta semana traz Jair Bolsonaro como um dos principais assuntos. Com o título ‘Ele não é um Messias. Ele é um menino travesso’, a publicação questiona se “um demagogo como Jair Bolsonaro pode ser presidente do Brasil”.
A revista aponta a inexperiência do deputado com importantes temas, como economia, e comenta que a retórica do parlamentar é “ainda mais indecorosa que a de Donald Trump”. Bolsonaro é um dos nomes mais fortes na pesquisas eleitorais, no entanto, a The Economist afirma que não se tratam de dados confiáveis devido a distância do pleito.
A publicação afirma que “seu apelo pode desaparecer à medida que a economia se recupera de uma recessão e os eleitores prestam mais atenção às eleições”. No entanto, “seu status de segundo lugar diz muito sobre o clima turbulento entre os brasileiros”.
A revista descreve o deputado como “um nacionalista e ex-capitão do Exército, ele é anti-gay, pró-armas, e faz apologia de ditadores que torturaram e mataram brasileiros entre 1964 e 1985. Ele se coloca contra a elite política do país, cujo modus operandi foi exposto pelos três anos da Operação Lava-Jato.
No texto, a publicação reforça que Bolsonaro fala pouco sobre o que faria caso atingisse a presidência. “Ele detém algumas opiniões convencionais, como favorecer a reforma gradual do sistema previdenciário. Menos convencional é o seu desejo de liberar as leis de controle de armas, restringir o investimento chinês no Brasil e se aproximar de Trump”, ressalta a matéria.
Por fim, a revista afirma que Bolsonaro não tem as probabilidades a seu favor. “A forte exibição precoce de Bolsonaro é um sinal de alerta. Os centrais devem provar que estão melhor equipados do que os extremistas para reparar o dano que os políticos fizeram”, conclui.
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