Indiciado há dois meses pela Polícia Federal, o presidente do Bradesco, Luiz Trabuco, virou réu. A Justiça Federal de Brasília acolheu denúncia em que a Procuradoria da República acusa Trabuco e outras nove pessoas dos crimes de corrupção, tráfico de influência, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
O caso envolve a suspeita de pagamento de propinas para reduzir ou eliminar débitos fiscais no âmbito do Carf, órgão encarregado de julgar recursos contra autuações da Receita Federal. A encrenca é resultado da Operação Zelotes.
Depois que Marcelo Odebrecht, preso há mais de um ano, resolveu colaborar com a Justiça, a presença do Bradesco no noticiário policial é o sinal mais eloquente do fim da invulnerabilidade da oligarquia empresarial no Brasil. Trabuco exercerá o direito ao contaditório. Pode sair ileso. Mas o simples incômodo já é uma notável novidade.
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