quarta-feira, 13 de julho de 2016

Agentes da Força Nacional ameaçam pedir dispensa da Olimpíada


Alojamento dos agentes da Força Nacional durante as Olimpíadas do Rio
Alojamento dos agentes da Força Nacional durante as Olimpíadas do Rio

Veja.com

A 23 dias do início dos Jogos Olímpicos, policiais e bombeiros da Força Nacional destacados para fazer a segurança do Rio de Janeiro ameaçam pedir dispensa devido ao atraso no pagamento das diárias, jornadas exaustivas e más condições dos apartamentos onde estão alojados, na Zona Oeste da capital fluminense.

Na terça-feira houve protesto dos agentes por melhorias nas condições de trabalho e os oficiais ameaçaram pedir dispensa para retornar ao Estado de origem. Hoje, o efetivo da Força Nacional para a Olimpíada, entre policiais e bombeiros, é estimado em 4.000 homens. Segundo o presidente da Associação Nacional dos Praças (Anaspra), cabo Elisandro Lotim, os oficiais estão se submetendo a jornadas exaustivas de trabalho e, desde o dia 22 de junho, não recebem salário.

Os agentes estão alojados em Jacarepaguá, Zona Oeste da capital, em apartamentos do Minha Casa, Minha Vida recém-inaugurados que foram reservados para os oficiais. “Muitos dos apartamentos estão com infiltração e mofo, além de não ter mobília. Os agentes estão dormindo no chão. Eles já reclamaram anteriormente e não foram ouvidos, por isso houve essa mobilização. Essa condição é inadmissível”.

Outro ponto de reivindicação dos militares é o valor das diárias. Inicialmente, segundo Lotim, o governo federal havia se comprometido em pagar o dobro de uma diária comum – que custa o equivalente a 220 reais -, mas não teria pago sequer o valor mínimo.

Jornada excessiva – Segundo Lotim, policiais e bombeiros estão trabalhando cerca de 20 horas por dia e folgando apenas 16. Após reunião com representantes da categoria, o secretário nacional de segurança pública, Celso Perioli, afirmou na tarde desta quarta-feira que as reivindicações começarão a ser atendidas ainda nesta semana. “Os valores atrasados começarão a ser pagos e, com relação ao alojamento, fui informado de que o governo entrará em contato com a empresa responsável para que as medidas cabíveis sejam tomadas”, informou Lotim. Procurado, o Ministério da Justiça ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.

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