Alojamento dos agentes da Força Nacional durante as Olimpíadas do Rio |
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A 23 dias do início dos Jogos Olímpicos, policiais e bombeiros da Força Nacional destacados para fazer a segurança do Rio de Janeiro ameaçam pedir dispensa devido ao atraso no pagamento das diárias, jornadas exaustivas e más condições dos apartamentos onde estão alojados, na Zona Oeste da capital fluminense.
Na terça-feira houve protesto dos agentes por melhorias nas condições de trabalho e os oficiais ameaçaram pedir dispensa para retornar ao Estado de origem. Hoje, o efetivo da Força Nacional para a Olimpíada, entre policiais e bombeiros, é estimado em 4.000 homens. Segundo o presidente da Associação Nacional dos Praças (Anaspra), cabo Elisandro Lotim, os oficiais estão se submetendo a jornadas exaustivas de trabalho e, desde o dia 22 de junho, não recebem salário.
Os agentes estão alojados em Jacarepaguá, Zona Oeste da capital, em apartamentos do Minha Casa, Minha Vida recém-inaugurados que foram reservados para os oficiais. “Muitos dos apartamentos estão com infiltração e mofo, além de não ter mobília. Os agentes estão dormindo no chão. Eles já reclamaram anteriormente e não foram ouvidos, por isso houve essa mobilização. Essa condição é inadmissível”.
Outro ponto de reivindicação dos militares é o valor das diárias. Inicialmente, segundo Lotim, o governo federal havia se comprometido em pagar o dobro de uma diária comum – que custa o equivalente a 220 reais -, mas não teria pago sequer o valor mínimo.
Jornada excessiva – Segundo Lotim, policiais e bombeiros estão trabalhando cerca de 20 horas por dia e folgando apenas 16. Após reunião com representantes da categoria, o secretário nacional de segurança pública, Celso Perioli, afirmou na tarde desta quarta-feira que as reivindicações começarão a ser atendidas ainda nesta semana. “Os valores atrasados começarão a ser pagos e, com relação ao alojamento, fui informado de que o governo entrará em contato com a empresa responsável para que as medidas cabíveis sejam tomadas”, informou Lotim. Procurado, o Ministério da Justiça ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
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