sexta-feira, 10 de julho de 2015

Manipuladores e manipulados



"O manipulador divide, mente, é egocêntrico, não leva em conta os direitos, necessidades e desejos dos outros”



- Há especialistas em manipular a vida alheia e pessoas suscetíveis de serem manipuladas
- Perder o medo de não agradar sempre é o primeiro passo para se livrar dos chantagistas


Você já se sentiu pressionado a fazer algo que não queria? Já se sentiu coagido a dizer sim quando, na verdade, quis dizer não? Quando agimos sob a influência de um outro e nos deixamos levar por suas opiniões, não estamos com o foco em nosso poder pessoal. Para que não nos manipulem, devemos ter claro onde e quando colocar limites. Devemos nos atrever a dizer não, sem medo do julgamento dos outros, do fracasso ou da rejeição. Enquanto tivermos medo de sermos rejeitados, seremos manipulados. Porque esta é precisamente uma das armas do manipulador: “Se não agir da maneira que eu quero, vou falar mal de você.” O manipulador depende do manipulado e vice-versa. É uma relação de perda de liberdade.

Um ser livre se atreve a dizer não e age baseando-se em suas convicções, sem medo de ficar sozinho ou de ser rejeitado. O sistema não está interessado em seres livres, com força de vontade desenvolvida, que pensem conscientemente, atuem e assumam a responsabilidade por si mesmos. Por isso, somos manipulados em muitos níveis, social, político, midiático, publicitário, nas relações interpessoais.

Este artigo está focado na importância de compreender os processos de manipulação interpessoal, em como perceber a tempo que uma pessoa é manipuladora para assim não permitir que nos manipule e em recuperar nosso poder interior.

Miriam Subirana, EL País

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