A taxa de desemprego no país subiu para 8,1% no trimestre encerrado em maio, informa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. Este é o maior índice verificado na série histórica iniciada em 2012. O porcentual também ficou acima do registrado no mesmo trimestre do ano passado (7%) e supera ainda o do trimestre encerrado em março (7,9%) e em abril (8%).
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que substitui a tradicional Pnad anual e a Pesquisa Mensal de Emprego (PME). Nela, são averiguados 3.464 municípios e cerca de 210.000 domicílios em um trimestre.
O número de desocupados, ou seja, aqueles que tomaram alguma providência para conseguir trabalho, chegou a 8,2 milhões de pessoas entre março e maio. No trimestre encerrado em fevereiro, eram 7,4 milhões de pessoas, e no mesmo período de 2014, 6,8 milhões. Ou seja, na comparação com os dois períodos, houve uma alta de 10,2% e 18,4% na quantidade de brasileiros à procura de emprego.
O avanço é bastante expressivo - o maior verificado na série histórica, segundo o IBGE - e mostra que, com a crise apertando o bolso dos brasileiros, mais pessoas estão correndo atrás de emprego para complementar a renda familiar.
Já a taxa de ocupação, que mede o número do efetivo empregado, teve uma ligeira queda de 0,2% em relação aos três meses anteriores e de 0,7% ante o mesmo período do ano passsado. O porcentual do trimestre encerrado em maio ficou em 56,2%, o que corresponde a 92,1 milhões de pessoas.
Entre março e maio deste ano, o IBGE também verificou que a renda média do trabalhador teve uma pequena queda de 0,7% em relação ao mesmo período de 2014, indo a 1.863 reais. Em relação ao trimestre finalizado em fevereiro, o recuo foi de 0,7%.
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