Propaganda para quê?
Porém, a leitura de revistas semanais e jornais é um impositivo para estarmos atentos com as coisas que ocorrem ao nosso redor, porém, já está começando, como a televisão, a me agredir, a me surrupiar o direito, o contentamento de suas leituras.
Digo isto, pois para dizer o mínimo, é irritante, ver nas páginas das grandes revistas semanais como Veja, Isto é, Época e dos jornais Estadão, Folha, dentre outros, páginas inteiras de propagandas de empresas estatais.
Fico me perguntando a razão de se investir centenas de milhões de reais em propagandas de empresas que não têm e nem podem ter concorrências, como é o caso da Sabesp, dos Correios, da Eletrobrás, e até mesmo a Petrobras, os metrôs dos estados, e nos casos de se referirem à postos de saúde, de educação e segurança.
E o que é pior, estas propagandas são na maioria das vezes falaciosas e mentirosas, pois os atendimentos aos usuários são sofríveis, para não dizer lamentáveis.
O governo federal, segundo Carlos Brickmann, em 2013 gastou R$ 2 bilhões por ano para informar à população brasileira que “O Brasil é um país rico e sem pobreza”.
Digo que não somos um país rico e sem pobreza, mas sim um país de pobres cidadãos (não estou falando em cidadãos pobres), que temos isto em nossas barbas e achamos que tudo está bem, enquanto que a realidade é tristemente outra.
O Estado de São Paulo, segundo o mesmo colunista, por exemplo, em 2013 gastou R$ 16,1 milhões por mês em propaganda e neste primeiro semestre de 2014, pois no segundo semestre por se tratar de ano eleitoral não se poderá gastar, irá investir, ou melhor, desperdiçar, R$ 31,5 milhões por mês.
Veja-se, por exemplo, o insulto que o governo federal nos impõe ao contratar uma empresa para fazer a propaganda da ANCINE, que é a Agência Nacional de Cinema, com a singela importâncias de R$ 15 milhões por ano, cabendo aqui insólita pergunta: para que a ANCINE precisa de propaganda?
A única justificativa plausível para isto é para que os artistas saibam de sua existência e em conluio com o Ministério da Cultura corram para lá para fazer pegar vultosas verbas para fazerem seus filmetes mixurucas. Pode isso?
Ah, um lembrete final, se é que servirá para alguma coisa para o governo, mas reafirmando aqui minha esperança que se não servir a eles, sirva ao menos a nós cidadãos para que não elejamos nenhum dos políticos que estão ai, pois eles não respeitam sequer a Constituição, que em seu parágrafo 1º, inciso XXI, do artigo 37, as propagandas governamentais somente poderiam se dar em caráter educativo, informativo ou de orientação social”.
Mas que constituição que nada, o que interessa a eles é a farra e o desperdício com o dinheiro público.
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Aproveito este espaço para pedir encarecidamente ao Senhor Prefeito que instale dispositivos na Rua Rafael Citro, para evitar o desenvolvimento de alta velocidade dos veículos que por ali trafegam, para que depois não choremos as conseqüências da omissão.
2 comentários:
Como morador da Rafael Citro reforço o pedido do dr Brasilino, aqui tá um absurdo mesmo.
Esta é mais uma das tristes realidades que o país vive. Roubo puro gastar tanto dinheiro inutilmente. Malditos sejam os que desperdiçam assim.
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