Em meio à dor pela morte de sua filha Ana Paula, o Rei Roberto Carlos completa sete décadas de vida nesta terça 19
No início dos anos 60, Roberto Carlos liderava o primeiro movimento roqueiro no Brasil, francamente inspirado ao iê-iê-iê dos The Beatles, na Inglaterra. Foi neste período que ele apresentou o programa Jovem Guarda, na TV Record – nome que iria batizar o gênero musical da época, muito bem representado por Lps como “Roberto Carlos em Ritmo de Aventura” e “Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa” e “Roberto Carlos a 300 km por Hora”. Entre 1961 e 1998, Roberto lançou um disco inédito por ano. Embora tenha transitado por diversos gêneros jamais deixaria de ser um cantor romântico, que fez dele o único artista latino-americano a superar os 100 milhões de cópias vendidas – o registro oficial que se tem hoje marca 130 milhões de unidades. O fã clube internacional de Roberto Carlos se estende a diversos países, entre eles México, Chile e Argentina, e na Europa, Itália, Portugal e Espanha.
Desde o acidente trágico sofrido na infância até a morte de sua última mulher, Maria Rita, e da mãe (para quem ele fez Lady Laura), toda a dramaticidade destes episódios foi retratada nos jornais e, ao contrário do famoso verso de Chico Buarque, “a dor da gente não sai no jornal”, é como se a dor do rei estivesse estampada sim nos noticiários. E fosse compartilhada por seus admiradores e fãs. Assim como as alegrias, os amores, a fé – Roberto Carlos nunca escondeu do público o lado místico, sentimental e romântico e poucos artistas são donos de um repertório tão pessoal – suas crenças e emoções aparecem em suas centenas de composições escritas ao longo de sua carreira. Sendo assim, para homenagear Roberto Carlos e também lhe prestar solidariedade neste momento de dor relembre alguns momentos inesquecíveis de seus 60 anos de carreira.
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