sábado, 1 de maio de 2010

Último acusado do assassinato de Dorothy Stang é condenado a 30 anos de prisão

Época


Cinco anos após o assassinato da missionária Dorothy Stang, Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão, o único dos envolvidos no crime que ainda não havia sido julgado, foi condenado no começo da madrugada de hoje (1º), em julgamento realizado no Fórum Criminal de Belém.




O julgamento começou na manhã de sexta-feira (30). Foram ouvidas seis testemunhas e, antes do depoimento do acusado, exibido um vídeo, produzido pelo Ministério Público, que simula o que teria ocorrido no dia da morte da missionária.


Galvão foi julgado sob acusação de ser um dos mandantes do assassinato da religiosa norte-americana naturalizada brasileira, que defendia o direito à terra de pequenos produtores rurais da região de Altamira (PA). Dorothy Stang foi morta com seis tiros em fevereiro de 2005, em Anapu.

Durante o interrogatório, Galvão negou o crime e não respondeu às perguntas da promotoria. A acusação sustentou a tese de homicídio qualificado, com promessa de recompensa, motivo torpe e uso de meios que impossibilitaram a defesa da vítima.

Os advogados de defesa, Jânio Siqueira e César Ramos, rebateram a tese de homicídio qualificado, contrapondo-a com a tese de negativa de coautoria. Durante uma hora e meia, eles sustentaram a tese da ausência de provas nos autos da participação do réu no crime e pediram aos jurados a absolvição do acusado. Outros quatro acusados de participação no caso, Rayfran das Neves Sales, Clodoaldo Carlos Batista, Amair Feijoli da Cunha e Vitalmiro Bastos de Moura, foram julgados e estão presos, condenados a penas que variam de 17 a 30 anos de reclusão.

Nenhum comentário: