segunda-feira, 24 de maio de 2010

Torpedo norte-coreano afundou corveta da Coreia do Sul

Isto é

Pyongyang nega envolvimento com o naufrágio e ameaça com 'guerra generalizada' se sofrer sanções internacionais. EUA dizem que ataque terá "consequências"


Segundo uma equipe internacional de investigação, um torpedo disparado de um submarino da Coreia do Norte afundou a corveta sul-coreana Cheonan no dia 26 de março passado, no Mar Amarelo, matando 46 marinheiros. O fato reacende a histórica crise entre as vizinhas Coreia e aumenta o risco de conflitos na região.

"As provas nos levam a concluir, de maneira integral, que o torpedo foi disparado por um submarino norte-coreano", disse um membro da equipe de investigação. "Não há outra explicação possível".

A Coreia do Norte rejeitou nesta quinta-feira qualquer envolvimento no naufrágio da corveta sul-coreana e advertiu para uma "guerra generalizada" se sofrer novas sanções internacionais, informou a agência de notícias Yonhap.

A Comissão de Defesa Nacional (NDC) da Coreia do Norte qualifica de "invenções" as conclusões da comissão internacional de que um submarino norte-coreano afundou a corveta Cheonan.

"Vamos adotar medidas enérgicas, inclusive uma guerra generalizada, se sanções forem impostas à Coreia do Norte", prometeu a NDC, presidida pelo número um do regime norte-coreano, Kim Jong-il, segundo a Yonhap.

O comunicado afirma ainda que Pyongyang vai enviar seus próprios especialistas à Coreia do Sul para verificar as provas citadas pelos investigadores internacionais.

Na mesma nota, a NDC chama de "traidor" o presidente sul-coreano, Lee Myung-Bak, que prometeu "medidas enérgicas" contra a Coreia do Norte.

EUA dizem que ataque da Coreia do Norte terá "consequências"

Os Estados Unidos advertiram a Coreia do Norte nesta quinta-feira que o ataque com torpedo que teria afundado um navio de guerra sul-coreano foi uma "séria provocação" que "definitivamente terá consequências", disse o porta-voz do Departamento de Estado americano, Philip Crowley, a jornalistas.

O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse também que o ataque foi um evento de "grande importância" na história entre Coreia do Norte e Coreia do Sul.

No entanto, os 28.000 soldados que os Estados Unidos mantêm na Coreia do Sul, não foram colocados em estado de alerta, depois de Seul ter acusado a Coreia do Norte de ter atacado um navio de guerra do país, afirmou o chefe de Estado maior do exército americano, Mike Mullen.

Uma investigação internacional sobre as causas do afundamento do navio sul-coreano "Chenoan" em 26 de março em uma região disputada do Mar Amarelo concluiu que um submarino norte-coreano disparou um torpedo contra a embarcação, segundo relatório publicado nesta quinta-feira.

O afundamento da coverta de 1.200 toneladas, perto da fronteira marítima com a Coreia do Norte, provocou a morte de 46 marinheiros sul-coreanos.

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