quarta-feira, 26 de maio de 2010

Ricardo Teixeira: sem isenção de imposto, nada de Copa

Noblat

Em audiência realizada há pouco na Câmara, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, jogou nas mãos do Congresso Nacional a responsabilidade pela realização, ou não, da Copa de 2014 no Brasil.

Segundo ele, é vital que sejam aprovados os dois projetos encaminhados hoje (26) pelo presidente Lula ao Congresso. As propostas isentam a Fifa e a outras pessoas jurídicas e físicas de tributos federais e estaduais.

“Se a isenção de impostos não for aprovada, claro que o Brasil não pode ter a copa do mundo”.

Mais cedo, Teixeira assegurou que independente do andamento das obras dos estádios do mundial, não haverá mudanças número das cidades-sedes.

A exclusão de algumas delas da lista da Copa chegou a ser pensada pelo governo como uma alternativa em razão dos atrasos dos empreendimentos.

“Caso não se cumpra o prazo de início das obras, o plano B para a Copa será a exclusão de cidades”, afirmou o ministro do Esporte, Orlando Silva, no final do mês de abril.

Horas depois, por meio de nota, o ministro voltou atrás e disse que estádio “é assunto entre as cidades, estados e a FIFA”.

Teixeira também negou a possibilidade de São Paulo ter outro estádio, além do Morumbi, para abrigar apenas a partida de abertura.

Em um segundo momento, o presidente da CBF subiu o tom ao criticar a iniciativa do deputado Silvio Torres (PSDB-SP) de ter encaminhado à Fifa documento questionando se em razão dos atrasos das obras, o Brasil poderia deixar de ser sede dos jogos.

“Quem veicula essa barbaridade só pode ser contra a Copa do Mundo no país”, disparou Teixeira contra Torres que não teve direito de respostas cedido pela presidente do colegiado, Raquel Teixeira (PSDB-GO).

No final da reunião, Torres exaltado tentou voltar à discussão com Teixeira e a partir daí o que se viu foi um intenso bate-boca entre os dois.

Torres: “Quero o meu direito de resposta. O senhor me acusou de ser contra a Copa”.

Teixeira: “Não sou seu empregado para ficar aqui e responder”.

Torres: “O senhor não sabe ouvir críticas, mas vai ouvir. A comissão foi desrespeitada. A última vez que o senhor esteve aqui foi por causa de uma CPI [da CBF/Nike de 2001].”

Diante do impasse, a sessão foi encerrada mesmo com Torres ainda bravejando.

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