quarta-feira, 26 de maio de 2010

Gallup: No Brasil, 48% aprovam ‘liderança’ dos EUA

Índice brasileiro está a três pontos da média mundial: 51%

O Gallup levou à sua página na web o resultado de uma pesquisa feita em 110 países ao longo de 2009, primeiro ano da gestão Barack Obama.

Perguntou-se aos entrevistados se aprovam ou desaprovam a “liderança” que os EUA historicamente se auto-atribuem no mundo.

Verificou-se que, em média, 51% dos entrevistados aprovam. Em 2008, último ano da administração George Bush, o índice era de apenas 34%.

No Brasil, segundo o Gallup, 48% dos entrevistados aprovam a “liderança” dos EUA. Um índice 25 pontos acima dos 23% anotados em 2008, sob Bush.

O percentual de aprovação recolhido no Brasil está acima dos 42% verificados na Argentina e bem abaixo dos 60% anotados na Colômbia.

Curiosamente, o Gallup informa que, na Venezuela de Hugo Chávez, um notório adversário do “imperialismo ianque”, 50% aprovam o papel de líder dos EUA.

Na Bolívia de Evo Morales, outro feroz inimigo de Washington, a aprovação cai para 40%.

Na média das Américas, o índice de aprovação foi de 53%. É a segunda região do planeta em que a liderança dos EUA é mais bem aceita.

A primeira, com 87%, é a África subsaariana. Vêm a seguir a Europa (52% de aprovação), a Ásia (44%, excluídos os países da ex-União Soviética, onde o índice é de 41%)...

...E, na lanterninha, com exíguos 34% de aprovação, o Oriente Médio e o Norte da África.

Como se referem ao ano de 2009, os dados não captaram os humores do mundo em relação à implicância da gestão Obama com o programa nuclear do Irã.

Uma pena, já que Lula, nessa matéria, mede forças com a Casa Branca. Nesta terça (25), a propósito, o presidente brasileiro protagonizou um novo movimento.

Lula enviou mensagens aos presidentes da Rússia, Dimitri Medvedev; da França, Nicolas Sarkozy; e ao próprio Obama.

No texto, Lula anota que o Irã cumpriu sua parte no acordo nuclear intermediado por Brasil e Turquia.

Refere-se ao comunicado endereçado pelo governo iraniano à AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica da ONU).

Contrário a imposição de novas sanções do Conselho de Segurança da ONU ao Irã, Lula pede um gesto de boa vontade dos três colegas.

O chanceler Celso Amorim resumiu a intenção do chefe: "Na mensagem, o presidente recapitula que houve a carta [do Irã à AIEA], que era um fato esperado...”

“...E que, se houver resposta positiva [dos EUA, Rússia e França], poderá se criar um ciclo virtuoso para criação de confiança...”

“...E daí poder se tratar todos os temas que interessam à comunidade internacional, que nós sabemos que não se esgotam [nesse acordo]”.

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