quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Não Foi Um Estupro (Felicio Vitali)



Parece que o estupro carnal sofrido por Mariana Ferrer foi considerado insuficiente pela justica catarinense, que resolveu estupra-la, também, psicologicamente, várias vezes e da forma mais perversa que se poderia. 

O promotor que ali estava pra acusar o estuprador, resolveu criar uma pérola para os anais da justiça brasileira, com a sua tese de que o criminoso "não tinha a intenção de cometer o crime de estupro". Mas como o cometeu sem querer, entendeu-se que o "crime foi culposo". Estuprou-a pela segunda vez. 

O advogado do estuprador, por sua vez, e não vale nem a pena ater-se aos detalhes da sua covardia, aproveitou-se da fragilidade da vítima para, com o requinte de um sádico torturador, estupra-la pela terceira vez. 

Se já não bastasse tudo, o juiz, extremamente passivo diante dos ataques proferidos pelo advogado, inerte diante do sofrimento da vítima, acatou os argumentos da defesa. 

Não escreve, mas é certo que considerou a absurda tese do promotor e inocentou o acusado. 

Na sentença de absolvição escreveu que escolhia "absolver cem culpados que condenar um inocente". 

Numa comparação tão esdrúxula para justificar o injustificado, mal comparando, seria como escolher entre ser rico com saúde ou pobre e doente. 

E assim, estuprou pela quarta vez a Mariana Ferrer e, junto, todas as mulheres do mundo, incluindo aí, a recatada nora que o advogado de defesa pretensamente ainda terá. 

Por Felicio Vitali

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