quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Bolsonaro reincide em mentira sobre remédio e prevenção em caso de Covid-19



O presidente Jair Bolsonaro nunca teve "melhores dias", é verdade. É certo, no entanto, que está vivendo os piores. Depois de ter mentido no Facebook, atribuindo à Coronavac efeitos colaterais inexistentes, de ter chamado o povo brasileiro de maricas e de ter ameaçado os EUA com uma guerra, ele decidiu voltar ao tema da Covid-19 em uma de suas lives alopradas.

Referiu-se novamente à possibilidade de uma segunda onda de contaminação no país -- e há alguns sinais preocupantes nesse sentido. Nada a temer, segundo o presidente. Assim como ele está certo de que o Brasil pode confrontar os EUA na base da pólvora, ele tem a solução. Afirmou:
"Mesmo que houvesse uma segunda onda, é só fazer tratamento precoce. Conversa com o médico, tem três medicamentos para outras coisas que servem também para combater a Covid, que a princípio se resolve o assunto".

É mentira.

Ele se refere, claro!, à hidroxicloroquina e aos vermífugos Ivermectina e nitazoxanida. Que importa que a ciência já tenha demonstrado que essas drogas são inócuas no combate ao vírus?

Mas calma! Ele tem outras dicas:
"A maior prevenção para a Covid sabe qual é? É o preparo físico, estar bem de saúde, conseguir se alimentar bem. Nem todo mundo consegue se alimentar bem, tem gente que tem meios, mas é relaxado na alimentação. Correr de vez em quando, ficar menos fofinho. Tudo isso aí ajuda não só na precaução da Covid, mas de qualquer doença".

Sem dúvida, uma boa condição física favorece as pessoas, qualquer que seja a moléstia que contraiam. Mas não há condicionamento físico que possa compensar a exposição ao vírus.

É mentira também.

As medidas preventivas são o distanciamento social e a máscara — além, claro!, do uso adequado do álcool gel e de água e sabão.

Sobre a pane no sistema que impede alguns Estados de registrar os óbitos no Ministério da Saúde, nem uma miserável palavra. Nem dele nem do outro militar que responde pela pasta, o general Eduardo Pazuello.

Até quando?

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