Ex-diretores da Bancoop com Lula: Ricardo Berzoini, Luiz Malheiro (morto em 2004) e João Vaccari Neto, personagens envolvidos no caso Bancoop. Foto de maio de 2000 |
A Bancoop é a cloaca do petismo. A cooperativa foi criada pelo Sindicato dos Bancários, já sob o comando do partido, em 1996. Dez anos depois, João Vaccari Neto, guindado à tesouraria do partido, chegou à presidência da entidade. E tem início, então, a crise. Investigação conduzida pelo Ministério Público de São Paulo detectou a transferência ilegal de recursos para a legenda. O nome disso, obviamente, é roubo.
A transferência para o partido, segundo a investigação, era feita por meio da prestação de serviços os mais exóticos, em dinheiro vivo. Havia um caixa eletrônico, dentro da cooperativa, em que se faziam os saques. “Tem pagamento da Bancoop para centro espírita, para pesque-e-pague e empresas de fachada. Não tenho a menor dúvida de que tudo isso é desvio [para o PT)”, afirma à Folha o promotor José Carlos Blat.
Diretores da entidade, Vaccari inclusive, são réus num processo por estelionato, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Dos 56 empreendimentos da cooperativa, oito não foram entregues, o que teria lesado 3 mil famílias, com prejuízo que chega a R$ 100 milhões.
Pois é, caros leitores… Eu preciso refrescar a memória de vocês com uma reportagem publicada pelo Estadão no dia 8 de junho de 2008. Leiam com muita atenção. Ela trata de suposto uso de recursos da Bancoop para campanhas eleitorais dos petistas — inclusive de Lula e do atual ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, e traz ainda três cadáveres, todos dirigentes da Bancoop que, por força do cargo, sabiam demais. Leiam.
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No dia 8 de junho de 2008, o Estadão trazia a reportagem abaixo, sobre a morte de Luís Eduardo Malheiro, ex-presidente do Bancoop. Leiam.
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A morte de Luís Eduardo Saeger Malheiro, ex-presidente da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo), vai ser investigada pelo Ministério Público de São Paulo. A versão oficial é que Malheiro foi vítima de um acidente de carro, em 12 de novembro de 2004, no município de Petrolina (PE). Mas, segundo seu irmão, Hélio Malheiro, ele havia sido alertado para reforçar sua segurança pessoal.
O alerta, afirmou Hélio, ocorreu no início de fevereiro de 2002. Duas semanas antes, no dia 18 de janeiro daquele ano, Celso Daniel (PT), prefeito de Santo André, fora sequestrado e fuzilado em um atalho de terra em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.
Segundo Hélio, o alerta foi dado por José Carlos Espinoza, que depois seria chefe do Gabinete Regional da Presidência da República em São Paulo. Para Hélio, o acidente está mal explicado. Em depoimento à Promotoria de Justiça, ele pediu investigações sobre o caso. Disse que considera “estranhas as circunstâncias” do desastre que vitimou seu irmão e outros dois dirigentes da Bancoop.
Hélio Malheiro depôs terça-feira. Foi o seu segundo relato à promotoria, em menos de uma semana. No primeiro, dia 29 de maio, ele afirmou ter ouvido do irmão que “tinha de ceder às pressões políticas e, muitas vezes, se via obrigado a entregar valores de grande monta para as campanhas eleitorais do Partido dos Trabalhadores, desviando os recursos que eram destinados à construção das unidades habitacionais”.
CAMPANHAS
Hélio denunciou que recursos que teriam sido desviados da Bancoop abasteceram a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República em 2002 e do deputado Ricardo Berzoini (PT-SP). Ele contou que, naquele dia, em 2002, foi à sede da Bancoop, à Rua Líbero Badaró, Centro, chamado por seu irmão “para tratar de assuntos referentes a uma obra”.
Quando chegou à sala de Luís Eduardo, viu que ele conversava com Espinoza. Depois, ouviria do irmão: “Esse cara (Espinoza) é segurança do Lula. Em função da morte do Celso Daniel, ele me orientou a reforçar minha segurança pessoal.”
“Fiquei preocupado porque a morte do prefeito não tinha nenhuma relação com a atividade do Luís Eduardo à frente da presidência de uma cooperativa habitacional”, declarou Hélio ao promotor José Carlos Blat, que conduz investigação sobre supostas irregularidades na Bancoop. “Meu irmão respondeu que se tratava de questões relacionadas ao crescimento da Bancoop e que o cargo dele estava sendo muito visado. Fiquei bastante desconfiado.”
A versão que recebeu sobre o acidente não o convenceu. A ele, disseram que seu irmão estava no banco traseiro do carro. Na frente iam os outros dois diretores da entidade. O que estava ao volante teria adormecido e o carro bateu de frente com um caminhão. O acidente ocorreu à tarde. “Meu irmão era uma pessoa muito desconfiada. Quando não estava dirigindo, não dormia em hipótese alguma.”
“É muito esquisito”, avalia o promotor Blat, que enviou cópia do relato de Hélio ao promotor Roberto Wider, de Santo André, responsável pela apuração do assassinato de Celso Daniel. Wider jamais aceitou a versão policial de crime comum – o prefeito petista, concluiu o Departamento de Homicídios, foi vítima de sequestradores que agiram sem motivação política.
Para Blat, “são fortes os indícios de crimes e de caixa dois com recursos da Bancoop”. Suspeita que a entidade “tem perfil de organização criminosa” e sustenta: “O caso é muito grave, gravíssimo.”
Blat disse que Hélio decidiu contar o que sabe e o que diz ter ouvido do irmão porque a investigação apontava para ele. Outros depoimentos ao Ministério Público indicam que parte dos recursos que teriam sido desviados circulou por contas correntes de Malheiro, o morto.
Por Reinaldo Azevedo
Um comentário:
O ESTADISTA TRIPLEX (Trabalhador, Trolador e Tolerante)
A entrevista coletiva começou. Drinks e canapés deliciosos, cordiais conversas e nada de perguntas.
Até que o entrevistado, carinhosamente chamado pelos seus admiradores de Estadista Triplex, tomou a iniciativa para expressar seus esclarecimentos, em atenção aos eleitores que estavam surpresos com os estranhos boatos desabonadores a respeito de um suposto envolvimento dele em um empreendimento imobiliário. Estava tranquilo, parecia inspirado. Pegou uma caneta hidrográfica ponta grossa que estava no bolso da camisa do seu segurança e assessor, e no quadro branco da sala de entrevista do luxuoso hotel, escreveu a palavra TRIPEX, na vertical. Para surpresa de todas as pessoas presentes, o Estadista Triplex ao mesmo tempo que falava, também escreveu um inédito e esclarecedor acróstico!
Vide:
Trabalhei, trabalho e trabalharei pelo bem de todos, mas
Rancorosos não me deixam usufruir de um único dos
Incontestáveis bons apês e casas que produzi e distribui
Para milhares de cooperados que sonhavam com um
Lar feliz, em imóvel próprio. É fato, é verdade, confiram!
Essa é a verdade e, humildemente, peço que respondam ao
X da questão: Fazer tudo pelo Social é crime?
PS: Um bêbado estava na porta de saída dos fundos do hotel. Sabem quem era?.
Justa, coincidente e incrivelmente, o Nezinho Terceiro, neto do Nezinho do Jegue, lá de Sucupira. Sim, diferente do avô, este quando embriagado bajula, quando sóbrio chuta o pau da barraca e diz duras verdades para a “autoridade” que estiver no local, seja um vereador, delegado, padre, pastor, ou até um presidente!
Nesse dia da entrevista coletiva, motivada por injuriosísticos boatos relatando supostos envolvimentos maracutaísticos do Estadista Triplex, aconteceu uma coisa rara: o Nezinho Terceiro estava sóbrio. Alguma força protetora dos bêbados e, talvez, emanada de umas 13 garrafas de cachaça esvaziadas no dia anterior, Nezinho Terceiro ao acordar e sair da cama, se tocou que devia dar um descanso para o seu detonado fígado. Enfim, sóbrio e consciente de seus deveres de cidadão participativo e inquiridor.
Assim que o Estadista Triplex se despediu dos jornalistas convidados para a coletiva e saiu do hotel, Nezinho Terceiro se aproximou, e disse para o seu famoso conterrâneo, “Seu Estadista Triplex sujeitinho de uma figa, mentiroso, safado... me responda olhando nos olhos! E os milhares que levaram um tombo, pagaram e até agora não receberam o imóvel? Isso é crime! O povo quando perde a paciência, por mais que possa tardar, não falha quando dá o recado... cabra da mulesta, olha que o pau te acha!”
O Estadista Triplex, com olhar de quem nunca sabia e não deve nada, cochichou no ouvido do Nezinho: “Se é crime, eu não sabia! Portanto, nunca antes tendo sabido e sempre fazendo tudo com as melhores das intenções e tudo pelo Social, crime algum eu cometi e jamais cometerei!”. Imediatamente, o Nezinho Terceiro foi para o primeiro botequim que encontrou e bebeu, bebeu... bebeu para se desligar do mundo real.
(Ai, que dor de cabeça... hoje não quer passar nem ingerindo mil doril, ai... acho bom comer uma taiada inteira e dois goles de cangibrina da boa, lá da Piedade, alambique do Antenor...)
Merchandising (A crise tá brava pra todos, minha gente!): Quer saber onde fica o Alambique do Antenor. É só procurar no google “alambique do antenor piedade”, mas não diga para o Estadista, viu?.... Na ida, dê uma passada no Mercado Municipal da cidade. Nas bancas da Dona Rosária e Dona Elvira tem a famosa taiada feita pelo taiadeiro Toninho. Compre, experimente e compre mais!)
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