Muitas pessoas ficam tensas e apavoradas só de pensar em dirigir. Outras até dirigem, mas não em todas as situações. E foi justamente este medo, comum a tantos motoristas (recém-habilitados ou não), que levou a vendedora Isabella Prado Petri , de 19 anos, moradora de Piracaia, no interior de São Paulo, a tomar um medida inusitada: avisar sua inexperiência ao volante com uma placa colada no vidro traseiro do carro.
Medo
Habilitada desde dezembro, o temor da vendedora sempre foram as rodovias de grande movimento. Entre elas a Fernão Dias (BR-381) e a rodovia Presidente Dutra (BR-101). “Eu até dirigia na minha cidade e andava na Dom Pedro (rodovia), mas meu medo de pegar a Dutra, a marginal ou a Fernão Dias era enorme. Eu simplesmente não pegava”, contou.
Até que no começo do mês passado, teve que ir a São Paulo para um evento familiar. Sem companhia e com medo, apelou para o recado aos demais motoristas. A expectativa era encontrar um ambiente mais compreensivo.
“Deu certo, isso me deu coragem. Eu sabia que sem a placa, qualquer erro poderia gerar buzinas, xingamentos e tudo mais. A placa me deixou em paz porque foi mais ou menos como aprender a andar de bicicleta. A placa no carro era como se fossem as rodinhas da bicicleta. Depois que você aprende a andar, não precisa mais delas. Tanto que voltei a São Paulo sem a placa três semana depois dessa experiência", explicou.
Ela contou que no trânsito recebeu muitas mensagens de apoio e elogios pela iniciativa. Mas, se engana quem pensa que por tudo isso a placa foi aposentada. "Guardei uma cópia no meu computador. Se eu tiver que pegar a serra sozinha para ir à praia, ela vai comigo", brincou.
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