sábado, 17 de dezembro de 2011

Mercadante confessa que Dilma mentiu às vítimas da tragédia na Região Serrana


Augusto Nunes


Em 13 de janeiro deste ano, depois de sobrevoar a Região Serrana do Rio, a presidente Dilma Rousseff convocou a imprensa para avisar que não permitiria a reedição de uma tragédia daquelas dimensões. 

Primeiro, admitiu que se tratava de um problema federal. Em seguida, prometeu acabar com deslizamentos nos morros com obras de contenção de encostas, prometeu um mundaréu de medidas preventivas, prometeu instalar redes de saneamento básico, prometeu remover os ameaçados por desastres naturais, prometeu casas para os flagelados e prometeu voltar mais tarde para inaugurar o colosso de promessas.

Nesta quinta-feira, o ministro Aloízio Mercadante apareceu no Senado para mandar um recado aos brasileiros em geral e, em particular, aos milhões de moradores de áreas de risco. “Morrerão pessoas neste verão. E nos próximos”, confessou. Rebatizou a temporada de chuvas fortes de “extremos climáticos”, culpou a natureza e comunicou que o governo não fez nada do que prometeu. A discurseira de Dilma foi outro embuste. As vítimas da tragédia anunciada estão entregues à própria sorte.

O Brasil tem sido poupado de furacões, tsunamis e terremotos. Mas é sistematicamente assolado pela incompetência das dilmas e dos mercadantes. Não se sabe qual dos fenômenos é mais devastador. O vídeo editado pela repórter Fernanda Nascimento, que alterna trechos da discurseira da presidente e do palavrório do ministro, deixa claro que as dilmas e os mercadantes são igualmente traiçoeiros. É mais que um documento político. É a prova de um crime.



Um comentário:

Brasilino Neto disse...

O que nos resta fazer diante de tanto palavrório, promessas vãs e a fraqueza dos governos do Estado e Federal e a franqueza do Mercadante em sustentar que 'haverá mortes simplesmente porque não se preveniu'. O mais indignante desta situação é que os politicos no momento destas tristes ocorrências colocam suas botas de borracha, se cercam de seguranças, viajam de helicoptero e fazem politicalha. Disse John Kennedy: "A politica é a arte dos cavalheiros a politicalha dos arrivistas e dos patifes".