No jargão do mercado financeiro, uma ação que derrete nas mãos dos investidores é chamada de “mico”. Um desses papéis é o da empresa LLX, do bilionário Eike Batista. Esta empresa constrói no Rio de Janeiro o Porto do Açu e suas ações já caíram 37% no ano, enquanto a queda do Índice Bovespa é de 16,9%. No mercado, os negócios de Eike Batista são vistos com desconfiança crescente pelos investidores, mas o mesmo não pode ser dito pelos gestores do FI-FGTS, um fundo administrado pela Caixa Econômica Federal e pelo Ministério do Trabalho, que aplica recursos dos trabalhadores. Nesta semana, o FI-FGTS socorreu a LLX com uma operação de R$ 1 bilhão, que acaba de sair do forno. É um empréstimo subsidiado, muito abaixo da taxa Selic.
Embora recorra com frequência a favores oficiais, Eike Batista decidiu lançar um livro de autoajuda. Nesta segunda-feira, será lançado, no Rio de Janeiro o livro “O X da questão – A trajetória do maior empreendedor do Brasil”, escrito por seu assessor de imprensa Roberto D´Ávila e publicado pela editora Sextante.
O livro é destinado a futuros empreendedores e traz lições de Eike. Uma delas seria aplicar o chamado “stop loss”, ou seja, ter coragem para realizar os prejuízos quando um determinado investimento não traz os resultados esperados. Os negócios de Eike, que ainda são promessas, até agora não geraram lucros. Mas o bilionário carioca não precisou realizar o prejuízo porque encontrou guichês abertos no governo federal, seja no BNDES, seja no FI-FGTS.
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