O deputado federal Fernando Francischini (PSDB-PR) entregou nesta terça-feira à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de prisão do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). No documento, o deputado menciona a longa lista de escândalos envolvendo o petista. Uma cópia do requerimento também será encaminhada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Francischini alega que, diferentemente do que ocorreu durante o Mensalão do DEM na capital federal, há dois anos, não há movimentação política ou dos órgãos de investigação contra Agnelo. "Nós precisamos de uma nova operação Caixa de Pandora. Não há vontade política nenhuma. Eu estou praticamente sozinho", diz o tucano, que é delegado licenciado da Polícia Federal.
O pedido será analisado pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Caberá a ele decidir se leva o caso adiante e submete a solicitação ao STJ. A carreira de Agnelo Queiroz é envolvida em suspeitas que o acompanham desde antes da chegada ao governo do Distrito Federal. Ex-diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ex-ministro do Esporte, o petista agora é alvo de acusações de João Dias, o policial militar cujas revelações derrubaram o então ministro do Esporte, Orlando Silva, neste ano.
Silêncio - Entre outras acusações, Dias afirma que emissários do governo o procuraram com 200 000 reais para tentar comprar seu silêncio. E diz ter participado de uma operação para comprar o silêncio de Daniel Tavares, que acusava Agnelo de ter recebido propina. De acordo com João Dias, a operação foi comandada pelo coronel Rogério Leão, chefe da Casa Militar de Agnelo.
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