terça-feira, 20 de dezembro de 2011

36 mil detentos foram libertados em mutirões carcerários


 O Globo


Após concluir o mutirão carcerário em São Paulo, Estado que concentra o maior número de detentos do Brasil, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contabiliza, em todo o país, 36.318 presos que saíram da cadeia pois tiveram seu direito à liberdade reconhecido.

Ao todo, o CNJ já analisou 408.894 processos, dos quais 76.331 em São Paulo. No Brasil, o mutirão permitiu que 9% dos réus em processos analisados deixassem a prisão.

No Estado, o mutirão reconheceu a liberdade de 2,3 mil pessoas, sendo que 400 delas já tinham cumprido suas penas e, mesmo assim, continuavam atrás das grades.

O mutirão de São Paulo ocorreu ao longo de três meses e foi o antepenúltimo que será feito no país, restando ainda os resultados de Rio de Janeiro, cujo levantamento já foi concluído, e de Sergipe, que deve começar em 2012.

Em São Paulo, os juízes que atuaram no mutirão constaram os problemas típicos do sistema carcerário brasileiro: superlotação, insalubridade e atendimento médico precário.

- Você sabe o que é uma pessoa estar presa ilegalmente? Sofrendo um dano irreparável. Não há nada, nem dinheiro, nem outra medida qualquer concebível, pela mente, pelo espírito, capaz de reparar o que uma pessoa sofre numa prisão ilegal, (ainda mais) nas condições do sistema carcerário brasileiro - afirmou Peluso. 

Um comentário:

Miriaklos disse...

Nós merecemos mesmo este presentão, pois o ano todo fomos brindados contra a segurança.