TANTO EMÍLIO QUANTO MARCELO ODEBRECHT E OUTROS EX-EXECUTIVOS DELATARAM O ESQUEMA ENVOLVENDO A OBRA. |
Em meio ao levantamento do sigilo de dezenas de investigações ligadas à delação da Odebrecht, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), não deu publicidade à apuração de "possível prática criminosa associada à construção da Arena Corinthians". O estádio foi construído pela Odebrecht para a Copa do Mundo de 2014 e custou R$ 1,1 bilhão.
Falaram sobre o caso à Procuradoria-Geral da República os delatores Emílio Alves Odebrechet, seu filho e sucessor Marcelo Odebrecht, Benedicto Barbosa Silva Júnior, homem forte do Departamento de Propinas da Odebrecht, Alexandrino de Salles Ramos de Alencar e Luiz Antônio Bueno Júnior.
Marcelo Odebrecht afirmou, em outros depoimentos, que a sua construtora bancou a construção da Arena Corínthians como se fora "um presente" para o ex-presidente Lula, conhecido torcedor do clube e a quem a empreiteira batizou de "Amigo", no seu "departamento de propina".
“Indefiro a pretensão de levantamento do sigilo do procedimento; (ii) defiro o pedido do Procurador-Geral da República, a quem autorizo a juntada de cópia dos termos de depoimentos mencionados e documentos apresentados pelos colaboradores especificamente no Inq. 4.341/STF, registrando que, com relação ao termo de depoimento nº 5 do colaborador Luiz Antônio Bueno Júnior, a efetivação da decisão só poderá ocorrer a contar de 3 de maio de 2017”, determinou Fachin.
Em março do ano passado, o então vice-presidente do Corinthians, André Luiz de Oliveira, o André Negão, foi preso em flagrante, em São Paulo, por posse ilegal de armas. Ele estava com duas pistolas. Alvo da Operação Xepa, etapa da Lava Jato, André Negão é suspeito de ter recebido R$ 500 mil em propinas da Odebrecht.
O nome de André Negão apareceu na planilha de contabilidade secreta de propinas da Odebrecht, sob o codinome "Timão", ao lado da palavra "Alface". A planilha foi apreendida na casa da secretária dos altos executivos da empreiteira, Maria Lúcia Tavares.
Na planilha, André Luiz de Oliveira estava ligado a "uma anotação de um possível pagamento" no endereço Rua Emilio Mallet em São Paulo, "a ser liquidado na data de 23 de outubro de 2014 no valor de R$ 500 mil, com a anotação do telefone".
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