quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Nitroglicerina pura – Valério dá novo depoimento ao Supremo, pede para integrar programa de proteção à testemunha e cita Lula, Palocci e… o assassinato do prefeito Celso Daniel!!!




Marcos Valério prestou novo depoimento ao Ministério Público. Em suas revelações, cita Luiz Inácio Lula da Silva, Antonio Palocci e o assassinato do prefeito Celso Daniel. VEJA já havia revelado que ele estava interessado na delação premiada. Alguns detalhes de seu novo depoimento vêm a público no dia que o PT promete soltar uma espécie de manifesto contra o Supremo Tribunal Federal e aquilo que o partido chama “mídia”. Ontem, não se esqueçam, a primeira mulher de José Dirceu, numa entrevista obviamente consentida pelo ex-marido, afirmou que ele e Genoino estão protegendo… Lula! Leiam trechos da reportagem de Ricardo Brito e Fausto Macedo, no Estadão:

Empresário condenado como o operador do mensalão, Marcos Valério Fernandes de Souza prestou depoimento ao Ministério Público Federal no fim de setembro. Espontaneamente, marcou uma audiência com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Fez relatos novos e afirmou que, se for incluído no programa de proteção à testemunha – o que o livraria da cadeia -, poderá dar mais detalhes das acusações.

Dias depois do novo depoimento, Valério formalizou o pedido para sua inclusão no programa de testemunhas enviando um fax ao Supremo Tribunal Federal. O depoimento é mantido sob sigilo. Segundo investigadores, há menção ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao ex-ministro Antonio Palocci e a outras remessas de recursos para o exterior além da julgada pelo Supremo no mensalão – o tribunal analisou o caso do dinheiro enviado a Duda Mendonça em Miami e acabou absolvendo o publicitário.

Ainda no recente depoimento à Procuradoria, Valério disse já ter sido ameaçado de morte e falou sobre um assunto com o qual parecia não ter intimidade: o assassinato em 2002 do então prefeito de Santo André, Celso Daniel.

A “troca” proposta pelo empresário mineiro, se concretizada, poderá livrá-lo da prisão porque as testemunhas incluídas no programa de proteção acabam mudando de nome e passam a viver em local sigiloso tentando ter uma vida normal. No caso da condenação do mensalão, Valério será punido com regime fechado de detenção. A pena ultrapassou 40 anos – o tempo da punição ainda poderá sofrer alterações no processo de dosimetria. O empresário ainda responde a pelo menos outras dez ações criminais, entre elas a do mensalão mineiro.
(…)

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