Terminou no último dia 31 de março o prazo dado ao Sindicato dos Metalúrgicos pela diretoria da General Motors, que pedia um acordo sobre as mudanças apresentadas pela empresa e condicionava a confirmação do investimento de R$ 630 mil prometidos para este ano no pacote de R$ 5 milhões anunciado pela multinacional.
As negociações aconteceram desde o começo do ano. Foram oito reuniões que terminaram em impasse. A GM queria a aprovação de uma proposta que pedia aumento de duas horas na jornada, além de piso salarial reduzido para os novos contratados, com salário inicial de R$ 1.353 e teto de R$ 2.300.
O sindicato recusou as propostas e, na última semana do prazo, uma "comissão independente", formada por 30 empregados da GM de todos os setores, apresentou um abaixo-assinado com quatro mil nomes, representando 50% dos trabalhadores da unidade joseense. Ele foi usado como argumento pela Procuradoria Regional do Trabalho da cidade ao recomendar uma reunião de conciliação entre a GM e o Sindicato dos Metalúrgicos.
O sindicato alega, em nota oficial, a invalidade deste abaixo-assinado e acusa a GM de manipular os empregados, gerando pânico com boatos de fechamento da fábrica, que é a segunda maior empregadora de São José dos Campos.
O diretor da Associação Comercial e Industrial (ACI) da cidade, Felipe Cury, esteve em uma reunião com representantes da GM e afirmou que a empresa está descontente com a radicalização do Sindicato dos Metalúrgicos. "Se não houver acordo, o Ministério do Trabalho vai intervir".
O prefeito de São José, Eduardo Cury (PSDB), esteve reunido com os líderes sindicais no dia 31 de março. Ele também pediu novas negociações e afirmou que vai agir pensando sempre em manter a montadora na cidade.
Em 2008, a GM reverteu R$ 800 mil em investimentos na unidade joseense, para a fabricação de dois novos modelos.
ADC News
Nenhum comentário:
Postar um comentário