segunda-feira, 26 de abril de 2010

Um domingo de eleições e ataques às Damas de Branco em Cuba

O Globo




HAVANA - Apesar das eleições municipais, realizadas no domingo e apresentadas como prova de democracia em Cuba, um pequeno grupo de partidários do governo hostilizou um grupo ainda menor das Damas de Branco, formado por mulheres e mães de dissidentes presos, impedindo-as de marchar. Esta é a terceira semana em que ocorrem confrontos como este, que estão se tornando uma tradição nos fins de semana cubanos.

Após setes anos de protestos pacíficos seguidos de missa em Havana, Cuba começou a impedir as Damas de Branco de marchar por não terem autorização escrita. O contraste entre as eleições e a interrupção da manifestação apontam a dificuldade do governo em tentar combater uma imagem autoritária no exterior e em manter a oposição interna sob controle. A estimativa era de que 95% dos eleitores participariam da escolha dos membros das assembleias locais. Somente na parte da manhã, 73,5% foram às urnas.

- Em nenhuma outra parte do mundo há uma participação tão elevada nas eleições como em Cuba - disse o vice-presidente cubano, Esteban Lazo.

Críticos afirmam que o comparecimento é alto porque quem não vota enfrenta problemas com as autoridades.

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