terça-feira, 20 de abril de 2010

Ordem do Rio Branco virou uma ‘distinção’ indistinta

Blog do Josias



Festeja-se neste 20 de abril o Dia do Diplomata. Como faz todos os anos, o Itamaraty condecorou brasileiros ilustres com a Ordem do Rio Branco.

Trata-se de uma comenda criada em fevereiro de 1963, sob João Goulart.

É oferecida a pessoas que, “pelos seus serviços ou méritos excepcionais, se tenham tornado merecedoras de distinção”.

Entre os agraciados de 2010 estão a primeira-dama Marisa e a vice-primeira-dama Mariza.

A lista inclui também dois servidores da Presidência: Erenice Guerra e Bruno Gaspar.

Ela, ex-segunda de Dilma Rousseff, acaba de ser guindada à chefia da Casa Civil.

Ele, espécie de sub do sub, é assessor do assessor internacional de Lula, Marco Aurélio Garcia.

Os “méritos excepcionais” das mulheres de Lula e de Alencar são desconhecidos.

O feito mais conhecido de Erenice é a coordenação do levantamento de dados que ficou conhecido como dossiê de gastos sigilosos de FHC e Ruth Cardoso.

Quanto a Gaspar, ganhou fama em julho de 2007. Deu-se nas pegadas do célebre acidente com o avião da TAM, em Congonhas.

O assessor foi pilhado numa cena na qual celebra, junto com o chefe, a notícia de que o acidente decorria de falha técnica (reveja abaixo).




Como se vê, o Itamaraty converteu a Ordem do Rio Branco numa “distinção”, por assim dizer, indistinta. Virou qualquer coisa.
O barulhinho que se ouve ao fundo é o ruído do barão de Rio Branco festejando, no túmulo, a inclusão entre os agraciados do artilheiro sérvio Dejan Petković, do Flamengo.

Méritos excepcionais? Pelo menos fez um bocado de gols.

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