Quanto o titular da PGR pede a prisão de um senador que ele nem ainda denunciou, é preciso que explique porquê. A questão não é pessoal, mas institucional
Um grupo de senadores se reuniu nesta sexta no gabinete de Tasso Jereissati (PSDB-CE) para discutir a decisão de Rodrigo Janot, procurador-geral da República, que pediu ao Supremo a prisão dos peemedebistas Renan Calheiros (AL), presidente do Congresso, Romero Jucá (RR) e José Sarney (AP), ex-presidente da República.
Há um consenso — e nem poderia ser diferente: o que veio a público das conversas gravadas por Sérgio Machado não justificam o pedido. Então é preciso saber: há mais coisa? Se há, é preciso que se saiba.
Estiveram presentes Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB; Cássio Cunha Lima (PB), líder do PSDB no Senado; Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), líder do governo interino de Michel Temer; Ronaldo Caiado (GO), líder do DEM, e Cristovam Buarque (PPS-DF).
Sim, eles estão certos. Não se trata de proteger este ou aquele. Quando se pede a prisão do presidente do Poder Legislativo, que o próprio Janot ainda nem denunciou, é preciso que se conheça o motivo.
A questão já não diz mais respeito à pessoa, mas à instituição.
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