Os senadores da bancada pró-Dilma na comissão do impeachment passaram vergonha ao tentar encerrar a sessão alegando falta de quórum. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) apresentou a proposta após o depoimento do ex-ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, quando havia apenas cinco senadores no plenário. Entretanto, Gleisi não sabia, ou não foi informada por sua assessoria é que o quórum mínimo para o funcionamento da comissão é de um quinto dos membros, no caso da comissão do impeachment quatro.
Depois que foi informada da situação pelo presidente da comissão, Raimundo Lira (PMDB-PB), o desconhecimento do regimento interno se tornou ainda mais flagrante. Gleisi passou a cobrar que a sugestão fosse votada pelos presentes, mas o quórum para deliberação na comissão, 11 senadores, não estava presente e Lira explicou que não poderia colocar a proposta em votação.
Depois do vexame regimental, outros senadores chegaram, mas ainda assim o quórum não foi atingido e a bancada pró-Dilma passou a tumultuar a sessão tentando forçar Raimundo Lira a suspender a sessão. Entre gritos e acusações, o senador José Medeiros (PSD-MT), presente desde o início, criticou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). "O Brasil está vendo o senhor querendo derrubar a sessão para ir ao aniversário da filha", disse. Lindbergh respondeu que não adiantava mais, pois já tinha perdido o voo.
Em pé, os senadores rodearam Raimundo Lira mostrando o regimento, os ânimos se acalmaram ea sessão foi retomada com o depoimento da próxima testemunha, o ex-ministro da Educação José Henrique Paim Fernandes.
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