quinta-feira, 23 de junho de 2016

Paulo Henrique Amorim terá de cumprir pena por injúria racial contra Heraldo Pereira


Paulo Henrique Amorim

Por Reinaldo Azevedo

Ai, ai… Eu bem que avisei!

No dia em que um jornalista chapa-branca tem de prestar depoimento à Operação Custo Brasil e em que o veículo que dirige é alvo de mandato de busca e apreensão — refiro-me a Leonardo Attuch, do site 247 —, Paulo Henrique Amorim é condenado a fazer companhia a outros petistas e também deve entrar em cana!!!

O ex-jornalista e apresentador terá de cumprir pena por crime de injuria racial contra o jornalista Heraldo Pereira, da Globo, chamado no blog “Conversa Afiada” de “negro da alma branca”.

Amorim chegou a ser defendido pela companheirada dos blogs petistas, sujos e chapa-branca. E até por ditos movimentos negros ligados muito mais ao caixa da petralhada do que à causa de combate ao racismo.

A condenação a um ano e oito meses de reclusão estava, desde 2013, dependendo só da ordem para execução da pena. E ela acaba de ser dada pela Ministra Laurita Vaz, vice-presidente e presidente eleita do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Dois recursos redundantes ao STF, ainda pendentes, não podem impedir a execução do que foi julgado no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, pela 6ª Turma Criminal, relatado pela desembargadora Nilsoni Freitas e confirmado pelo STJ e pelo próprio STF em diversos ações protelatórias da defesa, todas elas já rechaçados.

Paulo Henrique Amorim deixou de ser primário recentemente, depois de ter sido condenado definitivamente pelo STF por injuria contra o também jornalista Merval Pereira, de O Globo e da Globo News.

Quem é reincidente no crime cumpre pena em regime fechado. Ou não é assim?

Conquistas da civilização

Ah, claro!, cabe a questão, como argumentou a defesa de Amorim: não estaria o dito-cujo apenas exercendo o seu direito à “liberdade de expressão”? Não custa lembrar: no texto que acabou levando-o à condenação, Amorim inferia que o prestígio de que Heraldo goza na maior emissora do país não se deve à sua competência, a seu talento, a seu esforço, mas ao fato de ser um negro, vamos dizer, servil aos brancos.

Depois de chamá-lo de “negro de alma branca”, escreveu Amorim: “[Heraldo] não conseguiu revelar nenhum atributo para fazer tanto sucesso, além de ser negro e de origem humilde.”

É evidente que se trata de uma injúria de caráter racial. Gosto de dissecar os assuntos. Amorim poderia ter dito que tal sucesso, que é real, se deveria ao fato de Heraldo ser puxa-saco, reacionário, patronal, de direita, tucano… Escolham aí as palavras com que essa gente costuma ofender os desafetos.

Mas não! Amorim decidiu que é a cor da pele que faz Heraldo ser essa pessoa por quem ele tem tão pouco apreço.

Direi nesse caso o que disse no caso de Bolsonaro: as palavras fazem sentido!

Vá lá, Paulo Henrique… Um tempinho na cadeia não há de lhe fazer mal. Junto com a companheirada na alegria e na tristeza.

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