domingo, 21 de dezembro de 2014

COMO EM TODOS OS ANOS, AEROVIÁRIOS AMEAÇAM ESTRAGAR O NATAL


Chantagem dos aeronautas durante o fim de ano valeu a pena

Quem for viajar de avião na segunda-feira (22) deve se preparar para eventuais surpresas. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil da Central Única dos Trabalhadores (FENTAC) não revela locais e horários, mas promete fazer manifestações em alguns aeroportos do País contra o que chama de “intransigência” do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (SNEA).

O SNEA manteve a proposta de reajuste salarial de 6,33%, que inclui a reposição integral da inflação acumulada até 1º de dezembro – data-base da categoria -, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Os trabalhadores reivindicam 11% de aumento salarial e aplicação do INPC nos demais itens econômicos. Segundo o sindicato dos aeroviários, nem nas cláusulas sociais houve avanços. A última rodada de negociação ocorreu na última quinta-feira (18).

Diante da falta de avanços nas conversas, os trabalhadores decidiram em assembleia que vão fazer manifestações “surpresas” em alguns aeroportos a três dias do Natal, quando os saguões deverão estar lotados de pessoas em busca de passar as festas com amigos e familiares.

“Toda a base está mobilizada para esta data. Faremos uma atividade que mostrará o poder de organização dos trabalhadores. O formato será uma surpresa, aguardem”, informa o diretor financeiro da FENTAC e presidente do Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos, Orisson Melo.

Na quinta-feira passada (18) foi cogitado pelas empresas aéreas um reajuste acima da inflação nos benefícios, como vale-refeição e cesta básica. No entanto, as empresas não apresentaram um índice aos trabalhadores. “Eles querem avançar apenas nos benefícios, mas não apresentam um valor, fica difícil negociar”, pontuou o presidente da FENTAC/CUT, Sérgio Dias. Para ele, esse pequeno avanço se deu por conta da paralisação relâmpago das categorias realizada no dia 15 de dezembro, no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. “As empresas perceberam que os trabalhadores não vão deixar de lutar por uma proposta digna”, ressaltou. (Francisco Carlos de Assis/AE)

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