quarta-feira, 29 de setembro de 2010

‘FT’: rumo da economia com Dilma não é claro

O Globo

Para jornal britânico, governo manda sinais ambíguos quanto à redução do déficit público

Ainda não está clara a direção que a economia brasileira tomaria caso Dilma Rousseff (PT) seja eleita.

A afirmação é de uma reportagem publicada na edição de ontem do jornal britânico "Financial Times".

Sob o título "Lula se revela um político difícil de suceder", o texto diz que, apesar de a presidenciável petista se comprometer a continuar as políticas da administração Lula, o governo estaria enviando sinais ambíguos quanto à manutenção da atual política macroeconômica e de ações como redução gradual do déficit público.

Para o "FT", "essa ambiguidade tornaria difícil prever que rumo será dado à economia sob o governo Dilma Rousseff".

Além disso, continua o texto, Dilma não seria recebida pelo eleitorado com a mesma admiração dada a Lula. O texto exemplifica afirmando que, em um comício na semana passada, em Porto Alegre, a presidenciável petista só teria conseguido empolgar o público quando comentou o sucesso da capitalização da Petrobras: "Tivemos que vender algum pedaço da Petrobras para conseguir (o dinheiro)? Não. Demos de volta ao povo o que tinha sido vendido antes".

Para o jornal, a frase de Dilma seria um sinal de que, num governo Dilma, haveria ampliação da participação do Estado na economia.

Segundo o "FT", porém, um assessor ligado a Dilma teria dito ao jornal que ela manteria a base da política de Lula: metas de inflação, câmbio livre e redução do déficit público.

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