sábado, 13 de setembro de 2014

Dilma diz ‘respeitar bastante’ Sarney. Por quê?



Durante sabatina promovida pelo Globo, Dilma Rousseff foi questionada sobre a presença de José Sarney no condomínio partidário que dá suporte congressual ao seu governo. “Respeito bastante o ex-presidente Sarney”, ela respondeu. “Acho que ele fez boas contribuições para o país.'' E quanto a Fernando Collor? “A Justiça inocentou o Collor”, disse a presidente. “Ele não é uma pessoa absolutamente próxima do governo, tem sua posição lá em Alagoas e eu respeito.''

Pode-se dizer muita coisa de Dilma, menos que ela é uma pessoa ingênua. A presidente não ignora a reputação dos personagens que diz respeitar. Na definição de Nelson Rodrigues, a reputação de uma pessoa é a soma dos palavrões que ela inspira nas esquinas, salas e botecos. No caso de Sarney e Collor, Dilma parece atribuir-lhes qualidades que não são enxergadas nas ruas e nas mesas dos botequins.

Recordou-se a Dilma que, em passado nem tão remoto, as opiniões do ex-PT coincidiam com as impressões do resto do país. Ela não se deu por achada. “As pessoas podem fazer alianças e manter suas posições.'' Beleza. O diabo é que, nas “alianças” do petismo com o arcaico, o contribuinte brasileiro costuma entrar, involuntariamente, com o bolso.

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