sábado, 13 de junho de 2015

PT agora quer saber quem banca Instituto FHC


O PT decidiu arrastar para a arena política em que se converteu a CPI da Petrobras o Instituto FHC, criado por Fernando Henrique Cardoso depois que deixou a Presidência da República. O petismo deseja saber quais são as fontes de financiamento da entidade. A curiosidade é uma reação à convocação do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, para depor na CPI.

Levado a voto pelo presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), o pedido de convocação de Okamoto foi aprovado depois da revelação de que a Camargo Corrêa, enrolada no escândalo da Petrobras, repassou R$ 3 milhões ao Instituto Lula e R$ 1,5 milhão à empresa LILS (iniciais de Lula Inácio Lula da Silva).

Isolado na CPI, o petismo farejou na novidade uma manobra do PMDB de Eduardo Cunha com o tucanato para atingir Lula. E decidiu atirar para o alto, fazendo mira em FHC. Faz isso não pelo interesse genuíno de investigar, mas para demonstrar ao PSDB que a tentativa de envolvimento de Lula pode não ser um bom negócio.

A Fundação FHC informa em seu site que “conta com o apoio de empresas e pessoas que compartilham dos seus valores e acreditam na sua missão.” Acrescenta que “as doações são feitas para um fundo de manutenção da instituição. Cada projeto é desenvolvido com financiamentos específicos.”

Quem estiver interessado em investigação de verdade deve prestar atenção à força-tarefa da Operação Lava Jato, não à CPI. É em Curitiba, não em Brasília, que a Camargo Corrêa e Paulo Okamoto, lugar-tenente de Lula, terão de dar explicações à PF e à Procuradoria sobre suas relações monetárias.

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