
Não dá para chamar de vexames os protestos a favor do ministro Sérgio Moro e da Lava Jato ocorridos neste domingo, mas é evidente que eles ficaram muito abaixo da expectativa dos organizadores — e, à diferença do que se viu no dia 26 do mês passado, os pró-isso-daí contavam, desta feita, com força total. O Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem Pra Rua (VPR) apoiaram o ato pró-Moro. E, bem, dizer o quê? Na expressão de um interlocutor, o que se viu de mais saliente lembrava uma "colônia de férias de aposentados histéricos". Para os propósitos de qualquer conservador com um mínimo de lucidez, viram-se, isto sim, sinais preocupantes de fadiga de material. Com a devida vênia, é preciso ser muito estúpido para não perceber que o antilulismo começa a evidenciar seu lado puramente farisaico, de agenda falsa, levada à rua para disfarçar a ausência do que dizer. Não é questão de gosto, mas de fato: mais as esquerdas podem comemorar o resultado das manifestações — apesar de alguns quarteirões ocupados em São Paulo e no Rio — do que propriamente a direita.
Continuar a usar Lula como espantalho só serve para atrair corvos.
Por Reinaldo Azevedo
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