Com informações de Jaber al-Faifi, que se entregou a duas semanas, foi possível descobrir e desmantelar o ataque planejado contra sinagogas dos EUA
Um ex-membro da Al-Qaeda teria dado informações cruciais que levaram à descoberta de dois pacotes com explosivos encontrados no aeroporto de Dubai, em um avião de carga do Reino Unido, informa a rede britânica de notícias BBC. As bombas, originárias do Iêmen, tinham como destino sinagogas nos Estados Unidos. Com as dicas de Jaber al-Faifi, que se entregou às autoridades da Arábia Saudita há duas semanas dizendo-se "arrependido", a política conseguiu desmantelar a operação terrorista.
Segundo a emissora britânica, al-Faifi é um ex-prisioneiro do centro de detenção de Guantánamo que, após ser libertado, foi recrutado pela Al Qaeda no Iêmen, a sucursal da rede terrorista comandada por Osama bin Laden. A condição dele para fornecer as informações sobre as bombas teria sido voltar à Arábia Saudita e não ser indiciado.
O governo saudita, então, compartilhou as informações com os Estados Unidos, com os Emirados e a Grã-Bretanha. A partir de então, foi possível identificar os pacotes explosivos, que passaram pela segurança aeroportuária do Iêmen e chegaram a estar em dois voos de passageiros da companhia aérea Qatar Airways.
Após libertar a jovem que havia sido presa sob acusação de envolvimento com o episódio, as autoridades informaram que o principal suspeito de fabricar os pacotes é Ibrahim Hassan al-Asiri, que seria líder da Al Qaeda na península arábica e aparece em todas as listas de terroristas mais procurados da Arábia e do Iêmen, onde é provável que esteja escondido.
Segurança - O governo do Iêmen decretou nesta segunda-feira a aplicação de medidas excepcionais para as operações de revista de todas as cargas que partem do país e anunciou a prisão de mais suspeitos.
A Comissão Nacional de Segurança da Aviação Civil também decidiu criar uma unidade especial para atuar sobre a segurança dos aeroportos. As medidas têm como objetivo "enfrentar o desenvolvimento dos procedimentos das organizações terroristas", segundo a agência oficial Saha.
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