Notas de concorrentes foram alteradas depois de atribuídas, contrariando lei
Documentos mostram falhas em escolha de agência de publicidade que vai gerir conta do Ministério da Saúde
A maior licitação de publicidade deste ano do governo Lula, para escolher as agências que vão cuidar de uma verba anual de R$ 120 milhões do Ministério da Saúde, tem indícios de fraude, de acordo com documentos obtidos pela Folha.
As notas atribuídas a 11 das 31 agências que disputavam a concorrência sofreram mudanças no meio do processo que contrariam a lei, de acordo com os advogados Paulo Boselli e Paulo Gomes de Oliveira Filho.
Uma mesma agência aparece com uma nota no começo da disputa e recebe uma avaliação maior depois.
A assessoria de comunicação da Saúde diz que a divergência de notas é resultado de um erro formal que não altera o resultado da disputa.
O processo de licitação durou mais de seis meses - foi aberto em 1º de março e encerrado no último dia 19.
O Ministério da Saúde tem uma das maiores verbas de publicidade do governo.
Os R$ 120 milhões são o mesmo valor que o Bradesco paga para ser o patrocinador do "Jornal Nacional" e pouco mais de 10% do R$ 1,1 bilhão previsto para o governo gastar no primeiro ano do governo de Dilma Rousseff.
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