Os moradores do Rio de Janeiro não devem acreditar nas promessas falaciosas das autoridades diante das seguidas ações do crime organizado. Quando chegou ao Palácio Guanabara, sede do Executivo fluminense, o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) anunciou com pompa e circunstância o fim da ação dos marginais. Quatro anos se passaram e os criminosos continuam mandando na Cidade Maravilhosa.
Em 2007, dias antes da abertura dos Jogos Pan-Americanos, o messiânico Luiz Inácio da Silva garantiu que, encerrado o evento esportivo, o Rio teria o melhor e mais eficiente sistema de segurança pública do País. Mais de três anos depois, o principal cartão postal brasileiro continua enfrentando um cotidiano típico de faroeste a céu aberto.
O que o governo Lula da Silva deveria ter feito ao longo dos últimos oito anos, mas se recusou a fazer, era combater a entrada de drogas através das longas fronteiras brasileiras. E deixou de fazê-lo porque qualquer ação nesse sentido comprometeria a fonte de financiamento dos companheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, as Farc. Outra frente vulnerável em termos de combate é do contrabando de armas, muitas delas de uso restrito do Exército. O poder de fogo dos criminosos que agem no Rio chega a causar inveja a muitas corporações militares.
Durante a campanha presidencial, a agora eleita Dilma Rousseff disse que o governo federal adquiriu um avião não tripulado para o patrulhamento das fronteiras, não sem antes garantir que o equipamento estava em franca operação. Acontece que o tal avião-espião continua em solo. Traduzindo para o bom e velho idioma verde-louro, os cariocas que não se animem, pois a anunciada operação de combate ao crime tem prazo de validade.
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