
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o CNPq, inovou ao divulgar o resultado dos pesquisadores selecionados para as “Bolsas de Produtividade”, concedidas por três anos e que pagam entre R$ 1.100 a R$ 1.500 por mês.
Ao contrário de anos anteriores e do formato tradicional e conhecido, pela primeira vez a instituição não publicou os nomes dos selecionados e nem as instituições as quais pertencem. Foram divulgados apenas o número do processo, que só é conhecido por cada candidato. Uma espécie de número de inscrição.
O edital número 06 de 2019 promete destinar R$ 294 milhões para essas bolsas. O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, tem se orgulhado de que conseguiu evitar contingenciamento dos recursos para essas pesquisas.
Nos anos anteriores eram publicados o nome, a instituição, a área e o nível da bolsa.
Nas redes sociais frequentadas pela turma da ciência, essa novidade na divulgação do resultado causa rebuliço, preocupação e desconfiança.
“Os critérios usados pelo CNPq têm sido estranhíssimos até agora. Mas a diminuição da transparência pode indicar uma piora no que já era ruim”, escreveu um professor e pesquisador numa dessas redes.
Nas postagens, há até dicas de como cobrar a divulgação desses nomes, de forma eletrônica e pelo site.
“Eles são obrigados a responder a qualquer pedido razoável, salvo quando a informação for sigilosa”, diz a postagem do professor.
Abaixo, os dois modelos de divulgação dos resultados.
De 2018, com nomes e instituições dos vencedores.

De 2019, com números dos processos, sem identificação dos contemplados.

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