quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Dilma tem a pior avaliação desde o fim da ditadura militar.



Pesquisa CNI-Ibope divulgada nesta quarta-feira (30) aponta que 69% dos brasileiros avaliam o governo Dilma Rousseff (PT) como ruim ou péssimo, um ponto percentual a mais que na última pesquisa, realizada em junho.

Os números mantêm a presidente como a que tem a pior avaliação desde o fim da ditadura militar.

A pesquisa mostra também que apenas 10% consideram o governo ótimo ou bom, ante 9% na pesquisa anterior.

Para 21%, Dilma faz um governo regular, e 1% não souberam ou não quiseram opinar. A soma pode dar diferente de 100% devido a arrendondamentos.

Os que desaprovam a maneira de Dilma governar são 82%, ante 83% em junho. Já os que disseram não confiar na presidente são 77%, contra 78% na última pesquisa. Todas as variações estão dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais.

Só 20% disseram confiar em Dilma, mesmo índice de junho. A pesquisa ouviu 2.002 pessoas com mais de 16 anos em 140 municípios de todo o país entre os dias 18 e 21 de setembro.

Desejo de repouso eterno ao PT



Cardozao no MorenoPaulo Paim está saindo do PT. Marta Suplicy já saiu. Diversos prefeitos petistas do interior paulista estão saindo para terem alguma possibilidade de se reelegerem. O único prefeito petista de uma capital do nordeste, o prefeito Luciano Cartaxo, de João Pessoa, está saindo para o PSD. Quem mais?

Em julho deste ano o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo disse a aliados, quer dizer, vazou para a imprensa, que desejava sair do governo. Foi convencido a permanecer, mas agora o assunto volta a ser notícia, com o Jorge Bastos Moreno informando em seu twetter que uma das suas intenções é, além do ministério, também deixar o PT e ir para o partido da Marina Silva.

Como disse outro dia no facebook a um petralha provocador, que guarde fotos e vídeos para ter como recordação do partido. Desejo, com toda sinceridade, que o PT descanse em repouso eterno.

Petrobras reajusta gasolina em 6% e diesel em 4% nas refinarias


Reajuste na bomba ainda não foi calculado (Foto: Carlos Ivan / Agência O Globo)


Com dificuldades de caixa e um nível elevado de endividamento, a Petrobras reajusta a partir desta quarta-feira o preço da gasolina na refinaria em 6%. O preço do diesel subirá 4%. A alta na refinaria deve ser repassada ao consumidor, com impactos na inflação deste e do próximo ano.

Com a disparada do dólar, os preços dos dois combustíveis no Brasil passaram a ficar mais baixos do que no mercado externo, mesmo num cenário de queda no preço do petróleo no mercado internacional. Segundo fontes, o reajuste era considerado essencial para a companhia no momento.

“Os preços da gasolina e do diesel, sobre os quais incide o reajuste anunciado, não incluem os tributos federais Cide e PIS/Cofins e o tributo estadual ICMS”, informou o comunicado da estatal.

Brasil cai 18 posições em ranking de competitividade e fica em 75º lugar


Crise política e incerteza fiscal contribuíram para piora da avaliação pelo Fórum Econômico Mundial

Ranking de competitividade (Foto: Editoria de arte / O Globo)


O Globo

O aumento dos gastos do governo, a incapacidade de fazer o ajuste fiscal, a crise política e a corrupção investigada pela operação Lava Jato contribuíram para que o Brasil perdesse 18 posições no ranking global de competitividade, de acordo com o Relatório Global de Competitividade do Fórum Econômico Mundial, e atingisse sua pior posição na série histórica.

Na edição 2015/2016 do levantamento, o país aparece na 75ª posição entre 140 nações, frente ao 57º lugar ocupado no levantamento anterior. Em 2012, o Brasil chegou a ocupar a 48ª posição no ranking, seu melhor desempenho considerando a atual metodologia do ranking.

— O país foi o que mais perdeu posições no ranking porque sofre com a deterioração de fatores básicos para a competitividade, como falta de confiança nas instituições, situação das contas públicas, incapacidade de inovar e problemas com o sistema de educação - diz Carlos Arruda, coordenador do Núcleo de Inovação da Fundação Dom Cabral que coordena a pesquisa no Brasil.

Desemprego de maio a julho fica em 8,6%, maior taxa desde 2012


Número de desocupados cresceu 26% em um ano, segundo Pnad Contínua, do IBGE

Mulher observa ofertas de emprego no Centro de São Paulo (Foto: Patricia Monteiro / Bloomberg News)

O Globo

A taxa de desemprego no país ficou em 8,6% no trimestre encerrado em julho, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, que apresenta dados referentes a todos os estados brasileiros. É a maior taxa da série histórica iniciada em 2012 e a sétima alta seguida. No mesmo período do ano anterior a taxa ficou em 6,9%, enquanto no trimestre encerrado em abril de 2015, que serve de base de comparação, ficou em 8%.

Como houve aumento expressivo da desocupação, não tinha como a taxa de desemprego não atingir esse percentual elevado — explicou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Renda do IBGE.

O rendimento médio recebido em todos os trabalhos (R$ 1.881) ficou estável frente ao período de fevereiro a abril (R$ 1.897). Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado (R$ 1.844), houve alta foi de 2%.

Lula era caixeiro-viajante da Odebrecht


Lula fez lobby para Odebrecht, diz ministro em e-mail

O Estadão traz uma reportagem que confirma de maneira incontestável que Lula, na Presidência da República, já se comportava como caixeiro-viajante da Odebrecht, para usar a expressão de Hélio Bicudo. O assunto é uma troca de emails em poder da Polícia Federal, dos quais uma parte já havia sido publicada pelo jornal O Globo.

Num email de fevereiro 2009, enviado a Marcelo Odebrecht, um executivo da empresa comenta o convite de Lula para participar de um almoço em homenagem ao presidente da Namíbia, Hifikepunye Pohamba:

“Marcelo, o Presidente Lula está lhe fazendo um convite para participar de um almoço, com o Presidente da Namíbia, no dia 11/02 (quarta-feira), às 13h00, no Itamaraty, salão Brasília (…) Entendo que pode ser uma boa oportunidade em função de nossa hidrelétrica. Seria importante eu enviar uma nota memória antes via Alexandrino (Alencar) com eventualmente algum pedido que Lula deve fazer por nós.”

E continua o Estadão:

Eram 9h56 do dia 11 de fevereiro de 2009, quando o executivo da Odebrecht Marcos Wilson escreveu para o ministro (Miguel Jorge, então no comando da pasta do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) “Miguel, se você estiver com o presidente Lula e o da Namíbia é importante que esteja informado sobre esta negociação e, se houver oportunidade manifestar sua confiança na capacidade desta multinacional brasileira chamada Odebrecht.”

O projeto em questão, descrito no e-mail, é o de uma hidrelétrica, a Binacional Baynes, que envolvia um consórcio brasileiro formado pela Odebrecht com a Engevix – duas empreiteiras acusadas de corrupção na Lava Jato – e as estatais Eletrobras e Furnas, junto com a Namíbia e Angola. Investimento de US$ 800 milhões.

Às 17h21, o então ministro respondeu ao executivo. “Estive e o PR fez o lobby. Aliás o PR da Namíbia é quem começou – disse que será licitação, mas que torce muito para que os brasileiros ganhem, o que é meio caminho andado.”

Para os investigadores, a sigla “PR” é uma referência ao presidente da República, usada em várias outras trocas de e-mails. A mensagem eletrônica foi depois copiada a Marcelo Odebrecht.

Resumindo, o então ministro Miguel Jorge escreveu à Odebrecht que Lula, o presidente Lula, empenhou-se em fazer lobby para a Odebrecht, obedecendo como um empregadinho às ordens de Nhonhô Marcelinho.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Alckmin é o aliado oculto de Dilma


Google imagem

Geraldo Alckmin, segundo Mônica Bergamo, é o verdadeiro "aliado oculto do governo para barrar o impeachment".

Ele tenta impedir a posse de Michel Temer, pois "além de comandar o país, o peemedebista ameaçaria a liderança do governador em São Paulo, fazendo o PMDB abocanhar mais espaços em território que o PSDB considera sagrado".

Fundação ligada ao PT lança documento com críticas à política econômica de Dilma


Fundação Perseu Abramo (Foto: Nilton Fukuda / Estadão)
Fundação Perseu Abramo (Foto: Nilton Fukuda / Estadão)

Com a presença de lideranças petistas, movimentos sociais, economistas e cientistas políticos, a Fundação Perseu Abramo, centro de estudos criado e mantido pelo PT, lançou na tarde desta segunda, 28, documento em que tece duras críticas e prega mudanças na política econômica do governo Dilma Rousseff. Intitulado "Por um Brasil Justo e Democrático", a publicação é dividida em dois volumes, nos quais há críticas ao ajuste fiscal e propostas de mudanças "imediatas", como a redução de juros, estabelecimento de bandas na meta fiscal, mudanças no cálculo da inflação e regulação do mercado cambial.

Na apresentação do documento, os idealizadores afirmam que a elaboração se deu a partir de debates realizados em seis reuniões que contaram com a participação de mais de 100 especialistas de diversas áreas, como economistas, cientistas políticos, urbanistas, educadores e sanitaristas.

Esses analistas produziram artigos sobre diferentes temas, os quais "serviram de base" para a consolidação da publicação. A fundação pondera que, por ter o caráter colaborativo, os resultados são "preliminares e incompletos". "Trata-se, portanto, de um documento em construção", afirma.

Leia mais em O Estadão

O crime perfeito - O PT se opõem a ele mesmo, mas, quer ficar no poder


Crime perfeito (Foto: Arquivo Google)

* Lobista do PMDB diz que abriu conta na Suíça para pagar propina a Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados. É esse Eduardo que salvará o país de Dilma?

* Se nem o PT, conforme documento lançado, ontem, acredita no sucesso do ajuste fiscal proposto pelo governo do qual faz parte, por que os demais partidos deveriam acreditar?

* Em resumo: o PT quer continuar no governo se opondo a ele. Assim quem não quer?

* No dia em que Dilma, na abertura da Assembleia Geral da ONU, defendeu a política econômica do seu governo, o PT a criticou duramente. Foi combinado?

* O que o PT quer de fato: opôr-se ao ajuste fiscal do governo. Para quê? Para ficar bem com o povo, vítima do ajuste, e continuar no governo. É o crime perfeito!

Dilma acaba com o Aqui Tem Farmácia Popular para 2016



(Estadão) O aperto nas contas vai atingir em cheio um dos programas prediletos da classe média na área de saúde, o Aqui Tem Farmácia Popular. A proposta orçamentária para 2016 encaminhada para o Congresso prevê repasse zero para a ação, que neste ano receberá R$ 578 milhões. Criado em 2006, o programa permite a compra em farmácias credenciadas pelo governo de medicamentos para rinite, colesterol, mal de Parkinson, glaucoma, osteoporose, anticoncepcionais e fraldas geriátricas. Os descontos chegam a 90%. Com a redução a zero os recursos, na prática essa política deixa de existir.

Pela proposta encaminhada pelo governo ao Congresso, ficam mantidos o braço do programa chamado de Saúde Não Tem Preço (em que o paciente não precisa pagar na farmácia remédios para diabetes, hipertensão e asma) e as unidades próprias do Farmácia Popular. O problema, no entanto, é que o número de unidades próprias dessas farmácias, que já é pequeno, deve minguar mais em 2016. A previsão é de que não ultrapasse 460 postos de venda, em todo o País.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Prefeita 'ostentação' se entrega à PF após 39 dias foragida


A prefeita de Bom Jardim, Lidiane Rocha

A prefeita afastada de Bom Jardim (MA), Lidiane Rocha (PP), se apresentou nesta segunda-feira à Polícia Federal em São Luís, capital do Maranhão. Investigada por desvio de verbas federais repassadas à prefeitura, ela estava foragida há 39 dias.

Na última sexta-feira, o juiz federal José Magno Linhares Moraes, da 2ª Vara Federal, determinou que ela deveria se apresentar em 72 horas para depor. Ela ficará detida no Quartel do Corpo de Bombeiros depois de ser ouvida pelos investigadores.

Ela nega ter desviado dinheiro público dos programas nacionais de Fortalecimento da Agricultura Familiar, Alimentação Escolar e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Sem ter declarado nenhum bem à Justiça Eleitoral em 2012, Lidiane Rocha, como é conhecida, passou a publicar nas redes sociais fotos que mostram hábitos luxuosos depois de assumir a prefeitura.

MP abre ofensiva milionária contra areeiros por danos ambientais no Paraíba do Sul


Estrutura de mineração da J.J. Extração e Comércio de Areia. Foto: Alan Collet
Estrutura de mineração da J.J. Extração e Comércio de Areia. Foto: Alan Collet

Marcelo Pedroso em (O Vale)

Tolerância zero contra empresas que insistem em driblar a fiscalização e promover danos ambientais no Paraíba do Sul com extração irregular de areia, lançamento de lixo e resíduos da construção em cavas. 

Este é o foco de três ações milionárias contra empresas de extração de areia em tramitação na Justiça Federal e Estadual na RMVale.

As ações somam R$ 302 milhões e foram encaminhadas nos meses de abril e agosto deste ano, por meio de uma parceria entre o Ministério Público de São Paulo e o Ministério Público Federal.

Além das indenizações milionárias, a ofensiva dos promotores cobra o cancelamento da atividade minerária, apreensão de máquinas e equipamentos, bloqueio de bens e o fechamento das empresas.

Impacto. Em uma das ações, um funcionário da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e a empresa também estão arrolados como réus por conta do subdimensionamento de uma área degradada em mais de 10 vezes. 

De acordo com a denúncia apresentada contra a empresa J.J. Extração e Comércio de Areia, um laudo pericial realizado pela Polícia Federal identificou prejuízo de R$ 33,7 milhões por conta da extração sem a licença do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) no trecho do Paraíba em Caçapava.

Outra ação, contra a mineradora São Francisco, tem como principais acusações o lançamento de lixo orgânico e resíduos da construção para camuflar a extração irregular de areia em Taubaté. A produção de chorume acabou por contaminar o lençol freático.

Já em Tremembé, a Extratora Aquareia é acusada de seguidos desrespeitos à legislação e descumprimento de TACs (Termo de Ajuste de Conduta). Imagens mostram escavação mecânica realizada pela empresa em Área de Preservação Permanente, avançando no próprio leito do rio Paraíba.

Outro lado. O VALE tentou contato com os representantes das empresas por meio dos telefones disponibilizados na internet, mas não conseguiu encontrar ninguém. Os advogados que representam os réus também não foram localizados para comentar o assunto.

A Cetesb informou, por meio de sua assessoria, que está tomando as medidas jurídicas cabíveis no caso em que é acusada.

O vice-presidente do Sindareia (Sindicato dos Mineradores do Estado de São Paulo) Carlos Eduardo Pedrosa Auricchio, afirmou que as ações servirão para moralizar o setor. “Estamos perto do governo, pedindo fiscalização para moralizar o setor. É um movimento pela profissionalização. Fica quem está regular. É lamentável. Ninguém quer passar por isso”, afirmou. 

TJ afasta juiz de causas envolvendo empresa de areia 

A Câmara Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo, determinou no último dia 14 o afastamento do juiz José Aparecido Rabelo, da 1a Vara da Comarca de Caçapava, da condução de um processo evolvendo a Empresa Terraplanagem e Comércio de Areia Ltda.

A decisão ocorreu após o ingresso de uma exceção de suspeição por parte do Ministério Público. Para o MP, houve parcialidade do juiz na condução de uma ação criminal para apuração de crimes ambientais pela empresa.

Isto teria ocorrido em função de uma doação de R$ 51.251 efetuada por Adilson Fernando Fransciscate, um dos réus na ação, para reformas no Fórum de Caçapava em 2013. “Saliento que nenhum centavo se reverteu em meu próprio benefício, tudo sendo destinado a melhorar as condições do prédio do Fórum local não só para conforto e comodidade deste magistrado mas principalmente para se tentar melhorar as condições de trabalho”, despachou o juiz em dezembro do ano passado.

Medidas. Existem outras seis exceções de suspeição contra o juiz. Todas elas envolvem o julgamento de ações que têm como réus Franciscate, suas empresas ou parentes. 

Por meio de nota, o magistrado informou que “a decisão do Tribunal determinando que outro juiz assuma a presidência dos processos se reveste de bom senso e merece integral respeito”.

MST invade fazenda de Pedro Corrêa. Família diz que PT está por trás da invasão


O ex-deputado Pedro Corrêa na CPI da Petrobras

Dezenas de famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiram nesta manhã deste domingo a Fazenda Boa Esperança, de propriedade da família do ex-deputado Pedro Corrêa, no município de Brejo da Madre de Deus (PE), a 200 quilômetros da capital Recife. Familiares do ex-deputado afirmam que a ação é uma retaliação às revelações que Corrêa, preso na Operação Lava Jato, vem fazendo dentro do processo de delação premiada que ele negocia com a Justiça.

"Estou preocupado com a minha segurança e a de meus irmãos. Para se manter no poder, essa gente é capaz de fazer qualquer coisa. Se invadiram a nossa fazenda, o que mais podem fazer? Essa gente do PT é capaz de tudo", disse a VEJA Fabio Corrêa Neto, filho do ex-deputado.

Reportagem de VEJA desta semana apresenta detalhes das revelações que Corrêa vem fazendo aos procuradores da Lava Jato em Curitiba. O ex-deputado afirma que o petrolão foi criado dentro do Palácio do Planalto, com o conhecimento e aval do ex-presidente Lula e mantido pela presidente Dilma Rousseff.

Fabio considera a ação um ato de intimidação por parte do PT, que estaria usando o MST para tentar constranger Pedro Corrêa. "Essa fazenda pertence à nossa família desde 1954. Então, um dia depois de VEJA divulgar o que o meu pai está dizendo no processo, o MST invade? Não acredito em coincidência. É uma ação de Lula. Lula manda. Ele acha que dessa forma vai calar o Pedro Corrêa", diz.

A família do ex-deputado vai requerer na Justiça a reintegração de posse da fazenda, que é usada para criação de gado, cavalos, ovelha e outros animais de corte.

Droga anticâncer à espera de verba


O pesquisador Guilherme Santos mostra sua pesquisa.  (Foto: Sérgio Amaral)

Os cortes orçamentários na educação agravam um problema já agudo vivido por pesquisadores brasileiros: a dificuldade de financiamento para trabalhos científicos. À frente de uma pesquisa que poderá trazer enormes avanços para o tratamento do câncer, Guilherme Santos conhece bem essa realidade. Pesquisador do Laboratório de Farmacologia Molecular da Universidade de Brasília (UNB), ele aguarda há dois anos 190.000 reais entre verbas federal (17.000) e distrital (173.000) para poder dar continuidade a seu projeto, que já foi destaque até em revistas científicas internacionais.

Com a crise, ele teme agora que a verba não chegue mais. “Esse dinheiro é muito pouco para o impacto da pesquisa que a gente está fazendo. O apoio do Governo é essencial”, lamenta.

Santos chegou à UNB em 2011 depois de uma temporada de nove anos no laboratório de biologia molecular da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, por onde já passaram 13 prêmios Nobel, incluindo seu colega de programa Venkatraman Ramakrishnan, que descobriu ao lado de outros pesquisadores como a célula fabrica proteínas. Lá, quando precisava de um reagente para sua pesquisa, por exemplo, encontrava o produto já no dia seguinte no topo de sua bancada, algo que aqui demora três meses para acontecer. "É um ambiente totalmente diferente", aponta.

domingo, 27 de setembro de 2015

As demarcações da FUNAI e as invasões de terras por índios


João Bosco Leal*

O antigo Serviço de Proteção aos Índios virou a atual FUNAI. Portanto, a FUNAI existe para proteger os índios e, assim, está para os índios como a CNA está para o produtor rural. Assim, como outorgar à CNA a competência para demarcar terras indígenas, tendo em vista sua parcialidade? Do mesmo modo, como entregar à FUNAI, também por sua parcialidade, a função exclusiva de demarcar terras indígenas?

Então, como fazer o produtor rural, que possui os títulos de suas terras - alguns há mais de um século -, outorgados pelos órgãos constitucionalmente competentes, aceitar que agora sua terra não mais lhe pertence porque a FUNAI a demarcou como sendo terra indígena?

Ora, quando de seu descobrimento, TODO o Brasil era dos índios. À medida que os governos legalmente constituídos foram tendo interesse em colonizar determinadas regiões do país, as terras chamadas "devolutas", ou seja, "do Estado", eram tituladas provisoriamente àqueles que para aquela região se dispunham a se mudar e lá desbravar essa terra. Após 10 anos, se ele realmente estivesse ainda morando na propriedade e tivesse dado a ela o destino determinado pelo governo, só aí receberia o título definitivo da mesma.

Em décadas mais recentes, ainda durante os governos militares, isso ocorreu na colonização dos estados do Acre, Rondônia e Roraima, onde, além de colonizar as regiões, o governo tinha interesse em povoar as fronteiras brasileiras com outros países. Em épocas anteriores, o mesmo processo ocorreu em Mato Grosso, no hoje Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Pará e em todos os estados não banhados pelo mar, pois os primeiros colonizadores, até pela maior dificuldade de transportar sua produção - seja para o mercado interno ou para a exportação -, nos primeiros tempos só haviam se infiltrado pelo interior dos estados com acesso ao mar, onde se situavam, e se situam ainda, os maiores centros consumidores de sua produção.

Entretanto, depois de toda a dificuldade enfrentada por esses colonizadores - os verdadeiros desbravadores do Brasil -, agora vem uma entidade como a FUNAI, que em hipótese alguma poderia ter - e não tem essa prerrogativa -, dizer que as terras onde já estão trabalhando as terceiras ou mesmo quartas gerações dessas famílias, dizer que devem abandonar tudo o que eles e seus antepassados lá construíram com suor e sangue, porque aquela área pertence aos índios. Além disso, essas invasões são incentivadas e patrocinadas pelo CIMI - Conselho Indigenista Missionário, um braço da Igreja Católica dirigida pelos padres Salesianos, como declara o próprio coordenador do CIMI em MS,Flávio Vicente Machado no vídeo encontrado em https://www.youtube.com/watch?v=Oq5ifE7Y_YY&feature=youtu.be ou em outros vídeos que mostram a mesma situação de incentivo promovido pela FUNAI por todo o Brasil, como:


E os títulos, documentos emitidos pelo governo e registrados pelos cartórios durante todas essas décadas e as diversas transações comerciais existentes nesse período sobre algumas dessas propriedades que mudaram de proprietários por diversas vezes e que todos os que vieram por elas pagaram? E os impostos municipais, estaduais e federais cobrados desse produtor durante todo esse período, reconhecendo, para essa cobrança, como sua a propriedade?

Na Constituição Federal de 1988, ficou estabelecido que as terras indígenas de todo o país deveriam ser demarcadas em um prazo máximo de cinco anos e, a partir daí, não ocorreriam mais demarcações. Portanto, desde 1993, todas as demarcações seriam ilegais, mas pessoas com interesses escusos continuam incentivando invasões e novas demarcações.

A mesma Constituição Brasileira garante a segurança jurídica, o prestígio ao ato jurídico perfeito, a imparcialidade, o contraditório, a ampla defesa e o devido processo legal aos seus cidadãos, mas como o nosso Judiciário é extremamente moroso, alega-se que por isso INVADE-SE, para acelerar o processo, mas o Judiciário é moroso para todos ou somente para os índios? Isso é o mesmo que dizer que o índio pode executar, com as próprias mãos, uma sentença que não transitou em julgado e que muitas vezes ainda nem sequer foi proferida.

O que faria o cidadão urbano se, depois de décadas morando na casa que construiu, aparecesse a FUNAI determinando que de lá se mudasse - e sem direito a receber sequer pelo terreno -, porque ele havia construído sua casa sobre uma área que pertence aos índios? E seus documentos? E o direito ao devido processo legal? Para a FUNAI nada disso importa. O que para ela importa é um laudo, antropológico, dizendo que essa terra um dia pertenceu aos índios. Se assim for, devemos regressar todos a Portugal e aqui abandonar tudo o que nós e nossos ancestrais construímos.

Ou o CIMI e a FUNAI deixam de incitar e patrocinar a invasão de terras por índios ou ainda presenciaremos muitas mortes de brasileiros, indígenas ou não.

*Jornalista e empresário.

PARECER DE JANOT SOBRE LULA DEIXA O GOVERNO EM ALERTA



A possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestar depoimento à Polícia Federal como testemunha do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato deixou o governo em alerta. O temor é que uma eventual convocação do petista, mesmo sem ser investigado, amplie a crise do governo Dilma Rousseff.

No Planalto, a avaliação é de que qualquer ação que associe a imagem do ex-presidente ao escândalo é algo que abre um precedente "muito ruim". O PT tenta desqualificar e minimizar o fato. Anteontem, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou parecer ao Supremo Tribunal Federal no qual recomenda ao relator, ministro Teori Zavascki, que aceite o pedido da PF para ouvir Lula, como testemunha. "O ex-presidente vai testemunhar sobre o quê? Há uma clara conotação política nessa iniciativa", afirmou o líder do PT do Senado, Humberto Costa (PE).

Para o senador, não há nenhum fato que envolva o ex-presidente no escândalo da Petrobras. Ele qualifica como uma "coisa isolada" a iniciativa do delegado da PF Josélio Sousa, que além da autorização para ouvir Lula, pede também os testemunhos dos ex-ministros Gilberto Carvalho e Ideli Salvatti.

Para o deputado tucano Antonio Imbassahy (BA), 1.º vice-presidente da CPI da Petrobras, a decisão de Janot é acertada. "Lula é um cidadão comum que tem de observar a legislação como todos. Todo o esquema do ?petrolão? foi iniciado no governo dele, por isso tem obrigação de prestar os esclarecimentos. Como presidente, ele tinha responsabilidade sobre as ações de seus subordinados."

Segundo a edição da revista Veja desta semana, o ex-deputado Pedro Corrêa, preso desde abril por envolvimento no esquema de desvios na Petrobras, estaria negociando com o Ministério Público um acordo de delação premiada. A publicação afirma ainda que Corrêa teria dito aos procuradores da Lava Jato que Lula e a presidente Dilma Rousseff sabiam da existência do esquema de corrupção que funcionava na estatal.

Também de acordo com a revista, Corrêa contou, em conversas preliminares, que o "petrolão" nasceu em uma reunião no Planalto, da qual participou. No encontro, cuja data não foi informada pela publicação, definiu-se a nomeação de Paulo Roberto Costa para a Diretoria de Abastecimento da estatal.

sábado, 26 de setembro de 2015

Socialismo de porta de cadeia


Guilherme Fiuza
O dólar e os termômetros andam apostando corrida para ver quem derrete o Brasil primeiro. Os dois vão perder, porque vilão aqui não tem vez. O país já está sendo desmilinguido pelos heróis do povo. Veja a cena: João Vaccari, o tesoureiro da revolução, é condenado a 15 anos de prisão na Operação Lava-Jato; ao mesmo tempo e no mesmo planeta, o PT vira líder da proibição de doações eleitorais por empresas — exatamente onde Vaccari fez a festa para abarrotar os cofres do partido. Enquanto você olhava para esta cena de moralização explícita, os companheiros no STF enfiavam a faca na Operação Lava-Jato — em mais uma ação heroica para salvar o Brasil da gangue de Sergio Moro.

O Supremo Tribunal companheiro só vai conseguir cozinhar a Lava-Jato se você continuar olhando para a cena errada. Caso contrário, a operação prosseguirá mais abrangente e infernal que um arrastão no Arpoador. Podem fatiar à vontade, podem mandar processo até para o quintal do Sarney, que a maior investigação da história da República haverá de varrer inexoravelmente tudo, como água morro abaixo e fogo morro acima. Mas se você zapear para o Discovery Channel, onde a reforma política do PT está salvando a democracia das garras do capitalismo selvagem, a Lava-Jato poderá virar um retrato na parede de um triplex no Guarujá.

Quem achava que tinha chegado ao fim a capacidade do brasileiro de ser ludibriado pela demagogia coitada, errou feio. Eis que surge o Partido dos Trabalhadores, todo melecado de pixulecos de variados calibres, no centro de uma orgia bilionária onde inventou a propina oficial com doações eleitorais de empresas, propondo o fim das... doações eleitorais de empresas. Você teve que ouvir: o PT quer purificar o processo eleitoral brasileiro, protegendo-o da influência do poder econômico. É o socialismo de porta de cadeia.

O Brasil cai em todas, e não deixaria de cair em mais essa. O companheiro monta em cima, rouba, estupra, enfia a mão na bolsa da vítima tentando arrancar mais uma CPMF, e ao ser pego em flagrante, grita: vamos discutir a relação! A vítima se senta, acende um cigarro, faz um ar inteligente e começa a debater o celibato das empresas no bordel eleitoral. Contando, ninguém acredita.

Boa parte das democracias no mundo permite a doação eleitoral de empresas. E também há várias que não permitem. Evidentemente, o problema não é esse. Os tesoureiros do PT ordenharam todo tipo de empresa no caixa dois do mensalão, no caixa um do petrolão, e saberão atualizar seu manual de extorsão de acordo com qualquer nova legislação vigente. Bandido é bandido — e não é para eles que se legisla. 
O problema é que o Brasil tem bandidos do bem, progressistas e humanitários. E quando eles gritam contra o poder econômico — mesmo já sendo podres de ricos — os brasileiros se comovem.

Com a missão cumprida, tendo colado o selo oficial de caloteiro na testa do Brasil após 12 anos de pilhagem, o governo popular voltou-se para seu hobby predileto — a “construção de narrativas”, como definiu o filósofo Gilberto Carvalho. Como a narrativa em curso é a de um governo prestes a ser posto na rua, fez-se necessário recorrer aos efeitos especiais. Os companheiros devem ter se perguntado se ainda havia algum otário capaz de embarcar nas suas fantasias de esquerda, e a resposta provavelmente foi: sempre há! Resposta certeira. Com um trabalho impecável da co-irmã OAB (apelidada injustamente de Ordem dos Aloprados do Brasil) e do companheiro Luis Roberto Barroso (o que decidiu que a quadrilha não era quadrilha) o disco voador da moralização eleitoral petista pousou no Supremo.

Como todo disco voador que se preze, ele trazia uma mensagem dos ETs — tornando sumariamente inconstitucionais as doações eleitorais de empresas. Perfeitamente sintonizado com o mundo da Lua (e da estrela), o STF do companheiro Lewandowski assinou embaixo. Spielberg talvez achasse um pouco forte, mas dane-se o Spielberg. Ele entende de ET, não de PT — ou seja: em termos de truques, é uma criança.

E foi assim que o Brasil inteiro se viu de repente coçando a cabeça, como num arrastão de piolhos, tentando entender o que vale e o que não vale nos mandatos vigentes e vindouros. Dá até para imaginar os heróis da luta contra o capitalismo fumando seus charutos diante da TV e fazendo o célebre top-top de Marco Aurélio Garcia: delícia de lambança. Do alto de sua narrativa surrealista, Dilma Rousseff, a presidenta mulher, confirma a manobra do STF e salva a democracia nacional do capitalismo selvagem.

Aí só fica faltando narrar um capítulo da história: os capitalistas selvagens foram assaltados pelos oprimidos e o produto do roubo elegeu Dilma Rousseff, conforme indica a Operação Lava-Jato. A não ser que queira se refundar como cleptocracia, o Brasil terá que mandar os oprimidos selvagens procurar seu final feliz na suíte do companheiro Vaccari.

Ex-deputado revela que o petrolão nasceu com aval de Lula e foi mantido por Dilma


O ex-deputado Pedro Corrêa na CPI da Petrobras
Parcerias - O ex-deputado Pedro Corrêa pode ser o primeiro político envolvido
na Lava-Jato a fechar um acordo de delação premiada com a Justiça

Expoente de uma família rica e tradicional do Nordeste, o médico Pedro Corrêa se destacou, durante quase quatro décadas, como um dos parlamentares mais influentes em negociações de bastidores. Como presidente do PP, garantiu a adesão do partido ao governo Lula e - como reza a cartilha do fisiologismo - recebeu em troca o direito de nomear apadrinhados para cargos estratégicos da máquina pública. Essa relação de cumplicidade entre o ex-deputado e o ex-presidente é notória. Ela rendeu a Corrêa uma condenação à prisão no processo do mensalão, o primeiro esquema de compra de apoio parlamentar engendrado pela gestão petista. Mesmo após a temporada na cadeia, Corrêa se manteve firme no propósito de não revelar o que viu e ouviu quando tinha acesso privilegiado ao gabinete mais poderoso do Palácio do Planalto. Discreto, ele fez questão de ser leal a quem lhe garantiu acesso a toda sorte de benesse. Havia um acordo tácito entre o ex-deputado e o ex-presidente. Um acordo que está prestes a ruir, graças à descoberta do petrolão e ao avanço das investigações sobre o maior esquema de corrupção da história do Brasil.

Como outros mensaleiros, Corrêa foi preso pela Operação Lava-Jato. Encarcerado desde abril, ele negocia há dois meses com o Ministério Público um acordo de colaboração que, se confirmado, fará dele o primeiro político a aderir à delação premiada. Com a autoridade de quem presidiu um dos maiores partidos da base governista, Corrêa já disse aos procuradores da Lava-Jato que Lula e a presidente Dilma Rousseff não apenas sabiam da existência do petrolão como agiram pessoalmente para mantê-lo em funcionamento. O topo da cadeia de comando, portanto, estaria um degrau acima da Casa Civil, considerada até agora, nas declarações dos procuradores, o cume da organização criminosa. Nas conversas preliminares, Corrêa contou, por exemplo, que o petrolão nasceu numa reunião realizada no Planalto, com a participação dele, de Lula, de integrantes da cúpula do PP e dos petistas José Dirceu e José Eduardo Dutra - que à época eram, respectivamente, ministro da Casa Civil e presidente da Petrobras. Em pauta, a nomeação de um certo Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento da Petrobras.

Pedro Corrêa, José Janene e o deputado Pedro Henry, então líder do PP, defendiam a nomeação. Dutra, pressionado pelo PT, que também queria o cargo, resistia, sob a alegação de que não era tradição na Petrobras substituir um diretor com tão pouco tempo de casa. Lula, segundo Corrêa, interveio em nome do indicado, mais tarde tratado pelo petista como o amigo "Paulinho". "Dutra, tradição por tradição, nem você poderia ser presidente da Petrobras, nem eu deveria ser presidente da República. É para nomear o Paulo Roberto. Tá decidido", disse o presidente, de acordo com o relato do ex-deputado. Em seguida, Lula ameaçou demitir toda a diretoria da Petrobras, Dutra inclusive, caso a ordem não fosse cumprida. Ao narrar esse episódio, Corrêa ressaltou que o ex-presidente tinha plena consciência de que o objetivo dos aliados era instalar operadores na estatal para arrecadar dinheiro e fazer caixa de campanha. Ou seja: peça-chave nessa engrenagem, Paulinho não era uma invenção da cúpula do PP, mas uma criação coletiva tirada do papel graças ao empenho do presidente da República. A criação coletiva, que desfalcou pelo menos 19 bilhões de reais dos cofres da Petrobras, continuou a brilhar no mandato de Dilma Rousseff - e com a anuência dela, de acordo com o ex-presidente do PP.

Veja.com

Juízes, sejam todos Moros.



É impossível que os juízes brasileiros vendo a unanimidade em que Sérgio Moro se transformou não sigam o seu exemplo. Contra o fatiamento da Lava Jato, vamos multiplicar os Moros. Que os juízes adotem a mesma linha, o mesmo comportamento, a mesma agilidade, a mesma dignidade. Chegou a hora da primeira instância dar uma lição nos togados dos tribunais superiores. No aparelhamento do Judiciário. Nos ex-petistas transformados em juízes do STF. Chegou a hora de fazer a Justiça funcionar de baixo para cima. De pressionar. De incendiar a opinião pública. Senhores juízes, adotem a campanha que está em toda a rede social: sejam todos Moro!

FUNDAÇÃO DE BILL GATES PROCESSA PETROBRAS EM NOVA YORK


"A PROFUNDIDADE E A AMPLITUDE DA FRAUDE NA PETROBRAS É ESPANTOSA",
AFIRMA A AÇÃO ENTREGUE NA CORTE DE MANHATTAN

A Fundação Bill & Melinda Gates, a maior instituição filantrópica do mundo, entrou com processo contra a Petrobrás em Nova York para recuperar perdas com investimentos feitos desde 2009 em papéis da empresa brasileira. "A profundidade e a amplitude da fraude na Petrobrás é espantosa", afirma a ação entregue na Corte de Manhattan.

O processo da Fundação de Bill & Melinda Gates tem como objetivo recuperar prejuízos em investimentos feitos na Petrobrás entre 2009 e setembro de 2015. "Pela admissão da própria Petrobrás, o esquema de propina afetou mais de US$ 80 bilhões de seus contratos, cerca de um terço de seus ativos totais", afirma o processo. A Fundação Bill & Melinda Gates foi criada pelo fundador e ex-presidente da Microsoft, Bill Gates, e sua esposa, Melinda Gates, em 2000 e não tem fins lucrativos. Com sede na cidade de Seattle, nos Estados Unidos, e tem US$ 44 bilhões em ativos. O fundo WGI Emerging Markets Fund, com sede em Boston, também entrou na mesma ação.

Como réus no processo, além da Petrobrás, é citada a PricewaterhouseCoopers, empresa que auditou os balanços da petroleira. "Este caso surge de um esquema de suborno e lavagem de dinheiro realizado pela Petrobrás e deliberadamente ignorado pela PwC", afirma o processo, de 103 páginas. "Este é um caso de corrupção institucional, formação de quadrilha e uma fraude maciça aos investidores", destaca a ação, aberta quinta (24), mas divulgada pela Corte sexta-feira.

"A Petrobrás não apenas escondeu a fraude do público investidor, a empresa repetidamente burlou seus controles internos, suas informações financeiras e a governança corporativa em suas declarações públicas", ressalta o texto, mencionando que a verdade sobre a companhia "começou a vir a tona" em setembro do ano passado, quando ex-executivos da empresa, como Paulo Roberto Costa, começaram a delatar o esquema de corrupção.

Por meio de divulgação de informações "falsas e enganosas" e "omissões", a Petrobrás conseguiu captar quantidade expressiva de recursos nos últimos anos, incluindo US$ 70 bilhões em uma oferta de ações em 2010, de acordo com o processo. Nos últimos anos, o documento conta que os gestores de recursos da Fundação Bill e Melinda Gates e do WGI Emerging Markets participaram de diversas reuniões com executivos da Petrobrás, foram a apresentações para investidores no Brasil e nos EUA e acompanharam a empresa "de perto". Os gestores fizeram "repetidos questionamentos" sobre o ambicioso projeto de investimento da Petrobrás, mas sempre foram convencidos pelo argumento de que a infraestrutura deficiente do Brasil demandava investimentos do tipo.

O processo da Fundação de Bill Gates é a 16ª ação individual aberta contra a Petrobrás nos EUA este ano, com investidores reclamando prejuízos por conta das investigações da Operação Lava Jato. Além dessas, foram abertas mais cinco ações coletivas, que foram unificadas em um único processo pelo juiz federal da Corte de Nova York, Jed Rakoff. Fundos dos Estados Unidos, Irlanda, França, Holanda, Hong Kong, Reino Unido, entre outros países, fazem parte das diversas ações.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Reforma ministerial ou arrastão?

Sem conseguir reformar seu governo, Dilma viajou a Nova Iorque para defender a reforma da ONU. Faz sentido.

Pixuleco em Ipanema (Foto: Arquivo Google)
Pixuleco em Ipanema - Corre minha gente...

* Dilma entregou os anéis, uma pulseira e um colar para o PMDB. Afinal, isso é uma reforma ministerial ou um arrastão? (Eduardo Graeff, ex-assessor de Fernando Henrique Cardoso)

* Antes se disfarçava o loteamento da administração com a desculpa de que os partidos agraciados com cargos compartilhavam das mesmas ideias de governo. Hoje, nem isso.

* Dilma negociava cargos com o vice-presidente Michel Temer. Depois que perdeu o grau de investimento dos partidos, negocia com o segundo escalão do PMDB.

* Política virou um meio de enriquecer rapidamente. Dilma sabe muito bem disso quando oferece ministérios em troca de apoio para completar o mandato.

* Sem conseguir reformar seu governo, Dilma viajou a Nova Iorque para defender a reforma da ONU. Faz sentido.

* Fica combinado: a política é lama só, sempre foi. E o PT que prometeu mudá-la se chegasse ao poder, chegou e mergulhou na lama com gosto.

* Dilma, ministra das Minas e Energia, Chefe da Casa Civil, presidente do Conselho de Administração da Petrobras e gestora exemplar segundo Lula, desconhecia a roubalheira na empresa. É o que ela diz.

* Agora é José Sérgio Gabrielli, presidente das Petrobras no período de saque à empresa, que jura que também não sabia. Quer dizer: fora os ladrões confessos, ninguém nos governos do PT e na Petrobras sabia o que ocorria ali. Uma zorra!

* É simples: o PT quer a cabeça do Ministro da Justiça porque ele tem respeitado a autonomia da Polícia Federal.

* Parte da herança maldita do PT: a maioria dos brasileiros está insatisfeita com a democracia que temos, segundo pesquisa do Ibope.

* Em país onde o povo não se dá ao respeito, ninguém o leva a sério. Até que se dê ao respeito.

GOVERNO ARRUMA BOQUINHAS PARA IDELI SALVATTI E O MARIDO, NOS EUA


A EX-MINISTRA IDELI SALVATTI E O MARIDO JEFERSON,
QUE É MILITAR MÚSICO DO EXÉRCITO.

Após a ex-ministra da Secretaria de Relações Institucionais Ideli Salvatti ser nomeada assessora de Acesso a Direitos e Equidade da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington, o governo indicou o marido da petista para o cargo de ajudante da Subsecretaria de Serviços Administrativos e de Conferências na Junta Interamericana de Defesa, também na capital americana. As nomeações geraram desconforto na própria OEA, no Itamaraty e entre militares.

O segundo-tenente músico do Exército, Jeferson da Silva Figueiredo, casado com a petista, assume as novas funções no dia 1º de outubro. Ele vai exercer o cargo por dois anos e terá remuneração de U$ 7,4 mil, correspondente a mais de R$ 30 mil mensais. Figueiredo também recebeu ajuda de custo para sua ida para os Estados Unidos de cerca de US$ 10 mil, mais de R$ 40 mil. 

A nomeação foi feita antes de o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ter anunciado o novo corte no Orçamento e severas restrições de gastos públicos para enfrentar a crise econômica. A portaria de transferência do marido de Ideli foi assinada no dia 5 de agosto pelo ministro da Defesa, Jaques Wagner, a pedido da ex-ministra.

Ideli inicialmente procurou o Exército para pedir a designação de Figueiredo. Mas foi avisada de que essas nomeações passam por um processo de seleção, onde vários fatores são analisados e que a Força não dispunha dessa vaga. Ideli, então, recorreu a Wagner que atendeu seu pedido, e assinou a portaria avocando o parágrafo único do artigo 1º do decreto 2.790 de 1998, que dizia que "ao ministro do Estado Maior das Forças Armadas é delegada competência" para baixar atos relativos aos militares que servem naquele órgão (OEA) e que, nas Forças, a prerrogativa é dos comandantes. 

Um mês depois, esse decreto foi revogado e os comandantes perderam essa prerrogativa, sem serem avisados. Diante da repercussão negativa entre os militares, o governo foi obrigado a recuar.

Requisitos

Com a nomeação de Figueiredo, o Brasil passará a contar com 19 militares na Junta Interamericana de Defesa: 11 oficiais e oito praças. Conforme o Ministério da Defesa, trabalham na entidade 57 militares e civis de 23 dos 27 Estados-membros. A Junta tem a função de prestar à OEA "serviços de assessoramento técnico, consultivo e educativo sobre temas relacionados com assuntos militares e de Defesa".

Figueiredo, de acordo com a pasta, exercerá atribuições em funções administrativas. A "missão é do tipo transitória e de natureza militar", conforme portaria de designação. A jornada de trabalho é de 32 horas semanais. O ministério afirma que Figueiredo "preenche os requisitos necessários para ocupar o cargo".

No início do ano passado, o marido da ex-ministra já tinha sido alvo de uma polêmica. Ele foi designado para sua primeira missão internacional pelo então ministro da Defesa Celso Amorim para que fosse à Rússia, por duas semanas, integrando uma comissão de dez pessoas que foi avaliar o sistema antiaéreo Pantsir-S, que o Exército brasileiro estava interessado em comprar. Sua habilitação e formação para a função foram questionadas para a missão, mas o marido de Ideli explicou que fora escolhido porque fala russo.

Apesar de trabalhar em Washington, Ideli não deverá seguir para Nova York para se encontrar com a presidente Dilma, que chegou nesta sexta-feira, 25, aos EUA.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Lava Jato pode cair no esquecimento, diz Moro


O juiz federal Sergio Moro durante almoço debate LIDE no hotel Grand Hyatt São Paulo na região sul da cidade de São Paulo nesta quinta-feira, 24

O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, disse nesta quinta-feira que há risco de os processos da Operação Lava Jato "caírem no esquecimento". Moro participou de um almoço com empresários em São Paulo e se negou a comentar diretamente a decisão do Supremo Tribunal Federal de desmembrar as ações penais, o que reduz a atuação dele como responsável na primeira instância e enfraquece a tese central de que uma organização criminosa operou para manter um projeto político do PT no poder. Para integrantes do Ministério Público, como o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, a mudança pode significar "o fim da Lava Jato" nos moldes atuais.

"Há risco de os processos caírem no esquecimento", disse o juiz durante o evento do grupo Lide, organizado pelo empresário João Dória Jr, um dos pré-candidatos à prefeitura de São Paulo pelo PSDB.

Defensor de mudanças na legislação de processo penal, Moro afirmou que o sistema jurídico brasileiro é fraco e alertou para o risco de prescrição dos processos por corrupção. Ele também defendeu os acordos de colaboração premiada como método de investigação.

"Nenhuma medida é tomada apenas com a delação, mas sim com outras provas que a Justiça vai buscar. Sem as delações, há riscos de os processos prescreverem, uma vez que a Justiça no Brasil é porosa. Por isso, é melhor ter solução para um processo do que não ter para nenhum".

Moro considerou "aterrorizante" a corrupção sistêmica no país e a naturalidade do recebimento de propina. "No âmbito das instituições públicas, é extremamente necessária uma postura firme tanto dos diretores como dos juízes. Mas igualmente importantes são reformas no sistema de justiça criminal", disse. Moro defende, por exemplo, o projeto de lei que pode autorizar a prisão a partir de uma condenação por crimes graves em segunda instância - atualmente, a pena só começa a ser cumprida depois de o processo criminal transitar em julgado, ou seja, de todos os recursos serem esgotados.

Moro também comentou sobre a efetividade da proibição de empresas fazerem doações de dinheiro a partidos e candidatos e cobrou regras claras para as contribuições. "Existe um problema no Brasil em que doações não oficiais acabam sendo confundidas com casos de corrupção. Não acredito que a mera proibição das doações privadas resolva esse problema".

Reforma ministerial de Dilma só leva em conta o risco de impeachment. Nada mais!



O que está pautando a reforma ministerial da presidente Dilma não é a prometida redução de custos da máquina administrativa, mas a possibilidade do impeachment. Sim, claro, alguém poderia dizer: “Ora, a oposição pare com isso e pronto!” É um jeito de ver as coisas.

A última, agora, é entregar a pasta das Comunicações, que hoje está com o petista Ricardo Berzoini, para o PDT. O indicado seria o deputado André Figueiredo (CE), que é líder do partido na Câmara. A legenda, que tem votado às vezes em bloco contra o governo, tem hoje o Ministério do Trabalho, que seria fundido com o da Previdência.

A área é uma das que mais têm de estar antenadas com as modernas tecnologias e com o avanço da sociedade da informação. O PDT, no entanto, é uma das agremiações mais obtusas do Parlamento. Ah, sim: nesse caso, Berzoini iria para a Secretaria Geral da Presidência. Para Dilma, qualquer um que não seja Miguel Rossetto já significará um ganho.

Da mesma forma, as mexidas que dirão respeito ao PMDB buscam exclusivamente tirar o partido da agenda do impeachment. Por isso, Dilma decidiu delegar às bancadas na Câmara e no Senado a escolha dos futuros ministros. A Saúde, hoje com o PT, deve ficar com os peemedebistas. Também nesse caso, os doentes ganham com a saída do petista Arthur Chioro, independentemente de quem entre.

Lula, este sábio, teria dado um conselho à presidente: não desagradar com a reforma Michel Temer, Renan Calheiros e Eduardo Cunha. Que sagaz, hein? Dilma foi incapaz de pensar isso sozinha?

Já afirmei aqui que a governanta tem um único programa de governo: não cair. A isso fomos relegados.

Por Reinaldo Azevedo

A quem interessava enfraquecer o juiz Sérgio Moro?


O juiz Sérgio Moro (Foto: Michel Filho / Agência O Globo)
O juiz Sérgio Moro

Ricardo Noblat

Para começar a investigar um crime, os detetives de antigamente costumavam se fazer a mesma pergunta: “A quem interessa?” Ou seja: “Quem mais tiraria vantagens do crime?”

A pergunta pode ser aplicada também para elucidar ou pelo menos iluminar outros enigmas.

Por exemplo: por sete votos a três, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu fatiar a Operação Lava-Jato, subtraindo poderes do juiz Sérgio Moro, o comandante da operação até aqui.

Continuarão com Moro somente os processos que tenham conexão direta e robusta com a roubalheira na Petrobras. Os demais poderão ser repassados a outros juízes país a fora.

Montar um quebra-cabeça com muitas peças é um desafio complicado. Torna-se impossível de ser vencido quando faltam peças.

O relator da decisão do STF foi o ministro Dias Tóffili, ex-advogado de Lula, ex-assessor de José Dirceu, um petista de raiz. Tóffili desabafou irritado a certa altura do julgamento:

- Há Polícia Federal e há juiz federal em todos os estados do Brasil. Não há que se dizer que só haja um juízo que tenha idoneidade para fazer investigação ou para seu julgamento. Só há um juiz no Brasil?

Não, há muitos. Mas Moro já demonstrou à farta sua competência na condução do caso e seu rigor na aplicação das leis. Nada mais precisa provar.

Não existe outro juiz que conheça tão bem como Moro o que a Lava Jato investiga. Nem que opere como ele em tão fina sintonia com a Polícia Federal.

Embora sem esse nome, a Lava Jato começou em 2009. E seu objetivo inicial foi o de apurar lavagem de dinheiro entre empresas ligadas ao deputado José Janene (PP-PR), que já morreu.

A apuração levou à descoberta de um posto de gasolina, em Brasília, que lavava dinheiro. E em seguida ao doleiro que fazia a lavagem e que se escondia sob o nome de Primo.

Por conta do posto de gasolina foi que a operação ganhou o nome de Lava Jato.

Primo era o doleiro Alberto Yousseff. E foi por meio dele que se chegou a Paulo Roberto Costa, então diretor de Abastecimento da Petrobras. O resto é história conhecida.

Portanto, é falsa a afirmação de que a Lava Jato, por vocação e em respeito ao seu escopo original, deve limitar seu interesse à roubalheira na Petrobras.

Como desvincular o que aconteceu na Petrobras com o que aconteceu em outras empresas e órgãos dos governos Lula e Dilma?

Os personagens, em várias ocasiões, foram os mesmos. Os crimes de igual natureza. E o produto deles serviu ao mesmo propósito – o de manter no poder quem nele queria se conservar.

A quem interessou a decisão do STF relatada por Tóffili?

Ela foi celebrada pelos advogados de presos, de ex-presos, de suspeitos e de quem mais receia cair nas malhas da Lava Jato.

Por que? Ora. Seguramente porque aumentam as chances de eles se darem bem.

No Congresso, ontem à noite, deputados e senadores não escondiam seu alívio com o enfraquecimento de Moro.

A blindagem da Lava Jato foi rompida pela primeira vez. Doravante será mais fácil rompê-la sempre que necessário.

Esperem para ver.

Stédile prova do próprio veneno.


O dirigente do Movimento dos Sem-Terra João Pedro Stédile, principal liderança do MST, foi hostilizado no desembarque, ontem (22), no aeroporto de Fortaleza. Um grupo de cerca de 20 pessoas cercou sem-terra e começaram gritos, apitos e buzinas: "MST vai pra Cuba com o PT!", "terrorista!" e "vagabundo!" foram alguns dos xingamentos do manifestantes contra o líder sem-terra, que foi acompanhado pelo grupo até deixar o aeroporto. Veja o vídeo abaixo:

CLIMA NO PALÁCIO DO PLANALTO É DE ‘FIM DE FESTA’



Assessores mais próximos da presidente Dilma já não levam desaforos para casa. Desde o início das várias crises provocadas pelo governo na economia e na política, gritos e esculachos de Dilma recebem prontas respostas, inclusive de auxiliares mais próximos, no mesmo tom de agressividade. “Perderam o respeito”, contou um deles. Uma funcionária definiu assim a situação: “O clima é de fim de festa”.

Várias vezes ao dia, a exaltada Dilma bate-boca com auxiliares. Antes, se calavam, cabisbaixos. Hoje reagem torcendo para serem demitidos.

Ministros como Luis Adams (AGU) e José Eduardo Cardozo (Justiça) evitam contato com a chefa. Só aparecem quando são convocados.

No staff íntimo, de ministros a auxiliares modestos, ninguém acredita que Dilma fique no governo. Nos corredores, torcem para sua queda.

O aspone Marco Aurélio Garcia disse a um amigo, há dias, que Dilma “comprou a Cartilha dos Burros”, e a segue.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Congresso encerra sessão sem analisar veto de Dilma a reajuste do Judiciário


Sem quórum, Renan adia votação de veto de Dilma a reajuste do Judiciário

Após pressão do governo e negociação de ministérios com o PMDB, o Congresso Nacional manteve na madrugada desta quarta (23) parte dos vetos da presidente Dilma Rousseff a projetos da chamada pauta-bomba, que ao todo poderiam resultar em gastos extras de R$ 128 bilhões até 2019.

Por falta de quórum, porém, a sessão foi encerrada às 2h19 desta quarta sem que fosse analisado um dos pontos mais polêmicos, o veto ao projeto que reajusta o salário dos servidores do Judiciário em 59,5%, em média, nos próximos quatro anos.

Os governistas queriam votar o tema e manter o veto de Dilma, mas não conseguiram assegurar o quórum necessário durante a madrugada. Já a oposição queria derrubá-lo, mas avaliou que não tinha força suficiente caso o tema fosse de fato à votação. Por isso, esvaziou a sessão.

Mello manda abrir inquéritos contra Aloizio e Aloysio; ambos negam acusações


A PEDIDOS - Ricardo Pessoa fez doações legais e ilegais para as campanhas políticas de 2010. Na coluna “pedido” ele registrou valores que repassou por fora. Entre os beneficiados, segundo ele, está Mercadante

Celso de Mello, ministro do Supremo, fez absolutamente o que se esperava dele e determinou a abertura de dois inquéritos para investigar se o ministro petista Aloizio Mercadante, da Casa Civil, e o senador tucano Aloysio Nunes Ferreira (SP) cometeram crime eleitoral. Mello acatou pedido encaminhado ao Supremo por Rodrigo Janot, procurador-geral da República.

Segundo o empreiteiro Ricardo Pessoa, cuja delação premiada já foi homologada pelo STF, nas campanhas eleitorais de Mercadante ao governo de São Paulo e Nunes ao Senado, em 2010, ele fez doação a ambos, em dinheiro vivo, por fora: ao petista, teriam sido R$ 250 mil de um total de R$ 500 mil; ao tucano, R$ 300 mil, de igual montante.

TSE concede registro partidário à Rede, de Marina Silva


A ex-senadora Marina Silva, durante sessão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que autorizou a criação da Rede Sustentabilidade - 22/09/2015

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu nesta terça-feira o registro partidário à Rede Sustentabilidade, da ex-senadora Marina Silva. Com a decisão, tomada por unanimidade pelo TSE, o partido poderá disputar as eleições municipais do ano que vem. Há quase dois anos, o pedido de registro da Rede foi rejeitado pela corte eleitoral, o que impediu Marina de ser candidata à Presidência pelo seu partido. Ela acabou se filiando ao PSB e saiu de vice do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. Com a morte de Campos em agosto do ano passado, em plena campanha eleitoral, Marina assumiu a cabeça de chapa e acabou a corrida no terceiro lugar, atrás do senador tucano Aécio Neves (MG) e da presidente Dilma Rousseff.

Decadente, Lula recebe carta de antigo amigo


Lula_pensativo

Texto de Antonio Tito Costa publicado hoje na Folha de São Paulo. Aos 92 anos, Tito Costa foi prefeito de São Bernardo do Campo pelo MDB/PMDB na época em que Lula começava a aparecer no movimento sindical. Aos Petralhas com menor poder cognitivo, lembro que nesta época ainda não existia o PT, e muitos dos seus atuais “defensores do povo brasileiro” faziam parte do MDB.

*

Carta aberta a Lula

Meu amigo Lula, você perdeu a oportunidade de se tornar o verdadeiro líder de um país ainda em busca de um caminho de prosperidade

Meu caro Lula, permito-me escrever-lhe publicamente diante da impossibilidade de nos falarmos em pessoa, com a franqueza dos tempos de nossos seguidos contatos –você na presidência do Sindicato dos Metalúrgicos e eu prefeito de São Bernardo do Campo.

Não vou falar das greves que ocorreram de 1979 a 1981, que projetaram seu nome no Brasil e no exterior. Não quero lembrar os dias angustiantes da intervenção no sindicato pelo ministro do Trabalho, em março de 1979, e da violência que se seguiu com prisões, processos e a sua detenção pelo Dops (Departamento de Ordem Política e Social).

Todos esses fatos sempre foram acompanhados por mim juntamente ao senador Teotônio Vilela, a Ulysses Guimarães e a numerosos políticos do então MDB.

Na véspera da intervenção no sindicato, você ligou ao meu gabinete me pedindo ajuda para retirar estoques de alimentos ali guardados. Enviei caminhões da prefeitura para retirá-los, e o material foi depositado na igreja matriz da cidade.

Não falo das reuniões, madrugadas adentro, em meu apartamento em São Bernardo, com figuras expressivas do mundo político e também de outras esferas, como dom Cláudio Hummes, nosso amigo, então bispo de Santo André, hoje pessoa de confiança do papa Francisco, em Roma. Éramos todos preocupados com a sua sorte, a do sindicato e também a das nossas instituições em pleno regime militar.

Prefiro não falar dos dias em que o acolhi em minha chácara na pequena cidade de Torrinha, no interior de São Paulo, acobertando-o de perseguições do poder militar da época: você, Marisa, os filhos pequenos, vivendo horas de aflição e preocupantes expectativas.

Nem quero me lembrar das assembleias do sindicato, depois da intervenção no estádio de Vila Euclides, cedido pela Prefeitura de São Bernardo, fornecendo os aparatos possíveis de segurança.

Eram os primórdios de uma carreira vitoriosa como líder operário que chegou à Presidência da República por um partido político que prometia seriedade no manejo da coisa pública e logo decepcionou a todos pelos desvios de comportamento e por abusos na condução da máquina administrativa do Estado.

E aqui começa o seu desvio de uma carreira política que poderia tê-lo consagrado como autêntico líder para um país ainda em busca de desenvolvimento. Você deixou escapar das mãos a oportunidade histórica de liderar a implantação de urgentes mudanças estruturais na máquina do poder público.

Como bem lembrou Frei Betto, seu amigo e colaborador, você, liderando o Partido dos Trabalhadores, abandonou um projeto de Brasil para dedicar-se tão somente a um ambicioso e impatriótico projeto de poder, acomodando-se aos vícios da política tradicional.

Assim, seu partido –em seus alargados anos de governo, com indissimulada arrogância– optou por embrenhar-se na busca incessante, impatriótica e irresponsável do aparelhamento do Estado em favor de sua causa, que não é a do país.

Enganou-se você com a pretensão equivocada de implantar uma era de bonança artificial pela via perversa do paternalismo e do consumismo em favor das classes menos favorecidas, levando-as ao engano do qual agora se apercebem com natural desapontamento.

Por isso, meu caro Lula, segundo penso, você perdeu a oportunidade histórica de se tornar o verdadeiro líder de um país que ainda busca um caminho de prosperidade, igualdade e solidariedade para todos. Alguma coisa que poderia beirar a utopia, mas perfeitamente factível pelo poder político que você e seu partido detiveram por largo tempo.

Agora, perdido o ensejo de sua consagração como grande liderança de nossa história republicana recente, o operário-estadista, resta à população brasileira o desconsolo de esperar por uma era de dificuldades e incertezas.

Seu amigo, Tito Costa.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Itália autoriza a extradição do mensaleiro Pizzolato


Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing Banco do Brasil, condenado no processo do mensalão, deixa a prisão de Modena, na Itália, na terça-feira (28)
Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing Banco do Brasil, condenado no processo do mensalão

A Justiça italiana autorizou na manhã desta terça-feira a extradição do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado a doze anos e sete meses de prisão no julgamento do mensalão. Ele cumprirá pena pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção e peculato.

Pizzolato deixou o país em novembro de 2013 numa fuga hollywoodiana: com o passaporte do irmão morto em 1978, ele deixou o Brasil com destino à Argentina, de onde embarcou para a Espanha. Mas foi encontrado em fevereiro de 2014 pela Interpol, na famosa praia de Maranello, na Itália. Desde então, está preso por falsidade ideológica.

O brasileiro ficou até outubro na penitenciária de Modena, quando o Tribunal de Bolonha negou sua extradição ao Brasil, mas em fevereiro deste ano a Corte de Cassação da Itália concedeu sua extradição. A decisão foi ratificada pelo Ministério da Justiça e pelo Tribunal do Lazio, primeira instância da justiça administrativa. Hoje, o Conselho de Estado da Itália autorizou o envio do brasileiro ao país natal.

Os juízes rejeitaram o recurso apresentado pela defesa e afirmaram que foram apresentadas condições suficientes das prisões brasileiras em preservar os direitos humanos. Segundo a corte, as garantias foram apresentadas "tanto pelo governo quanto pelas máximas autoridades judiciárias brasileiras". A defesa de Pizzolato insistia que os centros de detenção no Brasil violavam os direitos humanos.

(Com Agência Ansa)

A crise no Vale


Ford afasta 800 e suspende produção na planta de Taubaté

Ford Taubaté (Foto: Reprodução/TV Vanguarda)

A Ford afastou 800 trabalhadores nesta segunda-feira (21) e suspendeu a produção de motores e transmissões na unidade de Taubaté (SP). A informação é do Sindicato dos Metalúrgicos.


Volkswagen dispensa funcionários e paralisa produção em Taubaté, SP

fábrica do Volkswagen Up! em Taubaté (Foto: Divulgação)

Os trabalhadores foram dispensados e a produção paralisada na planta da Volkswagen em Taubaté (SP) nesta segunda-feira (21). Segundo a montadora, a medida foi adotada por falta de peças.

A dispensa atinge toda planta, ou seja, cerca de 5 mil trabalhadores dos dois turnos de produção, além de funcionários de setores como manutenção e logística.


LG dá férias coletivas para mais 170 funcionários da fábrica de Taubaté, SP

Unidade da LG em Taubaté demitiu 115 funcionários (Foto: Reprodução / TV Vanguarda)

A LG Eletronics dá férias coletivas para mais 170 funcionários da fábrica de Taubaté a partir desta segunda-feira (21). A medida afeta operários da produção de máquinas de lavar e monitores. Eles devem voltar ao trabalho no dia 30 de setembro.