quinta-feira, 31 de julho de 2014

Dilma diz que não vai haver tarifaço, mas conta de luz e gasolina devem ir às alturas se ela for reeleita



No primeiro evento que reuniu os três principais candidatos ao Planalto, a presidente Dilma Rousseff (PT) foi acusada pelos adversários de segurar o reajuste de preços de combustível e luz com objetivo eleitoral e, na resposta, negou que promoverá um "tarifaço" após o resultado da disputa eleitoral.

"O que justifica essa hipótese do tarifaço? Significa a determinação em criar expectativas negativas no momento pré-eleitoral. Pregar esse tarifaço agora é para assustar as pessoas e as empresas", disse a petista durante evento nesta quarta-feira (30) na sede da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

Última a discursar --os adversários falaram e responderam a questões do empresariado separadamente--, a presidente comparou os rumores de tarifaço às projeções de que o país passaria por racionamento de energia. "São profecias que não se realizarão", afirmou Dilma.

Mais cedo, Eduardo Campos (PSB) afirmou que a adversária vai apresentar a conta após as eleições. "Acho que o governo atual está segurando [os preços] até outubro. Estamos numa situação em que o governo viabiliza o financiamento para o setor elétrico e diz que vai compensar com aumento da tarifa. E quando o aumento vem? Ah, depois da eleição", disse.

"O ano de 2015 já está precificado pela desarticulação do setor elétrico, pela situação da Petrobras, que precisará ter seu papel na economia brasileira redefinido", afirmou Aécio Neves (PSDB).(FSP)

Rejeição geral! Nos estados, nenhum candidato do PT lidera nas pesquisas. Hoje partido não elegeria governadores.



A nova rodada de pesquisas Ibope mostra que o PT não lidera em nenhum lugar do país. Confirma os levantamentos anteriores. Perde no Rio Grande do Sul com Tarso Genro para Ana Amélia, no Paraná com Gleisi Hoffmann para Beto Richa, em São Paulo com Alexandre Padilha para Geraldo Alckmin (se elege no primeiro turno), no Rio de Janeiro com Lindbergh Farias para Garotinho, no DF com Agnelo Queiroz para, pasmem!!!, José Roberto Arruda e já empata tecnicamente em Minas Gerais, onde o seu candidato Fernando Pimentel começou campanha muito antes do candidato tucano Pimenta da Veiga. O quadro é desesperador, pois com o início da campanha na TV a rejeição ao PT deve acertar em cheio a candidatura Dilma.

Ibope: com 50%, Alckmin vence no primeiro turno em SP


Na VEJA.com:

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), seria reeleito no primeiro turno, com 50% das intenções de votos, segundo pesquisa Ibope divulgada na noite desta quarta-feira pelo jornal O Estado de S.Paulo em parceria com a TV Globo.

De acordo com o levantamento, Paulo Skaf, do PMDB, aparece com 11% em segundo lugar, e Alexandre Padilha, do PT, tem 5% da preferência dos entrevistados. Outros 15% afirmaram que pretendem votar em branco ou nulo, e 14% não souberam opinar. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Aprovação e rejeição – Segundo o instituto, Padilha detém a maior rejeição entre os candidatos ao Palácio dos Bandeirantes: 19%. Alckmin registrou 18%, e Skaf, 13%.

O Ibope também avaliou o desempenho da atual gestão de Alckmin: o percentual de aprovação – ótimo – é de 6%. 34% dos entrevistados consideram o desempenho do governo como bom e 11% dos ouvidos apontam a avaliação como péssima. 

Há quinze dias o instituto Datafolha também analisou a disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. O cenário mostrado foi bastante similar ao retrato pela pesquisa Ibope. Na avaliação divulgada em 17 de julho, Alckmin aparece com 54% das intenções de voto, seguido por Skaf, com 16%, e Padilha, 4%.

Disputa ao Senado – O Ibope avaliou também as intenções de voto ao Senado Federal. O ex-governador José Serra (PSDB) tem 30% das intenções. Na sequência, o petista Eduardo Suplicy (PT) aparece com 23%. O ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD) tem 5%.

A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo 00013/2014. Conforme os dados registrados, foram ouvidos 1.513 eleitores, nos dias 26 e 28 de julho, em 78 municípios paulistas. Essa é a primeira vez que o instituto avalia o cenário paulista na corrida eleitoral neste ano. 

Por Reinaldo Azevedo

Aécio Neves: “A verdade sobre o aeroporto”


O presidenciável tucano Aécio Neves escreve nesta quinta, na Folha, um artigo intitulado “A verdade sobre o aeroporto”. A integra está aqui. Leiam trechos.
*
Nasci no ambiente da política e vivi nele toda a minha vida. Sei que todo homem público tem uma obrigação e um direito: a obrigação de responder a todo e qualquer questionamento, especialmente os que partem da imprensa. E o direito de se esforçar para que seus esclarecimentos possam ser conhecidos.

Nos últimos dias, fui questionado sobre a construção de um aeroporto na cidade de Cláudio, em Minas Gerais. Como o Ministério Público Estadual atestou e a Folha registrou em editorial, não há qualquer irregularidade na obra. Mas surgiram questionamentos éticos, uma vez que minha família tem fazenda na cidade. Quero responder a essas questões.

A pista de pouso em Cláudio existe há 30 anos e vem sendo usada por moradores e empresários da região. Com as obras, o governo de Minas Gerais transformou uma pista precária em um aeródromo público. Para uso de todos.

As acusações de benefício à minha família foram esclarecidas uma a uma. Primeiro, se disse que o aeroporto teria sido construído na fazenda de um tio-avô meu. A área foi desapropriada antes da licitação das obras, como manda a lei. O governo federal reconheceu isso, ao transferir a jurisdição do aeroporto ao governo de Minas Gerais, o que só é possível quando a posse da terra é comprovada. Depois, levantaram-se dúvidas sobre o valor da indenização proposta pelo Estado. O governo ofereceu R$ 1 milhão. O antigo proprietário queria R$ 9 milhões e briga até hoje na Justiça contra o governo de Minas.

Finalmente, se disse que a desapropriação poderia ser um bom negócio para o antigo proprietário, porque lhe permitiria usar o dinheiro da indenização para arcar com os custos de uma ação civil pública a que responde. Não é verdade. O dinheiro da indenização está bloqueado pela Justiça e serve como garantia ao Estado de pagamento da dívida, caso o antigo proprietário seja condenado. Se não houvesse a desapropriação, a área iria a leilão. Se fosse um bom negócio para ele, não estaria lutando na Justiça contra o Estado.
(…)

Joaquim Barbosa deixa o Supremo nesta quinta



Joaquim Barbosa deixará formalmente o STF nesta quinta-feira (31). Ele havia anunciado a aposentadoria em 29 e maio. Mas saiu em férias. A seu pedido, o ato de desligamento só será publicado no Diário Oficial da União agora, na véspera do encerramento do recesso do Judiciário.

Vai à poltrona de presidente do STF o ministro Ricardo Lewandowski, atual vice-presidente da Corte. A ascensão já está acertada. Mas não é automática. Terá de ser ratificada pelos ministros do Supremo em votação secreta a ser realizada na sessão desta sexta-feira (1º).

Dilma e Alckmin vão inaugurar uma temeridade


A cidade de São Paulo testemunhará nesta quinta-feira (31) um episódio fantástico, passado num país fabuloso. Uma cena bem brasileira. A Igreja Universal, do autoproclamado bispo Edir Macedo, vai inaugurar sua nova sede. Chama-se Templo de Salomão. Foi construído em cima de uma fraude.

Conforme noticiaram os repórteres Rogério Pagnan e Eduardo Geraque, a Universal valeu-se de informações falsas para burlar a legislação da capital paulista. Em 2006, requereu à prefeitura autorização para reformar um prédio de 64 mil m². O diabo é que a edificação existente no terreno, uma antiga fábrica de 18 mil m², tinha sido demolida dois anos antes.

Uma comissão que se ocupa da análise de autorizações expedidas pela prefeitura apontou a burla. Mas a obra foi liberada, num processo que teve o aval de um órgão municipal chamado Aprov. Chefiava a repartição um personagem notório: Hussain Aref Saad, suspeito de comandar um esquema de corrupção na liberação de obras durante a gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab.

Sobre a terra nua, a Universal erigiu, ao custo de R$ 680 milhões, um templo de 75 mil m². Levantou do lado, sem autorização da prefeitura, um edifício garagem de 25 mil m². O monumento abrirá suas portas sem o “habite-se”. Em recurso, a igreja tenta regularizar a nova sede. Enquanto não decide, o Executivo municipal, hoje sob Fernando Haddad, expediu uma licença temporária, com validade de seis meses.

Como se fosse pouco, a fita do templo será cortada sem que o Corpo de Bombeiros tenha submetido o empreendimento religioso a uma vistoria. Coisa essencial para atestar, entre outras precauções, a existência no local de saídas de emergência e de extintores de incêndio.

A agenda de Dilma Rousseff informa que ela decolará de Brasília às 14h. O jato presidencial pousará Em São Paulo às 15h20. O único compromisso da presidente na capital paulista é a participação no “culto inaugural do Templo de Salomão”. O governador Geraldo Alckmin também confirmou presença.

Quer dizer: as autoridades máximas do país e do Estado tomarão parte, gostosa e voluntariamente, da inauguração de uma temeridade. E não farão isso em nome de Jesus. Na briga pela reeleição, a presidente e o governador prestigiarão os cerca de 10 mil votos que cabem na nova casa da Universal, três vezes maior do que a Basílica de Aparecida.

Como se vê, o Brasil é mesmo um país muito distante, uma democracia lá longe, em cujas fronteiras o respeito às leis, às regras e ao recato vale pouco, muito pouco, pouquíssimo.

O inaceitável lidera disputa pelo governo do DF


Elza Fiúza/ABr

Pesquisa realizada no Distrito Federal revelou uma boa notícia: a três meses da eleição, não houve nenhum aumento na taxa de incongruência do eleitorado. Continua nos mesmos 100%. O ficha-suja José Roberto Arruda, maestro do chamado mensalão do DEM, com o prontuário adornado por uma passagem pela cadeia e uma condenação de segundo grau por improbidade administrativa, ainda é o primeiro colocado na corrida pelo governo da capital da República.

Segundo o Ibope, Arruda, hoje filiado ao PR do mensaleiro preso Valdemar Costa Neto, coleciona 32% das intenções de voto. É praticamente o dobro dos 17% atribuídos ao atual governador, Agnelo Queiroz, do PT. Na terceira posição, estatisticamente empatado com Agnelo, vem o senador Rodrigo Rollemberg, do PSB, com 15%.

Nas dobras da pesquisa há indicativos de que, com sorte, o eleitor do DF ainda pode recobrar o juízo. É taxa de rejeição de Arruda é tão alta quanto o índice de adesão: 32% dos eleitores informam que não votariam nele de jeito nenhum. No comando de uma administração ruinosa, Agnelo arrosta rejeição ainda maior: 46%. Se conseguir transformar aversão em esperança, Rollemberg, rejeitado por apenas 7% do eleitorado, talvez consiga transformar-se numa surpresa. E o Executivo do DF terá, no mínimo, a oportunidade de cometer erros diferentes.

Supremo paradoxo: na disputa pelo Senado, o multiprocessado senador do PTB Gim Argelo (13% dos votos) e o precário deputado do PT Geraldo Magela (16%) são candidatos favoritos a fazer do deputado Reguffe (31%), um ficha-limpa do PDT, o próximo senador do Distrito Federal.

Por ora, resta cruzar os dedos e torcer para que Arruda e Agnelo não prevaleçam. Do contrário, o eleitorado da Capital provará três coisas ao resto do país: 1) a democracia é o regime em que as pessoas têm ampla e irrestrita liberdade para exercitar sua capacidade de fazer besteiras por conta própria; 2) eleição é uma loteria sem prêmio no final; 3) o voto é um equívoco renovado de quatro em quatro anos.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

O petista Padilha quer punir os paulistas com racionamento para ver se escorrem votos das torneiras secas


Há um fenômeno curioso em curso. Alguns setores não se conformam que não exista ainda racionamento de água em São Paulo. Exigem que as torneiras dos paulistas fiquem secas para que suas respectivas teses possam se cumprir.

A ação mais curiosa vem de setores do Ministério Público Federal, que, parece, se esqueceram de que não foram eleitos para governar: não são, afinal de contas, Poder Executivo — não que se saiba ao menos. Nesta segunda, eles recomendaram que a Sabesp apresente um projeto para a adoção imediata do racionamento de água nas regiões atendidas pelo Sistema Cantareira e ameaçam com a adoção de medidas judiciais caso não sejam atendidos. Os doutores dizem ter em mãos estudos que apontam o risco de o sistema secar inteiramente em 100 dias. Os estudos da Sabesp são outros e, por enquanto, descartam o racionamento.

Não é preciso ser muito bidu para constatar que o racionamento vai punir, é evidente, os mais pobres. As casas e condomínios com grandes reservatórios de água não sentirão muito os efeitos da medida. Já as residências pobres, das periferias… Mas sabem como é: há um esforço evidente para politizar a questão.

O candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, resolveu fazer uma ironia nesta terça e cobrou que o governador Geraldo Alckmin, do PSDB, “tire o racionamento do armário”. E afirmou, afetando o que parecia ser um orgulho: “Nós fomos a candidatura que mostrou, pela primeira vez, a irresponsabilidade do governo do Estado de São Paulo de não ter feito nenhuma das obras que estavam listadas há dez anos e colocar São Paulo numa situação de risco real de falta d’água”.

Pois é… O PT disputa com candidato próprio o governo de São Paulo desde 1982. Procurem, nestes 32 anos, quando foi que o partido tocou no assunto. A resposta, obviamente, é “nunca” — pela simples e óbvia razão de que o problema não existia. São Paulo, em especial a região da Cantareira, enfrenta a maior seca de sua história — a mesma que pressiona parte do setor elétrico na região Sudeste.

Há ainda outra coisa curiosa: a campanha em favor da economia, o bônus a clientes que reduzam o consumo e a diminuição da pressão estão se mostrando eficazes. O simples racionamento pode ser contraproducente porque o consumidor tende a estocar água quando volta o fornecimento.

Mais: a Sabesp tem como ações alternativas a transferência de vazões dos sistemas Alto Tietê, Guarapiranga e Rio Grande — para atender as regiões servidas pelo Cantareira — e o uso da “reserva técnica”, estupidamente chamada de “volume morto”. Aliás, seria “morto”, de fato, se ficasse lá para ninguém, enquanto as torneiras estivessem esturricadas.

Seria muito bom que, numa frente, o Ministério Público deixasse as questões de governo para quem foi eleito para governar — tendo a humildade intelectual, que é sabedoria, de ouvir as explicações técnicas da Sabesp. Sempre lembrando que o racionamento provoca graves problemas de manutenção na rede de distribuição. E seria bom que os políticos parassem de contar com o sofrimento do povo para conquistar alguns votos.

É isto: o petista Padilha quer secas as torneiras dos paulistas para ver se, de lá, escorrem alguns votos. Afinal, o seu estoque eleitoral está minguado mais do que o sistema Cantareira.

O Brasil certamente será melhor quando os políticos tentarem transformar em voto a alegria, não a tristeza.

Por Reinaldo Azevedo

O partido do terror, da censura e do silêncio. Ou: Funcionária do Santander já foi demitida, como exigiu Lula


O terror petista já está em curso. A “analista” do Santander, que não teve seu nome divulgado, já foi demitida. A informação foi passada aos jornalistas pelo presidente mundial do banco, Emilio Botín, que foi chamado por Lula, nesta segunda, durante encontro da CUT, de “meu querido”. O chefão petista, aliás, puxou o saco do banqueiro e demonizou a pobre bancária. Afirmou que a moça não sabia “porra nenhuma”, nesses termos, e que o seu amigão deveria dar a ele, Lula, o bônus que caberia à então funcionária.

Só para lembrar: correntistas com conta acima de R$ 10 mil receberam uma avaliação sobre a situação política e econômica do país. O texto informava que os indicadores pioram se aumentam as chances de Dilma ser reeleita. Grande coisa! Isso já virou lugar-comum. Os petistas, no entanto, se aproveitaram para inventar uma guerra dos ditos “ricos” contra o PT. Prefeituras do partido que têm a conta-salário no banco falam em romper o contrato. A militância estimula os filiados a retirar seu dinheiro da instituição. Não passa de oportunismo eleitoral.

Certa feita, um adversário de Marat, o porra-louca jacobino da Revolução Francesa, afirmou sobre o seu furor punitivo: “Deem um copo de sangue a este canibal, que ele está com sede”. Falo o mesmo sobre Lula e o petismo: deem copos de sangue aos canibais; eles estão com sede.

É claro que se trata de uma ação para intimidar o debate. A partir de agora, nas instituições financeiras, bancos ou não, está instalado o clima de terror jacobino. Até parece que isso vai mudar alguma coisa. Não vai, não. Tudo tende a piorar.

O PT apelou ao TSE — e obteve uma liminar absurda — para tirar da Internet dois textos da consultoria Empiricus Research que o partido considera que lhe são negativos. O conjunto da obra é péssimo e indica que o PT não tem um compromisso inegociável com a liberdade de expressão. Não custa lembrar que essa é a legenda que definiu como um de seus principais objetivos o chamado “controle social da mídia”. Imaginem como seria a liberdade de expressão entregue a esses patriotas…

Que coisa! O partido que, na década de 80, queria ser a encarnação da liberdade de expressão agora quer se manter no poder apelando à censura, ao terror e ao silêncio.

Por Reinaldo Azevedo

Conta de luz deve ficar mais cara por 2 anos para custear elétricas



O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, disse que o impacto do empréstimo para as distribuidoras será de 8 pontos porcentuais na tarifa de energia. O aumento será repassado à conta de luz dos consumidores a partir de 2015 e permanecerá na tarifa por dois anos.

"O reajuste leva em consideração um conjunto de fatores, mas podemos dizer que o empréstimo terá um impacto no reajuste dessa ordem de grandeza (8 pontos porcentuais)", afirmou Rufino.

Leia mais em O Estadão

Promotoria suspeita que petista e empresas lavaram dinheiro para PCC



O deputado estadual Luiz Moura (PT) e cinco empresas de ônibus que operam em São Paulo são citados em investigação que apura esquemas de lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC). O procedimento, sigiloso, é coordenado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual. Moura nega as acusações.

O Tribunal de Justiça ainda precisa dar aval para que o deputado seja investigado. Ele está suspenso do PT desde o mês passado. Moura foi flagrado pela Polícia Civil em março, em uma reunião de perueiros em que havia suspeitos de integrar a facção criminosa.

Leia mais em O Estadão

'Vão ter que demitir muita gente', ironiza Aécio sobre informe


Maria Lima, O Globo


O candidato à Presidência da República pelo PSDB Aécio Neves ironizou a demissão de um funcionário do banco Santander, anunciada ontem pelo presidente mundial da instituição Emílio Botín, por ter associado a presidente Dilma à piora do quadro econômico no país.

Aécio disse que muitas pessoas precisariam ser demitidas por fazerem avaliações negativas do governo. "Se forem demitir todos que fizeram avaliação negativa do governo, vão ter que demitir muita gente. Ninguém contestou a avaliação, se contentaram em pedir a punição", comentou.

Demissão de analista do Santander é hipocrisia



A três meses da eleição presidencial, o mercado financeiro vive o seguinte drama: metade da equipe de analistas está nervosa porque Dilma diz que a economia vai bem mas sabe que ela está mentindo e prepara ajustes para o caso de ser reeleita. A outra metade da equipe de analistas está nervosa porque Dilma diz que a economia vai bem e sabe que ela acredita mesmo nisso e não preparou nenhum ajuste. E Dilma está nervosa porque não sabe se diz que fará ajustes que ainda não preparou ou se prepara os ajustes e não diz. Ou vice-versa.

Foi contra esse pano de fundo confuso que o Santander enviou aos seus correntistas endinheirados um boletim sustentando a tese segundo a qual o sucesso eleitoral de Dilma potencializará a deterioração da conjuntura econômica. A plateia não viu a cara do autor do texto. Mas o vazamento da análise fez dele —ou seria ela?— o fantasma mais execrado da República.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Candidaturas contestadas na Justiça Eleitoral


arte_impugnados

O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo recebeu 24 pedidos de impugnação contra candidatos da RMVale que tiveram os seus nomes divulgados no segundo edital de postulantes, publicado no último dia 18 (veja quadro ao lado).

Outros 12 candidatos da região não receberam nenhuma contestação.

O prazo para a apresentação de impugnações a esses nomes foi encerrado dia 23.

Na soma dos balanços do primeiro e segundo editais, o número de candidaturas impugnadas chega a 43. Outras 25 não foram contestadas.

Como a RMVale tem 108 postulantes, os 40 restantes só serão analisados em balanços posteriores.

Alerta. O questionamento à validade do registro não resulta indeferimento automático da candidatura.

Essas impugnações serão apreciadas no momento do julgamento da candidatura e podem levar ao indeferimento do registro, se acolhidas, ou ao deferimento, se rejeitadas pela Justiça Eleitoral.

Podem apresentar impugnação os candidatos, partidos políticos, coligações e Ministério Público Eleitoral.
Até agora, o TRE já recebeu 3.557 registros de candidatura para a eleição de outubro. No primeiro edital, foram divulgados 1.150 pedidos, dos quais 616 receberam impugnação, o que representa 53,5% do total.

Dos 1.315 nomes publicados no segundo edital, foram impugnados 825 em todo o Estado (62,73% do total).

No dia 23 foi publicado um terceiro edital com 824 pedidos de registro. O prazo para contestações se encerrou ontem, mas o balanço ainda não foi divulgado.

Não há previsão para a publicação do quarto edital, com os 268 nomes que restam.

Balanço. Das 24 candidaturas da região que foram impugnadas na segunda leva, oito são de postulantes do PSC. Entre eles, o vereador de São Sebastião Ernaninho Primazzi, candidato a deputado estadual, e o ex-prefeito de Lorena Paulo Neme e Diego Ortiz, irmão do prefeito de Taubaté, Ortiz Junior (PSDB), que disputam vaga na Câmara dos Deputados.


Setor elétrico em pane


xxxA Aneel adiou mais uma vez o pagamento do governo às distribuidoras de energia. O prazo vencia na quinta-feira. A agência jogou-o para o dia 28 de agosto. A justificativa oficial é que o atraso ocorre devido “à complexidade da operação de empréstimo”. Não explicou que complexidade é essa, no entanto.

Na prática, é mais um calote temporário nas distribuidoras. E, como consequência, afeta a credibilidade do governo.

O empréstimo não pago refere-se à liquidação dos gastos com a compra de energia feitos em maio. Teriam que ser quitados nos dias 10 e 11 de julho. Não foram. Adiou-se para o dia 31. Agora, empurra-se novamente com a barriga por falta de caixa.

Por Lauro Jardim

No AM, senador é acusado de agredir fotógrafo



Líder do governo no Senado e candidato ao governo do Amazonas, o senador Eduardo Braga (PMDB) foi acusado de agredir um fotógrafo amador durante carreata no município de Maraã. Deu-se no último domingo (27). Registrado em vídeo, o incidente foi admitido por Braga em dois textos veiculados na internet. O senador alegou que o fotógrafo, chamado Joel Reis da Silva, o espionava, supostamente a serviço de adversários políticos.

Nesta segunda-feira (28), Joel Reis comunicou o ocorrido ao Ministério Público Federal. Num dos textos que levou à web, Eduardo Braga anotou que, acompanhado de “caravana”, visitou no final de semana cidades da região amazonense do Alto Solimões. Disse ter notado uma anomalia. “Em todos os municípios havia uma pessoa filmando tudo e, principalmente, todos.”

Segundo o senador, o objetivo seria o de “identificar servidores públicos simpatizantes” de sua candidatura, para “justificar futuras perseguições nas repartições e órgãos do governo…” O principal antagonista de Eduardo Braga é o governador amazonense José Melo de Oliveira (Pros), candidato à reeleição.

Na cidade de Maraã, Eduardo Braga disse ter decidido “tomar uma atitude”. Interrompeu a carreata, desceu do veículo e abordou Joel Reis. Segundo o fotógrafo, o senador aplicou-lhe uma “gravata”, perguntou quem havia encomendado as imagens e “tentou puxar a máquina” fotográfica do seu pescoço.

Na versão de Eduardo Braga, a gravata virou um abraço. “Abracei ele e disse: ‘Por que você não faz uma imagem nossa? Quem sabe assim você também será perseguido e perderá seu emprego.” Joel Reis disse ter informado ao senador que não estava a serviço de ninguém e que tirar fotos não é crime.

O fotógrafo acrescentou que foi ameaçado por um correligionário de Eduardo Braga, o candidato a deputado federal Sabino Castelo Branco (PTB). De resto, afirmou que um motorista do senador também puxou a máquina, tentando arrancá-la do seu pescoço.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Homem atira pedra em vidraça do Palácio do Planalto


Maquiavel/Veja

Um homem foi contido hoje (28) por seguranças do Palácio do Planalto, em Brasília, depois de atirar uma pedra em uma das vidraças da sede do Executivo

Um homem identificado como Moacir Rocha de Oliveira foi encaminhado à Superintendência da Polícia Federal nesta segunda-feira depois de atirar uma pedra na vidraça do Palácio do Planalto, em Brasília. Abordado pelos seguranças, Oliveira afirmou ter viajado da cidade de Livramento, na Bahia, para conversar um “assunto particular” com a presidente Dilma Rousseff. “Com frequência aparecem pessoas com esse tipo de problema. Nosso pessoal já está acostumado, não teve ameaça nenhuma. É uma pessoa que está com problema psicológico”, disse Alexandro Costa de Lima, chefe da Segurança do Planalto. Dilma estava em sua residência oficial nesta manhã e não presenciou o episódio. As informações são da Agência Brasil.

Bethlem denunciado


Investigação no STFA confissão do deputado Rodrigo Bethlem de que recebe propina de um fornecedor da Prefeitura do Rio de Janeiro chegará onde deve: nas mãos de quem pode investigá-lo.

Rubens Bueno, líder do PPS, está finalizando uma representação contra Bethlem, que será entregue à Corregedoria da Câmara, no mais tardar, amanhã.

Como a iniciativa é de um deputado, e não de um partido, a denúncia tem que ser encaminhada à Corregedoria, a quem caberá arquivá-la ou pedir a abertura de um processo no Conselho de Ética.

Resta saber se, em meio à campanha, com as excelências longe de Brasília cuidando de seus planos eleitorais, qual deputado estará disposto a cumprir sua obrigação de fiscalizar maracutaias.

E haverá tempo para a abertura do eventual processo no Conselho de Ética? Presidente do colegiado, Ricardo Izar está otimista:

- Há tempo hábil para a gente trabalhar antes das eleições. O que eu puder fazer para ganhar tempo, eu farei.

Por Lauro Jardim

Polícia prende em Bangu um dos maiores ladrões do país


Gilberto Silva Morais

Procurado desde 1984, o assaltante de bancos Gilberto Silva Morais, conhecido como Velho, de 55 anos, foi preso, por policiais da 34ª Delegacia de Polícia (Bangu, na Zona Oeste). Apontado como um dos maiores ladrões do país, ele também usava o nome de Walter Ribeiro Pinto e era procurado pelas polícias civis do Rio, de Minas e pela Polícia Federal.

As investigações da delegacia de Bangu apontam que Morais era especializado em roubos as agências do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Ele foi monitorado por três meses até ser capturado na Estrada do Pau Ferro, no Tanque, na Zona Oeste.

Velho possui 14 passagens pela polícia, entre elas porte ilegal de arma de fogo, extorsão mediante sequestro, roubo e formação de quadrilha. Contra o assaltante foram cumpridos quatro mandados de prisão.

Candidatos dizem guardar R$ 269,7 mi em casa


Divulgação

Para acompanhar a rotina dos políticos, o brasileiro precisa suprimir dos seus hábitos o ponto de exclamação. No universo da política, o espantoso vai adquirindo uma doce, persuasiva, admirável naturalidade. Repare: 7,7% dos cerca de 25 mil candidatos às eleições de 2014 informaram à Justiça Eleitoral que guardam dinheiro vivo em casa. Juntos, mantêm longe do sistema bancário R$ 269,7 milhões.

A turma do colchão inclui 33 endinheirados que conservam ao alcance das mãos quantias superiores a R$ 1 milhão. A fortuna domiciliar desse grupo soma R$ 50,5 milhões. Os campeões da grana viva são dois candidatos à Câmara federal. Marinalvo Rosendo (PSB-PE) disse manter em casa R$ 3,8 milhões. Fernando Torres (PSD-BA) informou que tem “em mãos” R$ 3,2 milhões.

Entre os 11 presidenciáveis, três incluíram moeda sonante em suas declarações patrimonais. Eymael (PSDC) guarda em casa dinheiro de troco: R$ 1 mil. O nanico Levy Fidelix (PRTB) anotou R$ 140 mil. Dilma Rousseff (PT), R$ 152 mil. Por sorte, a plateia aboliu o ponto de exclamação de sua rotina. Do contrário, poderia supor que a presidente abre mão do rendimento da caderneta poupança porque estaria tramando um confisco à Collor.

domingo, 27 de julho de 2014

Prefeitura de Jambeiro flagra abrigo clandestino na zona rural


Prefeitura flagra asilo clandestino em Jambeiro, SP (Foto: Reprodução/TV Vanguarda)

Um abrigo clandestino com 26 pacientes foi flagrado pela Prefeitura de Jambeiro na manhã desta sexta-feira (25). O local, que fica na estrada Canaã, foi descoberto após denúncia de um homem que passou pela estrada rural e encontrou um homem fugindo do abrigo.

De acordo com a prefeitura, 26 pacientes idosos e com deficiência mental foram encontrados na casa. No local também foram apreendidos alimentos estragados e medicamentos vencidos. O médico da prefeitura, Aett Yano, afirmou que no local não há estrutura de saúde adequada para os pacientes.

"Precisa de um responsável, diretoria, equipe de enfermagem, aqui não tem nada. Fisicamente eles estão bem, mas psicológicamente não", afirmou.

A prefeitura informou ainda que os pacientes estão recebendo assistência até que os parentes sejam localizados. A Polícia Civli informou que foi feito um boletim de ocorrência e que a denúncia será levada ao Ministério Público. Por enquanto, o local vai continuar funcionando, mas os pacientes ficarão sob os cuidados de assistentes sociais da prefeitura. Nenhum responsável pelo local foi localizado até a publicação da reportagem.

G1

PT não teve dinheiro para comprar Maluf



Notícias que circulam por aí dão conta que Paulo Malu(PP) desertou para a campanha de Paulo Skaf(PMDB) por um motivo muito simples e comum entre todas as categorias de mercenários: dinheiro. Alexandre Padilha (PT) havia prometido R$ 10 milhões para o pepista fichado na Interpol, em cinco pagamentos, mas não honrou o compromisso, porque a campanha paulista está quebrada. Padilha não decola e as doações minguam. Agora o PT paulista está pedindo um socorro de R$ 50 milhões para Dilma. De onde vai sair a bolada de dinheiro ninguém sabe. Aliás, todo mundo sabe, só que não pode falar. Basta ler a reportagem que Veja publica nesta semana.

sábado, 26 de julho de 2014

O ATO E O FATO


Brasilino Neto
Sente e chore!

Dentre os títulos que posso publicar sem ofender aos princípios e costumes, que seria o que realmente gostaria de usar, não encontro outro além do que me valho: “Sente e chore”.

Digo isto ao ver a proposta apresentada pelo deputado Wellington Fagundes, do PR de Mato Grosso, aprovada na Câmara em caráter conclusivo, ou seja, que não depende de ser votada em plenário e sua remessa ao Senado para que, se ali aprovada, vá à sanção.

Refiro-me ao projeto de lei nº 2.690/03, que altera as disposições do Código de Trânsito Brasileiro, permitindo parcelamento de multas de trânsito, com a manutenção do texto atual de que possam ser pagas no vencimento com 20% de desconto. 

Como se diz no popularesco: Isso é uma brincadeira de mau gosto, pois se as disposições deste Código já são frouxas para os padrões de comportamento de grande parte dos motoristas brasileiros, afrouxar ainda mais é altamente pernicioso e incongruente.

Deveríamos sim, se tivéssemos políticos sérios e com interesse em tornar este país importante no contexto das nações, editar leis que dificultassem a vida dos infratores e não de facilidades.

A ninguém é dado desconhecer que a maioria dos acidentes ocorre por ações de motoristas que estão de um modo ou outro infringindo a lei, então por que lhes facilitar a vida com o parcelamento, que por suas transgressões submetem a sociedade em permanente risco?

Cito aqui como exemplo a estatística apresentada pela Policia Rodoviária Estadual com relação à Rodovia dos Tamoios, que nos quatro primeiros meses do ano de 2013 aplicou ali 7.000 multas, enquanto que depois da duplicação, que mantém o limite de velocidade em 80 km/h, nos primeiros quatro meses de 2014 foram aplicadas o absurdo número de 45.000 multas. Para que lhes facilitar a vida?

Agora o que causa mais indignação é o parecer favorável do relator Hugo Leal, do PROS do Rio de Janeiro, que pertence à CCJC - Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania da Câmara, cabendo aqui as perguntas: Que Justiça? que Cidadania? a que Justiça e Cidadania se refere esse pomposo nome?

Em arremate: Caso você aceite minha proposta em ”sentar e chorar”, peço que entre um soluço e outro desta lástima, que também ore para que o Brasil se livre de políticos do naipe dos que apresentam leis que favorecem aos infratores e não ao cidadão ordeiro, como ensina Rousseau em seu “Contrato Social”, “de que as leis devem atender aos interesses gerais e serem justas”, pois se assim não forem não pode permanecer no mundo jurídico.

O que importa



Escrevendo 21Entre as fantásticas obras escritas por Fernando Pessoa uma das frases que mais gosto é: “Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto”. 

Em determinado período de minha vida comecei a escrever sobre um assunto específico – o direito de propriedade -, que me interessava ideologicamente e ao qual me dedicava, em função de um cargo que ocupava.

Há alguns anos, porém, tenho escrito a respeito do que penso ou sinto sobre os mais variados assuntos. Essa mudança ocorreu principalmente após um acidente, que me levou à cama por praticamente dois anos e então, tinha tempo de sobra para refletir sobre minha vida e as pessoas que me cercavam.

Como poli traumatizado, por diversas vezes fui questionado sobre as dores dos ferimentos, mas elas sempre foram muito menores daquelas sentidas pelas descobertas que realizava com minhas observações e pensamentos.

Quando comecei a escrever, os comentários das pessoas eram realmente intrigantes, como o de um conhecido, que ao saber que havia escrito o texto “O homossexualismo na sociedade brasileira”me questionou: “Uai João, mas você entende sobre esse assunto?”. 

Explicar para uma pessoa que meu texto tratava do comportamento social de forma histórica, no decorrer de séculos, narrando inclusive trechos bíblicos, criaria situações até constrangedoras, pois para algumas pessoas, é difícil entender que foi por meio da história, da literatura universal e das observações que possuímos todo o conhecimento hoje existente.

Mesmo antes da invenção da escrita, o conhecimento adquirido através das observações foi passado por gerações, mas a com a escrita tudo ficou mais fácil. Ela não transmite apenas conhecimentos. Pode transmitir muitas outras coisas, como os sentimentos e é nesse campo que muitos se realizam, pois escrevendo, conseguem expressar melhor o que pensam ou sentem.

Com as novas tecnologias da comunicação, abriram-se espaços inimagináveis uma década atrás. Atualmente, qualquer um pode escrever o que pensa sobre qualquer assunto e em segundos poderá estar sendo lido e debatido em outro continente.

Quem gosta de escrever e hoje utiliza a internet, há alguns anos não imaginava que poderia, em segundos, transmitir a tantas pessoas, o que pensa ideologicamente ou o que sente em relação aos amigos, filhos, netos, um relacionamento, uma paixão ou um amor.

“Escrever é fácil, você começa com maiúscula e termina com ponto. No meio, você coloca ideias”,escreveu Pablo Neruda.

“Buscamos, no outro, não a sabedoria do conselho, mas o silêncio da escuta”… “Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha”… “Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa”…, escreveu Rubem Alves. 

Consciente de que, mesmo com um texto transmitindo eletronicamente para milhões de pessoas, muito poucas terão interesse no que foi escrito, escrevo simplesmente porque escrevendo me sinto bem.

A importância do que escrevo pouco importa. O que importa é escrever sobre o pouco que importa.

Carta de Israel Klabin ao ministro Luiz Alberto



Ao Excelentíssimo Senhor
Ministro das Relações Exteriores
Luiz Alberto Figueiredo Machado

Sempre tive, bem como a minha família, íntima relação com o Itamaraty através de dois chanceleres: Horácio Lafer e Celso Lafer, ambos judeus, que honraram não apenas o nome da família, mas o Brasil e sua política externa.

Não preciso lembrá-lo também da importância de Oswaldo Aranha, quando Embaixador junto a ONU, na criação do Estado de Israel, trazendo com isso o agradecimento de todos os judeus do mundo.

É, portanto, com estranheza que acabei de ler a séria ofensa feita ao Estado de Israel e a todos nós judeus, pelo Itamaraty, quando “chamou o Embaixador para consulta”.

Tanto meus pais quanto eu, fazemos parte das gerações que atravessaram o holocausto e herdaram a missão de prestar serviços à humanidade e aos países que agasalharam os judeus na fuga milenar das perseguições oriundas de preconceitos, de ódios raciais e religiosos.

A nota do Itamaraty demonstra claramente um retrocesso da política fracassada de levar o Brasil para um envolvimento errado e desnecessário, antagônico ao princípio de não intervenção, o que tem sido um dos pilares da política externa brasileira através dos tempos.

A análise preconceituosa do que realmente está acontecendo no conflito em Gaza, seguramente levou o Itamaraty a conclusões apressadas e equivocadas.

Israel se defende de ataques de grupos terroristas, do Hamas associado ao Hezbollah, ao Irã e de tudo aquilo que é mais odiento na evolução política do Oriente Médio. Estranho o Brasil omitir-se em relação a esses grupos que tentam, pelo terror, “jogar os judeus ao mar”. Isto seguramente não acontecerá.

Ninguém mais do que o próprio Estado de Israel e as comunidades judaicas do mundo lamentam a perda inútil de vidas humanas provocadas pelo uso suicida das populações civis de Gaza, pelos terroristas de Hamas. Por outro lado, choramos também pelos soldados israelenses que tombaram lutando pela segurança do Estado e de suas famílias.

Pela admiração que tenho por V. Exª., gostaria que fosse levado em conta não apenas pressões políticas imediatistas, internas ou externas ao Itamaraty, mas também os grandes serviços que a comunidade judaica brasileira vem prestando ao nosso país no passado, no presente, bem como nosso compromisso com o futuro do Brasil, nosso país, e de Israel como centro da nossa cultura.

Respeitosos cumprimentos,

Paulo Skaf foge de Dilma por medo de ‘contágio’



Alheio aos apelos do vice-presidente da República Michel Temer, Paulo Skaf, candidato do PMDB ao governo de São Paulo, reiterou nesta sexta-feira que não cogita enganchar sua campanha à de Dilma Rousseff. “O PT tem uma candidatura própria no Estado. E, quando se fala em palanque duplo, você confunde a cabeça do eleitor. O PT escolheu e lançou um candidato, assim como o PMDB. São candidaturas independentes.''

Um dos operadores do comitê de Skaf explicou ao repórter o que está por trás da aversão de Skaf à companheira de chapa do correligionário Michel Temer:

“Segundo o Datafolha, 47% dos eleitores de São Paulo declaram que não votariam em Dilma nem pintada de ouro. O instituto também informa que, num eventual segundo turno, Dilma seria derrotada no Estado por Aécio Neves [50% a 31%] e até por Eduardo Campos [48% a 32%]. Por que deveríamos nos vincular a ela? Errar é humano. Mas nem o apreço que temos pelo Temer justifica escolher o erro em São Paulo só porque ele foi cuidadosamente planejado em Brasília.”

Médicos brasileiros aderem "Fora, Dilma".


Link permanente da imagem incorporada

Cresce o movimento dos médicos em todo o Brasil. Eles estão trocando o jaleco branco pela camiseta "Fora Dilma e leve o PT com você", mesmo perseguidos pelas patrulhas petistas que os denunciam na Justiça Eleitoral. Estima-se que os médicos do país possam mobilizar até 4 milhões de votos. A campanha é viral, espalhando-se por todo o Brasil.

Santander critica Dilma e BC libera R$ 45 bilhões para os bancos


Reprodução

Bastou o Santander mandar uma comunicação aos seus melhores clientes de que uma reeleição de Dilma causará sérios danos à economia para que a presidente reagisse com um pacote de bondades para as instituições financeiras, numa tentativa de apagar o incêndio. Depois de desarmar as expectativas sobre uma subida de juros, o Banco Central anunciou um pacote de R$ 45 bilhões, concentrado em liberação de dinheiro para os bancos aumentarem a concessão de crédito para famílias e empresas. A opinião dos especialistas é que a medida pode trazer mais inflação e não vai resultar em crescimento. Ganham os bancos. Ganha Dilma, que cala a boca da área financeira. Perde, como sempre, o pobre povo brasileiro.

Votar nulo ou branco favorece o continuísmo petista. É hora de mudar.



Vídeo exibido no Instituto Millenium esclarece situações que todos os cidadãos deveriam conhecer. Nada de branco ou nulo. Fora, Partido Totalitário:

Especialista do Instituto Millenium, o empresário Paulo Gontijo esclarece que, ao contrário do que muita gente pensa, as eleições não podem ser anuladas se mais da metade dos votos for nulo. “Isso não existe”, diz. Presidente do Conselho de Jovens Empresários da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Gontijo esclarece que ao votar nulo ou branco, o eleitor facilita a vitória do candidato que está na frente. Ficou curioso? Assista ao vídeo e entenda mais sobre o processo eleitoral brasileiro.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

‘Cannabis’, só pós-eleição


Fora da pauta

Um dos temas que mais sacudiram a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nos últimos meses entrará para o final da fila das pautas de discussão.

Trata-se da possibilidade de liberação do medicamento Canabidiol, usado no combate a síndromes convulsivas e que tem a cannabis como princípio ativo.

A diretoria colegiada chegou a se debruçar sobre o assunto em maio (Leia mais aqui). O debate transbordou na ocasião, ganhando enorme repercussão e aguçando paixões de grupos da sociedade civil favoráveis e contrários à medida.

E em véspera de eleição não convém brincar.

Temendo que o assunto seja usado negativamente pela oposição, quem manda na Anvisa vem deixando claro internamente: discussões sobre a liberação do Canabidiol, só depois do período eleitoral.

Por Lauro Jardim

Na saída de ativistas de Bangu, jornalistas sofrem agressão



Numa saída tumultuada do complexo penitenciário de Bangu, três ativistas acusados de atos violentos em protestos — Elisa Quadros Sanzi, a Sininho; a coordenadora do programa de pós-graduação em filosofia da Uerj, Camila Jourdan; e Igor D’Icarahy — deixaram a cadeia por volta das 18 horas de ontem.

Cerca de 30 manifestantes que aguardavam do lado de fora agrediram jornalistas que acompanhavam a soltura dos suspeitos. Houve reação, e uma briga generalizada tomou conta da rua em frente ao complexo. A situação só se acalmou quando os três acusados foram embora e os manifestantes saíram em vans.

Leia mais em O Globo

Promiscuidade torna a política incompreensível



O PMDB do Rio ofereceu um jantar para Dilma. Mas o governador Pezão, candidato à reeleição pelo PMDB está formalmente coligado no Rio ao PSDB de Aécio. O PT fluminense ficou irritado com a presença da petista Dilma no repasto do PMDB. Mas o senador Lindberg, candidato petista ao governo estadual, carrega em sua coligação o PSB de Eduardo Campos. Que já foi aliado de Dilma, mas hoje é um dos mais ácidos críticos da presidência dela. Você está entendendo?

Façamos mais uma tentativa. PMDB e PT eram aliados no Rio, certo? Nos dois mandatos do peemedebista Cabral, os petistas ocuparam pedaços da máquina estadual. Presidente, Lula abriu as arcas federais para Cabral. Dilma manteve o padrão. De repente, Cabral caiu em desgraça. Lançou Pezão e se recolheu. Autorizado por Lula, o PT rompeu a aliança e apostou em Lindberg. No entanto, em Brasília, PT e PMDB continuam juntinhos na chapa Dilma-Temer. Ficou mais claro?

Tentemos outra vez. No jantar com o PMDB, Dilma afirmou ter descoberto em Pezão “uma grande humanidade.” E Pezão declarou que Dilma foi a “maior amizade” que ele já fez na política: “Nada nos separa”. Mas o PT federal informa: Dilma terá quatro pés no Rio. Um no palanque de Pezão. Outro no de Lindberg. Um no de Garotinho (PR). Outro no de Crivella (PRB). Em resposta, o PMDB dá asas ao híbrido Aezão. E Lindberg diz preferir a companhia de Lula à de Dilma. Entendeu?

Calma, não se desespere. Se você não compreendeu, tranquilize-se. O problema está no modelo político brasileiro, não na sua capacidade intelectual. A isso foi reduzida a chamada política de alianças: a incoerência janta com a ilógica, o pragmatismo abraça a conveniência e a desfaçatez vai para a cama com o oportunismo. Tudo isso sob atmosfera de densa obscuridade.

A dificuldade de enxergar luz no fim do túnel se repete em todos os Estados. A diferença é que, no Rio, o processo tornou-se tão anárquico que já não se vê nem o túnel. Arquirival do PMDB, Cesar Maia, do DEM, um aliado de Aécio, disputa o Senado na chapa de Pezão. Porém, quem discursou no jantar oferecido pelos peemedebistas a Dilma foi Carlos Lupi, que concorre à vaga de senador pelo PDT.

Varrido da pasta do Trabalho por Dilma, em 2011, Lupi recobriu de elogios a presidente que o escorraçou da Esplanada. E a ex-faxineira: Lupi tem “um coração bom”, é “um homem de bem.” Na chapa do petista Lindberg, o postulante ao Senado é Romário, correligionário de Eduardo Campos. Que já foi ministro de Lula e hoje se dedica a espinafrar Dilma.

Cavalgando o socialismo de resultados do seu PSB, Campos se autoproclama uma alternativa “progressista” ao “retrocesso” protagonizado por Dilma e à mudança “conservadora” representada por Aécio. Simultaneamente, Campos tortura sua vice Marina Silva e a lógica aliando-se ao PT no Rio e ao PSDB em São Paulo e no Paraná. A fuzarca seria motivo de risos se não tivesse um efeito devastador.

Os políticos espantaram-se quando a rapaziada vetou a presença de bandeiras partidárias nos protestos que ganharam as ruas em junho de 2013. Alarmaram-se quando as pesquisas revelaram os altos índices de eleitores dispostos a anular o voto ou votar em branco. Num coro puxado por Lula, líderes partidários passaram a defender a atividade política. Hoje, pedem maior engajamento do eleitorado. Como pode a plateia pode engajar-se num processo que não entende?, eis a questão.

Mercado calcula em 60% a probabilidade de Aécio ser o novo presidente do Brasil



A MCM Consultores passou a atribuir uma probabilidade de 60% de derrota de Dilma Rousseff na eleição presidencial em outubro. Desde abril, a consultoria trabalhava com um cenário de probabilidade equivalente à reeleição e à vitória da oposição. Em relatório distribuído na quarta-feira, 23, os analistas da MCM rebaixaram as chances da presidente e agora trabalham com uma probabilidade de 60%-40% contra a reeleição.

A consultoria é a segunda instituição financeira a divulgar relatório a clientes apostando publicamente na derrota da presidente Dilma nas eleições presidenciais. A primeira instituição foi a corretora japonesa Nomura Securities, que na quarta-feira, após a pesuisa Ibope/Estadão, aumentou a probabilidade de vitória do candidato tucano Aécio Neves para 70%. No dia 11 de junho, a Nomura Securities já havia atribuído uma probabilidade de 60% de vitória do tucano num segundo turno da eleição presidencial.

“Não estamos declarando taxativamente, é bom esclarecer, que a presidente Dilma não se reelegerá. Longe disso. É muito cedo. A campanha ainda nem começou efetivamente”, escreveram os analistas da MCM na nota enviada a clientes ontem. “Contudo, a nosso juízo, já existem elementos suficientes para atribuir mais probabilidade de vitória à oposição do que à candidatura governista.”

Segundo a MCM, as últimas pesquisas Datafolha e Ibope representaram um ponto de virada (“turning point”) para o novo cenário, agora desfavorável à reeleição. “Ambas mostraram continuidade na tendência de encurtamento da vantagem de Dilma frente a Aécio Neves e Eduardo Campos no segundo turno e aumento da diferença entre a rejeição à presidente e aos candidatos de oposição”, afirmaram os analistas.

Além das pesquisas, destacou a MCM, a mudança de cenário também levou em conta a piora do quadro econômico, “sintetizado pelo resultado decepcionante do último Caged (abertura de apenas 25 mil vagas de trabalho em junho), os sinais de forte rejeição ao PT no Sudeste – de maneira mais acentuada em São Paulo -, e a baixa competitividade das candidaturas petistas nos estados mais importantes do país, excetuando-se Minas Gerais, onde Fernando Pimentel lidera as pesquisas”.

Segundo a MCM, os fatores que beneficiam a candidatura Dilma não desapareceram, entre os quais mais tempo de propaganda no rádio e na televisão, forte apoio entre os eleitores mais pobres, possibilidade de explorar no horário eleitoral gratuito os programas federais voltados principalmente aos eleitores de baixa renda e o apoio do ex-presidente Lula.

“Considerando a evolução do quadro econômico e político e suas perspectivas futuras, avaliamos que, neste momento, os elementos favoráveis à presidente Dilma são insuficientes para atribuirmos à reeleição maior probabilidade de sucesso do que de fracasso”, escreveram os analistas da consultoria. (Estadão)

Havia uma casca de banana no meio da rua



Dora Kramer faz uma boa gozação em cima do presidente do PT, stalinista de carteirinha, que lançou nota em favor dos terroristas de São Paulo e do Rio:

Sabe a história da pessoa que atravessa a rua para escorregar na casca de banana do outro lado da calçada?

Pois foi mais ou menos o que fez o presidente do PT, Rui Falcão, ao divulgar uma nota de repúdio à prisão dos aprendizes de terroristas que ameaçavam tocar o terror nas ruas do Rio de Janeiro no dia da partida final da Copa do Mundo.

Costumam ser chamados de "ativistas" por aqueles que pretendem amenizar a natureza puramente violenta de seus atos para legitimá-los como protesto político.

A polícia investigou e descobriu que um grupo daqueles mesmos que já haviam participado de ações de vandalismo - uma das quais resultou na morte do cinegrafista Santiago Andrade - se armava com fogos de artifício (um desses matou o profissional da TV Bandeirantes) e coquetéis molotov para barbarizar o bairro da Tijuca (onde fica o estádio do Maracanã) no dia 12 de junho.

Na véspera, baseada em fundamentado material resultante das investigações, a Justiça decretou a prisão preventiva de vários deles. Graças a isso, o Mundial terminou sem incidentes e pudemos - governo inclusive - comemorar ao menos o êxito fora do campo.

De onde é surpreendente que o partido do governo, o PT, se alie a políticos de legendas como o PSOL e o PC do B na defesa dessa gente que, além da produção da barbárie absolutamente gratuita, não sabe sequer expressar o que quer. O PT teria preferido que os "ativistas" tivessem ficado soltos para levar a termo seus planos?

Como se já não tivesse problemas suficientes com os sinais de desgaste que o partido recolhe no eleitorado, o presidente do PT divulgou a tal nota de repúdio e, portanto, em defesa dos "ativistas". Qualificou a prisão de "grave violação de direitos e das liberdades democráticas".

O procedimento nada teve de ilegal. Baseou-se em investigações feitas com escutas telefônicas legais e prisões decretadas pelo Poder Judiciário. Isso sob o aspecto institucional. Do ponto de vista da sociedade, a nota do PT coloca o partido na contramão da opinião do público, cuja posição já registrada em pesquisas é francamente contrária a essas manifestações, que se confundem com atos criminosos.

Foram elas que inibiram os genuínos protestos da população. Portanto, se alguém violou os direitos e as liberdades individuais foram os vândalos que atacaram o patrimônio público, impediram a sociedade de se manifestar e puseram em risco a vida das pessoas nos incêndios e depredações.

Foi preciso que a lição viesse do estrangeiro, com a negativa do governo uruguaio ao pedido de asilo político feito pela advogada Eloísa Samy, acusada de participar de atos violentos em 2013. O Uruguai, ao contrário do PT, não viu ilegalidade. Recusou o asilo sob a alegação de que o Estado no Brasil é democrático e de direito.

A decisão do País do presidente José Mujica acabou dando ao ministro Gilberto Carvalho a oportunidade de recuar. "O Uruguai agiu corretamente", disse, numa correção de rumo leve ainda a exigir posição mais radical.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Israel diz que Brasil é um anão diplomático


Um míssil israelense atinge construções palestinas na cidade de Gaza - (17/07/2014)

A chancelaria de Israel rebateu nesta quinta-feira a nota emitida pelo Itamaraty condenando os bombardeios sobre Gaza. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Yigal Palmor, usou palavras duras ao classificar a nota como “uma infeliz demonstração de por que o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua sendo um anão diplomático”. “O relativismo moral por trás deste movimento torna o Brasil um parceiro diplomático irrelevante, que cria problemas em vez de contribuir para soluções”, acrescentou, em declarações reproduzidas pelo jornal TheJerusalem Post.

Um comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel afirma que o país “expressa seu desapontamento com a decisão do governo do Brasil de chamar seu embaixador para consultas”. “Esta decisão não reflete o nível de relações entre os países e ignora o direito de Israel de se defender. Ações deste tipo não contribuem para promover a calma e a estabilidade na região. Ao contrário, impulsionam o terrorismo e naturalmente afetam a capacidade do Brasil de exercer influência”, diz o texto divulgado no site da chancelaria. “Israel espera apoio de seus aliados na luta contra o Hamas, que é reconhecido como uma organização terrorista por muitos países ao redor do mundo”.

O ministro das Relações Exteriores Luiz Alberto Figueiredo respondeu dizendo que “se há algum anão diplomático, o Brasil não é um deles, seguramente”. “Países têm o direto de discordar. E nós estamos usando o nosso direito de sinalizar para Israel que achamos inaceitável a morte de mulheres e crianças, mas não contestamos o direito de Israel de se defender. Jamais contestamos isso. O que contestamos é a desproporcionalidade das coisas”, acrescentou, segundo a Agência Brasil.

O texto divulgado pelo governo brasileiro nesta quarta considerava “inaceitável” a escalada de violência entre Israel e Palestina e condenava “energicamente o uso desproporcional da força por Israel na Faixa de Gaza”. Sem citar os foguetes disparados pelo grupo fundamentalista palestino Hamas contra o território israelense, a nota pedia de forma genérica um “cessar-fogo entre as partes”. A declaração informava ainda sobre a convocação do embaixador brasileiro em Tel Aviv “para consultas”, o que, na linguagem diplomática, é uma forma de protesto. A nota subia o tom em relação ao texto divulgado na semana anterior, que condenava tanto os bombardeios israelenses como “o lançamento de foguetes e morteiros de Gaza contra Israel”.

Leia mais em Veja.com

Lula tentou interferir em julgamento do TCU. Até vaga no STF foi usada para pressionar ministros a aprovar operação; deu errado! US$ 792 milhões de prejuízo é apenas parte da herança maldita do PT na Petrobras


José Múcio: ministro do TCU foi chamado a SP por Lula para discutir Pasadena
José Múcio: ministro do TCU foi chamado a SP por Lula para discutir Pasadena

O julgamento do TCU sobre a compra da refinaria de Pasadena entrará para a história como um emblema da ação do PT na gestão ruinosa da Petrobras. Destaco mais uma vez: tratou-se da investigação de uma única operação numa única empresa. Prejuízo: US$ 792 milhões. Imaginem quando o país tiver condições de fazer a devida contabilidade do tamanho do estrago… Ainda chegará a vez de analisar a refinaria de Abreu e Lima, por exemplo.

E olhem que esse relatório do TCU foi negociado, com muitas idas e vindas. Há versões bem mais severas. Mas já se falou bastante a respeito. O meu ponto agora é outro. Luiz Inácio Lula da Silva, ele mesmo!, tentou pessoalmente interferir no resultado do julgamento do TCU.

Chamou para uma conversa em São Paulo, no que foi atendido, o ministro Múcio Monteiro, que foi titular das Relações Institucionais em seu governo e está hoje no TCU. O chefão petista queria que o seu interlocutor fosse o portador de mensagem sobre a necessidade de não se condenar ninguém. Ele sabe o que disse a Múcio, e Múcio sabe a conversa que manteve com os seus pares de tribunal. Lula, no entanto, não logrou o seu intento.

Na tentativa de impedir a condenação da operação, acreditem!, até mesmo uma vaga no Supremo Tribunal Federal — vocês leram direito! — passou a circular como moeda de troca. O contemplado seria justamente alguém do TCU. Tivesse se realizado o negócio, creio que a nomeação entraria para o livro de recordes como a mais cara cadeira jamais entregue a um ministro de corte superior no Ocidente. Em reais: teria custado R$ 1.758.240.000,00.

E esse foi apenas parte do jogo pesado. José Jorge, relator do caso no tribunal, passou a ser ameaçado de forma nada velada com uma avalanche de denúncias envolvendo o seu nome caso insistisse na condenação da operação. Resistiu. Os companheiros não brincam em serviço. Nunca! Também não aprendem nada nem esquecem nada. 

Por Reinaldo Azevedo

IDH do Brasil sobe, mas evolui em ritmo cada vez menor



O Brasil subiu uma posição no novo ranking do Desenvolvimento Humano das Nações Unidas. O país continua evoluindo, mas num ritmo cada vez menor. O índice, que vai de 0 a 1, foi de 0,744 em 2013. Quando aplicada a mesma metodologia aos números do relatório anterior, o IDH do Brasil em 2012 ficou em 0,742. Por esse cálculo, o Brasil passou do 80º para o 79º lugar, atrás de países como Ilhas Maurício, Cazaquistão e Líbia.

A Noruega se manteve no primeiro lugar da lista, com um IDH de 0,944. Em seguida, aparecem Austrália, Suíça, Holanda, Estados Unidos, Alemanha, Nova Zelândia, Canadá, Singapura e Dinamarca. No lado oposto da tabela, a 187ª e última colocação ficou com o Niger. Os dezoito últimos colocados são africanos.

Leia mais em Veja.com

Mais um petista de alto escalão vai para a cadeia por corrupção. Desta vez, o braço direito de Tarso Genro em Brasília.



Quando foi preso em Brasília, Rodrigues era chefe da representação do Rio Grande do Sul, em Brasília, um cargo com status de secretário de estado de Tarso Genro.

A Justiça Federal no Paraná condenou por peculato e corrupção dirigentes de Oscips e o ex-coordenador nacional do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), do Ministério da Justiça, Francisco Narbal Alves Rodrigues.

Segundo a sentença da Justiça Federal foi comprovado crime de corrupção envolvendo Rodrigues, militante do PT no Rio Grande do Sul que ocupava na época dos fatos o cargo de Coordenador Nacional de Projetos do Pronasci no Ministério da Justiça. Ele pegou 5 anos e 11 meses de reclusão em regime inicial semiaberto.

Já em agosto de 2012, o Ministério da Justiça conduziu e concluiu procedimento administrativo disciplinar que resultou na demissão de Rodrigues do cargo em comissão no Pronasci. Segundo a sentença, a pedido de Rodrigues “as Oscips empregaram seus parentes e realizaram depósitos sem causa lícita na conta corrente do agente público”.

Ao impor a pena de 5 anos e 11 meses de prisão a Francisco Narbal Alves Rodrigues, o juiz federal Sérgio Moro assinalou.“Reputo a culpabilidade exacerbada pois o condenado não era só servidor público, mas Coordenador Nacional de Projetos do Pronasci, ou seja agente graduado do Ministério da Justiça. Há verdade no adágio de que quanto maiores os poderes, maior a responsabilidade. Além disso, reprovável que agente do próprio Ministério da Justiça, órgão encarregado da Administração da Justiça, corrompa-se ou pratique fraudes, comprometendo a integridade da Justiça. Os motivos dos crimes de corrupção e fraudes constituem o locupletamento ilícito e já são próprios das figuras delitivas, não autorizando incremento da pena. Não vislumbro ainda como especialmente negativas as circunstâncias e consequências dos crimes. São neutras, portanto, para todos os crimes as vetoriais antecedentes, comportamento da vítima, personalidade, conduta social e motivos, circunstâncias ou consequências, merecendo, porém especial reprovação a culpabilidade.”

As penas aplicadas para os outros acusados variaram entre mínimo de três anos e seis meses de prestação de serviços comunitários e máximo de 22 e 7 meses de reclusão.

A denúncia do Ministério Público Federal, amparada em investigação da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União (CGU), revela que os crimes foram praticados por dirigentes e associados do Instituto Brasileiro de Integração e Desenvolvimento Pró-Cidadão e da Agência de Desenvolvimento Educacional e Social Brasileira (Adesobrás), contratadas pelo Ministério da Justiça e por diversos municípios do Paraná para prestação de serviços públicos em termos de parceria.

Segundo o processo, foi comprovada a prática de desvio e de apropriação de recursos públicos no montante de R$ 9,5 milhões e de lavagem desse valor entre 2004 e 2011. A investigação mostra que também houve crimes de fraude de documentos, fraudes em licitações e associação criminosa. A condenação foi imposta pela 13.ª Vara Federal de Curitiba. Oito acusados foram condenados e cinco foram absolvidos. Por intervenção judicial, as Oscips foram extintas. Na sentença, foi decretada a prisão cautelar dos principais responsáveis pelos crimes, Robert Bedros Fernezlian, Lilian de Oliveira Lisboa e Laucir Rissatto e o confisco de patrimônio sequestrado no montante de R$ 3,1 mlhões.

A Justiça Federal acolheu pedido dos defensores e ouviu 57 testemunhas presenciais em Curitiba, 29 testemunhas por videoconferência e 26 testemunhas por carta precatória. Foram ouvidos inclusive políticos, deputados e prefeitos. O juiz federal Sérgio Moro indeferiu o pedido da defesa de Robert Bedros Fernezlian, que pretendia que fosse tomado o depoimento do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), ministro da Justiça no governo Lula. (Estadão)

Ela se livrou de Pasadena. Será que vai escapar de Abreu e Lima?



Ontem um "acordão" entre a Procuradoria Geral da República, a Advogacia Geral da União e o Tribunal de Contas da União soltou os peixes grandes e só pegou os bagrinhos, abafando e enterrando a escandalosa compra da Refinaria de Pasadena. Será que vai acontecer o mesmo com a superfaturada refinaria de Abreu e Lima?

A Justiça Federal determinou realização de perícia para verificar se a empresa Sanko Sider vendia produtos superfaturados para a Petrobrás na construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco – empreendimento estimado em R$ 2,5 bilhões e que atualmente apresenta orçamento de R$ 20 bilhões. Os peritos da Polícia Federal têm a missão de esmiuçar seis aspectos, segundo a ordem judicial.

1) Identificar os produtos ou serviços fornecidos pela empresas Sanko Sider Ltda e a Sanko Serviços de Pesquisa e Mapeamento diretamente à Petrobrás ou indiretamente à estatal, via Consórcio Nacional Camargo Correa (CNCC) ou Construções Camargo e Correa S/A, no período de 2009-2014.

2) Identificar os valores pagos por esses produtos ou serviços.

3) Verificar da viabilidade da aferição da compatibilidade desses produtos ou serviços com produtos e serviços similares no mercado.

4) Verificar da viabilidade da aferição da compatibilidade do valor de vendas desses produtos com os custos da Sanko Sider para sua produção e, em caso de produto revendido, o preço cobrado por eventuais fornecedores à Sanko Sider.

5) Verificar da viabilidade da comparação entre o valor dos produtos importados pela Sanko Sider e o valor de revenda posterior para a Petrobrás, via Consórcio Nacional Camargo Correa (CNCC) ou Construções Camargo e Correa S/A, no período de 2009-2014.

6) Verificar a existência de provas ou indícios de qualquer natureza quanto à eventual superfaturamento desses produtos ou valores, além dos próprios depósitos efetuados nas contas da MO Consultoria e GDF Investimentos já relatados na denúncia.

A perícia foi solicitada pela defesa do doleiro Alberto Youssef, apontado juntamente com Paulo Roberto Costa, pela Polícia Federal e pela Procuradoria da República como mentores de organização criminosa que lavou R$ 10 bilhões – parte desse valor teria sido desviado de contratos com a Petrobrás no período em que Costa ocupou o cargo de diretor de Abastecimento da estatal. Os investigadores sustentam que a MO Consultoria e a GDF Investimentos são empresas de fachada controladas pelo doleiro. Por meio delas teria transitado dinheiro de corrupção e propinas.

Para o juiz federal Sérgio Moro, “o objeto da perícia requerida é pertinente ao processo, visto que a tese da acusação é a de que os valores pagos à MO Consultoria representariam comissões decorrentes de superfaturamento de produtos e serviços prestados na construção da Refinaria Abreu e Lima contratado pela Petrobrás com o Consórcio Nacional Camargo Correa (CNCC)”. “Embora eventual superfaturamento possa ser constatado por outros meios, a perícia é relevante para o julgamento”, anotou Sérgio Moro.

A Sanko Sider, há 18 anos no mercado, preferiu não se manifestar. A Petrobrás informa que tem colaborado com as investigações, o que é confirmado pela Justiça.

Sobre a Refinaria Abreu e Lima, a Camargo Correa esclarece que é parte de um consórcio (CNCC), responsável por apenas 2 das 12 principais obras do empreendimento. Segundo a Camargo Correa, o contrato firmado com o CNCC foi objeto de licitação pública (número 0629131.09-8, de 19 de março de 2009, pelo menor preço, processo coordenado e decidido por comissão de licitação da Petrobrás. O valor desse contrato (R$ 3,4 bilhões) representa aproximadamente 13% do valor total contratado pela Petrobrás para o conjunto dos contratos decorrentes das licitações realizadas ao longo de 2009.(Estadão)

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Desenha-se uma campanha contra o povo


Peço aos leitores que prestem atenção à forma como vai se desenhando a campanha eleitoral. Entendo que há mostras de que ela se dá contra os interesses do conjunto dos eleitores. Por que afirmo isso? Não vou aqui fazer juízo de valor, mas apenas lidar com os fatos.

O PT resolveu apelar ao Ministério Público Eleitoral, que acatou a reclamação, contra um link que está na página oficial do senador Aloysio Nunes Ferreira, candidato a vice-presidente na chapa do PSDB. Segundo os petistas, esse link caracteriza uso da máquina pública em favor de uma candidatura. O vice-procurador-geral eleitoral, Eugênio Aragão, concordou com o reclamante e pede multa para o senador.

Muito bem! Na sabatina de que participou, promovida pela Jovem Pan, Folha, UOL e SBT, o presidenciável tucano Aécio Neves afirmou que pretende promover mudanças no programa “Mais Médicos”. Basicamente, se eleito, ele quer que os médicos cubanos recebam integralmente os vencimentos a que têm direito — os R$ 10 mil — e que lhes seja facultado fazer o exame “Revalida”, o que lhes permitira o exercício pleno da medicina no país. Hoje, os cubanos são médicos pela metade porque só podem atuar no âmbito do programa. Como é sabido, os doutores oriundos da ilha ficam com algo em torno de R$ 3 mil do salário apenas. O restante vai para os cofres da ditadura cubana. Em um ano, isso soma quase R$ 1 bilhão.

Muito bem! Um candidato de oposição tem mais do que o direito de propor mudanças. Ele tem o dever. A sociedade é que vai dizer, por meio do voto, se concorda ou não com ele. Atenção! Arthur Chioro, ministro da Saúde — e ele é ministro tanto de eleitores da situação como de oposição —, veio a público não para contestar as críticas de Aécio, não para dizer que discorda por esse ou por aquele motivo, não para tentar provar que o governo está certo. Nada disso! Ele veio a público para acusar o candidato de oposição de querer “acabar com o programa”. O mesmo fez o ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, que nem é da área.

Ora, quando os dois ministros falam, eles o fazem pelo governo; eles o fazem no comando das máquinas de suas respectivas pastas, financiadas pelo estado brasileiro. Se um mero link numa página oficial do Senado — que quase ninguém visita — caracteriza uso indevido de dinheiro público, o que fazem os dois ministros é, então, o quê?

É preciso que se estabeleça a devida distinção, acho eu, entre contestar uma crítica — e isso é absolutamente legítimo — e praticar terrorismo eleitoral. Acusar um candidato de querer extinguir um programa quando, na verdade, faz propostas para corrigi-lo, parece-me caracterizar óbvio exercício de má-fé. Fosse assim, não haveria oposição nas democracias. Afinal, o contraditório seria sempre considerado sabotagem. E, pois, por uma questão lógica, tal regime uma democracia não seria, mas tirania.

O eleitor brasileiro tem direito a um pouco mais do que isso. Tem direito a debater saídas para o país. Hoje, infelizmente, e não entro no mérito das responsabilidades, o Brasil consegue conjugar os piores indicadores econômicos da América Latina: baixo crescimento, inflação alta e juros escandalosos. Os que se dispõem a governar o país — Dilma, Aécio ou Campos, entre outros — têm de oferecer, antes de mais nada, respostas para sair dessa encalacrada. Em vez disso, vemos a disputa tomar outro rumo, a quilômetros de distância dos interesses do povo brasileiro.

Se a coisa continuar assim, este será um país só com passado — e um passado não muito bom. E sem futuro.

Por Reinaldo Azevedo