O governo retirou na quinta-feira o último obstáculo para que o Banco Central
(BC) dê prosseguimento à redução dos juros básicos da economia, a taxa Selic,
hoje em 9% ao ano.
Numa medida ousada, a presidente Dilma Rousseff apresentou a líderes
políticos, centrais sindicais e representantes do setor produtivo as novas
regras de rendimento da caderneta de poupança, que entram em vigor hoje.
Os depósitos realizados pelos poupadores a partir de hoje passarão a ter um rendimento menor do que o atual sempre que a taxa Selic ficar igual ou abaixo de 8,5% ao ano. Nesse caso, a remuneração da poupança será de 70% da Selic, mais a Taxa Referencial (TR). Para os depósitos feitos até ontem, nada muda. Continuam sujeitos à remuneração de 6% ao ano mais TR.
Na cruzada contra os juros altos, a presidente Dilma resolveu mexer, em pleno ano eleitoral, no principal instrumento utilizado pela população de baixa renda para guardar seu dinheiro, decisão que vinha sendo adiada desde 2009, quando o mesmo foi tentado, sem sucesso, pelo governo Lula.
Agora, o governo deixou muito claro que novas mudanças estão sendo estudadas para reduzir os custos financeiros no país. A presidente tem adotado uma postura agressiva nas críticas ao sistema financeiro e em defesa de taxas de juros que os bancos cobram compatíveis com os países do primeiro mundo.
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