sexta-feira, 8 de abril de 2011

Conteúdo de prova em Minas põe bancada do PT em pé de guerra com governo Anastasia


Duas questões polêmicas de múltipla escolha em provas de História da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais deixaram a oposição em pé de guerra com o governo de Antonio Anastasia (PSDB). Uma das perguntas de um teste de História aplicado no início deste ano aos alunos do 1º ano do ensino médio, dentro do Programa de Avaliação de Aprendizagem Escolar em Minas, pede aos estudantes que respondam a uma pergunta depois de analisarem uma charge em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece repassando dinheiro a parlamentares. Na mesma prova, outra questão apresenta uma defesa do processo de privatização conduzido no país pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.

Depois da divulgação do episódio, nesta quinta-feira, a secretária estadual de Educação, Ana Lúcia Gazzola, classificou as questões como inadequadas e determinou a suspensão do programa de avaliação.

Segundo a secretaria, 310.190 estudantes estão matriculados no 1º ano do ensino médio em Minas, mas ainda não é possível saber quantos fizeram a prova. Isso porque testes com outras questões também teriam sido aplicados. A questão com a análise da charge de Lula apresenta quatro possibilidades de resposta. A que melhor se encaixa como solução para a questão diz que a ilustração "sugere, ironicamente, uma relação entre os movimentos sindicais da década de 1980, e o 'mensalão', refletindo sobre o processo histórico que levou os mesmos personagens de uma luta pela valorização do trabalhador à corrupção política". O ex-presidente começou a vida política como sindicalista.

Em outra questão da mesma prova, os estudantes são provocados a responder quais os impactos da privatização de empresas estatais durante o governo FH, depois de lerem trecho de um texto crítico ao processo escrito por Aloysio Biondi e publicado pela Editora Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT. Mais uma vez há quatro possibilidades de resposta. A opção correta diz que o processo de privatização "reduziu o déficit público, permitindo que o Estado direcionasse seus investimentos prioritariamente para as áreas sociais".

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